tag:blogger.com,1999:blog-57101215542696338672024-03-13T04:27:28.678-07:00Palavra Viva...Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03592774212723706082noreply@blogger.comBlogger26125tag:blogger.com,1999:blog-5710121554269633867.post-16580234507443800182013-04-04T18:43:00.004-07:002013-04-04T18:43:55.005-07:00As principais causas de nulidade de um casamento<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;"><b>Por Edson Sampel</b></span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;"><br /></span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<a href="http://www.cnlbsul1.com.br/images/noticias/Edson-Luiz-Sampel.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="159" src="http://www.cnlbsul1.com.br/images/noticias/Edson-Luiz-Sampel.jpg" width="200" /></a><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; line-height: 17px;">Neste momento, gostaria de apresentar ao leitor um resumo de todas as principais causas de nulidade.</span>Sabemos que, por princípio, o casamento é indissolúvel (cf. Mc 10, 1-12). Sendo assim, nenhum poder humano, nem a Igreja, nem o papa, podem anular um matrimônio válido. Friso o adjetivo válido. Com efeito, se o casamento for inválido, a autoridade eclesiástica, vale dizer, a justiça canônica poderá declarar a nulidade.<br />Eis as causas mais comuns de nulidade de um casamento celebrado na Igreja:<br /></span><br />
<span style="font-family: inherit;">1) Exclusão do bem da prole: um dos nubentes, ou ambos, não querem ter filhos.<br />2) Exclusão do bem da fidelidade: não se admite a exclusividade de um único parceiro sexual.<br />3) Exclusão total do matrimônio: não se deseja o casamento em si; quer-se apenas uma aparência de casamento, para que se possa atingir outro objetivo, como, por exemplo, o status social próspero.<br />4) Exclusão da indissolubilidade: os parceiros, ou um deles, se casam, mas admitem a possibilidade de separação e rompimento do vínculo, se o casamento não der certo.<br />5) Erro de qualidade direta e principalmente desejada: exemplo: o fato de a parceira ser uma exímia costureira é tudo para o nubente; casa-se com ela, visando à referida qualidade. Se esta qualidade não se implementa, o casamento é nulo.<br />6) Violência ou medo: alguém constrange a outra pessoa a convolar o casamento, ou, então, surge o denominado temor reverencial (respeito excessivo pela vontade dos pais; ex.: uma gravidez inesperada faz com que o pai moralmente obrigue a filha a se casar, para não ficar desonrada).<br />7) Falta de discrição de juízo: os cônjuges, ou um deles, não dispõem da maturidade mínima necessária para assumirem e porem em prática os encargos do matrimônio.<br />8) Falta de forma canônica: não houve o devido respeito ao rito estabelecido pela Igreja na celebração do casamento. Ex.: o padre não solicitou a manifestação de vontade dos noivos.</span><span style="font-family: inherit;">Não nos esqueçamos de que as anomalias ou vícios acima mencionados têm de estar presentes no exato momento em que ocorre o casamento, isto é, na celebração, diante da testemunha qualificada (geralmente um padre). Esta circunstância será adequadamente aferida num processo judicial eclesiástico.<br />Todo católico tem o direito líquido e certo de recorrer a um tribunal eclesiástico, mesmo que seja apenas para espancar dúvidas. Portanto, se você, querido leitor, percebeu que houve algum problema sério no seu primeiro casamento, procure o tribunal eclesiástico da sua região. Com certeza, você será muito bem atendido.<br />Para o casamento católico, a vontade é preponderante. Os noivos são os ministros do sacramento do matrimônio. Desta feita, se houver alguma deturpação do consentimento, máxime pelos oito motivos declinados neste artigo, o casamento é inválido.<br />Gostaria, também, de ressaltar que hoje em dia, infelizmente, as pessoas se casam totalmente despreparadas, do ponto de vista da maturidade e, muita vez, da afetividade. Por conseguinte, há bastantes sentenças que declaram a nulidade com embasamento no cânon 1095, n.º 2, ou seja, imaturidade grave de um ou dos dois cônjuges. Trata-se de pessoas que, embora queiram, não conseguem, não são capazes de viver a dois, de conviver sob o mesmo teto. Neste cânon igualmente se encaixa o casamento em virtude da gravidez. Os que querem resolver o problema da gravidez com o casamento nem sempre estão devidamente preparados para a vida a dois. O matrimônio não pode funcionar como tábua de salvação para a gravidez indesejada. Esta ocorrência é muito frequente nos processos canônicos.</span><span style="font-family: inherit;">O importante é que num tribunal eclesiástico, você abra seu coração. Sinta-se como se estivesse diante de um confessor. Os processos canônicos deste tipo correm em segredo de justiça. É igualmente oportuno levar ao tribunal, depois de iniciado o processo, testemunhas que viram cenas pertinentes ao pedido de nulidade, ou ouviram confidências, reclamações etc. Este material todo será idoneamente analisado pelos juízes eclesiásticos, de maneira séria e justa.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;"><b>Sobre o autor: </b>Edson Luiz Sampel é Doutor em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Lateranense, do Vaticano e autor do livro “Quando é possível declarar a nulidade de um matrimônio?” (Editora Paulus).</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;"><b>Fonte:</b>Zenit.org </span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03592774212723706082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5710121554269633867.post-77021404229878075672013-04-01T05:30:00.000-07:002013-04-01T05:30:01.429-07:00Teologia da libertação acabou?<br />
<div style="line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.75em; text-align: right;">
<span style="font-family: inherit;">Por Luiz Felipe Pondé, filósofo</span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; padding: 4px;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-Amqvt7nLzps/UUuovZnNQZI/AAAAAAAAAog/LBvOkP9R9_k/s1600/Pond%25C3%25A9.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="color: black; font-family: inherit;"><img border="0" height="177" src="http://1.bp.blogspot.com/-Amqvt7nLzps/UUuovZnNQZI/AAAAAAAAAog/LBvOkP9R9_k/s320/Pond%25C3%25A9.jpg" style="border: none; position: relative;" width="320" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="font-size: 13px; text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">Luiz Felipe Pondé, filósofo</span></td></tr>
</tbody></table>
<div style="line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.75em; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Sua presença na vida da Igreja quase não se faz sentir, mas o espírito de contestação que a animava tem raízes profundas na história do cristianismo - e continua a atrair católicos no Terceiro Mundo.</span></div>
<div style="line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.75em; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Entre os anos 1960 e o início dos 1980, ela arrebatou a imaginação da Igreja Católica. Padres e fiéis do mundo inteiro, em especial na América Latina, viram na Teologia da Libertação a resposta que o momento histórico e a piedade cristã exigiam: uma Igreja militante, voltada ao serviço dos pobres e dos oprimidos políticos, com forte influência da prática marxista. </span></div>
<div style="line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.75em; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Quando a onda das ditaduras acabou e se instalou em Roma um papa fervorosamente anticomunista, João Paulo II, o movimento começou a ser confrontado pela hierarquia católica. Seus principais expoentes foram silenciados - entre eles o teólogo brasileiro Leonardo Boff o movimento foi contido e, lentamente, refluiu. Quando o Muro de Berlim veio abaixo, em 1990, derrubando com ele os regimes socialistas, o grande alento ideológico da Teologia da Libertação também desapareceu. Agora, quase 25 anos depois, com a entronização de um novo papa, o movimento parece ter ficado definitivamente para trás. No artigo que segue, o filósofo Luiz Felipe Pondé responde à pergunta essencial: a Teologia da Libertação acabou ou ainda está viva?</span></div>
<div style="line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.75em; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><b>A Teologia da Libertação acabou? Sim e não.</b> <i><b><span style="color: red;">Sim</span></b></i>, porque ela não é mais a Teologia "oficial" da América Latina. Grande parte de seus expoentes está em idade avançada ou fora do debate teórico e prático (pastoral) do magistério da Igreja. Além disso, ela sofreu duras críticas do oficialato do Vaticano desde os anos 1980. Sua origem se deu em meio ao nascimento dos movimentos políticos, na cidade e no campo, nos anos 1960 na América Latina, e varreu grande parte do continente, principalmente do Brasil até o México.</span></div>
<div style="line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.75em; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Muitos padres e freiras se envolveram em lutas contra regimes totalitários nesses países, como no Brasil, na Nicarágua e em El Salvador. O papel da Teologia da Libertação ao lado da luta pela liberdade política no continente é inegável. Mas, se essa origem e realidade política foram de grande valor histórico, foram também sua maldição.</span></div>
<div style="line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.75em; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><b><i><span style="color: red;">Não</span></i></b>, a Teologia da Libertação não acabou, porque continua impregnada na formação e nas aspirações de grande parte do clero e daqueles que aderem à Igreja nos países em desenvolvimento, justamente aqueles em que o catolicismo ainda tem alguma vitalidade. A razão de a Teologia da Libertação permanecer viva de alguma forma é simples, e o próprio cardeal Joseph Ratzinger reconhecia essa razão em seus textos dos anos 1980: a Teologia da Libertação parte de um dos centros da experiência bíblica, o profetismo hebraico. Ele tem um forte apelo ético, social e político, eixo central da Teologia. Deus não é apenas místico, é também revolucionário. Ou revolucionário místico. Essa seria a melhor forma de descrever o modo como a Teologia da Libertação compreende seu Deus.</span></div>
<div style="line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.75em; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">O cristianismo descende do profetismo hebraico. Tal vertente se caracteriza pelo afastamento do judaísmo antigo de sua primeira fase organizada, conhecida como "judaísmo do templo", marcado por uma forte associação da casta política à casta sacerdotal. Dito de outra forma, a elite política e a elite religiosa eram a mesma ou muito próximas.</span></div>
<div style="line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.75em; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Tal fato sempre é corriqueiro na história das religiões. No caso do cristianismo, ele sempre teve uma dupla face: um amor pela instituição do poder (foi o herdeiro do espólio do Império Romano) e um mal-estar com esse mesmo poder. O advento da Teologia da Libertação repete, assim, uma velha vocação do cristianismo: sentir-se mal com os poderes do mundo.</span></div>
<div style="line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.75em; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">No mundo do hebraísmo antigo, os profetas iniciam então uma dupla "campanha": contra o abuso das elites e contra o relaxamento da observação dos mandamentos de Deus por parte tanto da elite quanto do "povo". Os profetas da ira do Deus de Israel acusaram a elite israelita de ser gananciosa, hipócrita e egoísta. Os termos não variariam muito se falássemos de nossa própria elite.</span></div>
<div style="line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.75em; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Variando de intensidade e modos de expressão, os profetas trazem a marca do descontentamento de Deus com Israel e avisam ao povo que Deus não quer sacrifícios, mas sim que cuidem dos doentes, dos órfãos, das viúvas e dos pobres. Dito de forma sintética: Deus quer um "projeto social" para seu povo. Ele não toleraria acúmulos absurdos de riqueza e mentiras. Ele olha o coração do homem e vê ali o mal, pouco importa se ele cumpre sua cota de animais mortos em sacrifícios.</span></div>
<div style="line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.75em; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Esse fenômeno ficou conhecido, por intermédio do grande sociólogo alemão Max Weber, como "desencantamento do mundo" ou, mais especificamente, desmagificação. Acostumados com uma religião praticada pelos sacrifícios de animais e rituais "mágicos", os antigos conheceram na figura do profetismo hebraico o nascimento de uma religião ética e política. Deus se preocupa mais com nossos atos e menos, ou não apenas, com nossos ritos.</span></div>
<div style="line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.75em; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">É, justamente, nesse viés que surgem as profecias acerca da vinda do Messias, responsável pela realização plena deste mundo ético desejado por Deus. Jesus é visto como esse Messias pelos judeus que fundarão a seita do Galileu.</span></div>
<div style="line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.75em; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Por isso tudo, a Teologia da Libertação é reconhecida pelo teólogo Ratzinger como justa e correta em sua raiz cristã, na medida em que parte de um anseio que marca o cristianismo em sua matriz: uma crítica ao esvaziamento ético do judaísmo oficial e uma defesa da atenção com os mais "fracos". Nisso, a Teologia da Libertação é absolutamente correta, em seu pressuposto de "opção pelos desfavorecidos" e de recusa à ordem injusta do mundo.</span></div>
<div style="line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.75em; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Há, todavia, um erro sério nela, e esse erro é responsável pelas várias críticas que ela recebeu ao longo dos últimos, grosso modo, 35 anos: sua associação com a hermenêutica marxista e sua contaminação com a política partidária. O pecado da Teologia da Libertação foi se apaixonar pelas práticas políticas da esquerda latino-americana.</span></div>
<div style="line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.75em; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">A posição de Ratzinger define a atitude institucional da Igreja diante da Teologia da Libertação, na medida em que ele era representante da guarda da doutrina reta para a Igreja. Ele afirma que a confusão que a Teologia da Libertação fez ao assumir o materialismo histórico de Marx como ferramenta de interpretação da história da salvação implicaria uma evidente eliminação do componente confessional em favor da prática político-partidária. O resultado é que os teólogos "progressistas" acabaram por assumir o proletariado como o novo "povo de Deus", em detrimento da totalidade da humanidade.</span></div>
<div style="line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.75em; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">O marxismo necessariamente leria a história da salvação como luta de classes, enquanto o cristianismo deveria ler essa história da salvação como um caminho de inserção do amor de Deus no mundo. A salvação no cristianismo é uma história da "caridade" (amor de Deus), e não uma história do "justo ódio", defendido pelos revolucionários marxistas.</span></div>
<div style="line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.75em; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Para a Igreja, a história da salvação passa, no plano humano, aquele que está a nosso alcance, pela transformação espiritual do homem, e não pela aceitação das demandas de uma prática política, muitas vezes violenta. Resumindo, a Teologia da Libertação acabaria por escolher Barrabás, o herói político judeu, em lugar de Jesus, o homem-Deus que era contra toda forma de partidarismo militante violento.</span></div>
<div style="line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.75em; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">O correto carisma profético cristão se perde numa plataforma política que não precisa da Teologia para realizar sua revolução, e os padres se transformariam em pregadores da revolução. O próximo passo seria uma Igreja de padres ateus.</span></div>
<div style="line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.75em; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">O "reinocentrismo" (termo usado para criticar os excessos políticos da Teologia da Libertação) é precisamente este passo em falso: em nome da justiça social, o clero latino-americano estaria disposto a negociar o caráter confessional da Igreja. A práxis política a levaria a negociar tudo pelo reino de Deus justo no mundo, mesmo que sem Deus.</span></div>
<div style="line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.75em; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Outro pecado da Teologia latino-americana de esquerda, diretamente ligado ao anterior, é sua tendência a atenuar a identidade católica em favor de um "respeito" maior por outras identidades, como as "espiritualidades" indígena ou africana. A causa evidente desse "relativismo do diálogo" é a identificação de grupos, como índios ou negros, como vítimas históricas da catequese católica colonial, em associação com os interesses das coroas portuguesa e brasVieira. Esses grupos são, portanto, objeto de atenção prioritária por parte daqueles que escolhem os desfavorecidos como o novo "povo de Deus". O "reinocentrismo" político convive bem com esse relativismo e, por isso, se associa ao viés político dominante em sua história.</span></div>
<div style="line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.75em; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Talvez o efeito mais nefasto da Teologia da Libertação aos olhos da Igreja [ ou do Magistério ] seja o esvaziamento "moderno" (porque em sintonia com os estudos históricos do protestantismo liberal alemão do século XIX) que ela correria o risco de fazer da divindade de Cristo, tornando-o apenas mais um "libertador", aos moldes de um Che Guevara, palatável a gregos e troianos e, portanto, mais à mão em meio à diversidade cultural do continente. Ainda que nunca tenha sido um postulado da Teologia da Libertação, essa proposta de desdivinização de Cristo, a acentuação de sua "humanidade", a fim de torná-lo menos "autoritário", poderia estar no horizonte dos desdobramentos indesejáveis desta revolução de Jesus.</span></div>
<div style="line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.75em; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Por último, mas não menos importante, vale a pena citar a tendência da Teologia latino-americana de esquerda a se aproximar de espiritualidades "nova era", somando ao Deus bíblico atributos de um culto da natureza e sua "deusa", tornando o cristianismo mais ecologicamente correto e, ao mesmo tempo, mais próximo de modos pagãos de crença. Um exemplo desse viés é a"feminilização de Deus" (reduzindo seu caráter "patriarcal"), fazendo Dele um trunfo na mão das feministas católicas. Um risco concreto e temido pelo magistério da Igreja é que movimentos feministas como "católicas pelo direito de decidir" acabem por se aproximar da defesa do aborto na América Latina.</span></div>
<div style="line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.75em; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Se a Teologia da Libertação está acuada em sua natureza de flerte com a política de esquerda e seus "amores pela modernidade", ao mesmo tempo ela carrega em si a marca de uma justa opção bíblica por um cristianismo ético, social e político. Esse clamor continua operando na escolha de muitos jovens por uma vida religiosa na América Latina e na África, porque, nesses países, a agonia social é evidente. Se ela está "proibida", permanece viva como visão correta do papel do cristianismo e continua encantando inúmeras vocações. Ao contrário da Igreja dos países ricos, no Terceiro Mundo a Igreja ainda detém certa imagem de não ser apenas um reduto de políticos, escândalos financeiros e abusos sexuais. A Teologia da Libertação, mesmo combalida, convive bem com a imagem de uma Igreja moderna, aberta às demandas de um mundo em agonia e em transformação crescente.</span></div>
<div style="line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.75em; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">É difícil dizer que a Teologia da Libertação tenha acabado definitivamente, porque ela está impregnada de uma das faces mais essenciais do cristianismo: a ideia de um Deus ético, crítico dos abusos do poder e sensível à infelicidade dos aflitos do mundo.</span></div>
<div style="line-height: 22px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Publicado originalmente em Época - 18.03.2013</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; line-height: 22px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-Amqvt7nLzps/UUuovZnNQZI/AAAAAAAAAoc/r-GN38xqq7M/s1600/Pond%C3%A9.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"></a></span></div>
<table style="background-color: white; margin-left: 0px; margin-right: 0px;" summary="detalhe notícia"><tbody>
<tr align="right"><td><span style="font-family: inherit;"><br /></span></td><td></td><td></td><td><span style="font-family: inherit;"><br /></span></td></tr>
<tr><td><span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<div style="line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.75em;">
<span style="font-family: inherit;"></span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<h3 class="post-title entry-title" style="margin: 0px; position: relative;">
</h3>
<div class="post-header" style="line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1.5em;">
<div class="post-header-line-1">
</div>
</div>
<div class="post-body entry-content" style="line-height: 1.4; position: relative; width: 2350px;">
<div dir="ltr" trbidi="on">
<div style="line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.75em; text-align: right;">
<br /><table style="background-color: white; margin-left: 0px; margin-right: 0px;" summary="detalhe notícia"><tbody>
<tr align="right"><td><br /></td><td><br /></td><td><br /></td><td><br /></td></tr>
<tr><td><br /></td></tr>
</tbody></table>
</div>
</div>
</div>
<span style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px;"><br /><br /></span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03592774212723706082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5710121554269633867.post-53856389994797941892013-03-25T06:00:00.000-07:002013-03-25T06:00:01.713-07:00Não temas! Chamei-te pelo nome: Tu és meu!<br />
<div align="center" class="MsoBodyText" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoBodyText" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Profissão Religiosa Salesiana<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoBodyText" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Curitiba <o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoBodyText" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">31 de janeiro de 2013<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoBodyText" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-8vftMm7i0PI/UURYjZg1EnI/AAAAAAAACrA/4F-O1ZSAqX4/s1600/100_4106.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="96" src="http://2.bp.blogspot.com/-8vftMm7i0PI/UURYjZg1EnI/AAAAAAAACrA/4F-O1ZSAqX4/s400/100_4106.JPG" width="400" /></a></div>
<div align="center" class="MsoBodyText" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoBodyText" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Hoje é um dia
de festa para a Igreja e para o mundo. Celebramos o Santo dos jovens, “São João
Bosco”, o Pai e Mestre que entregou a sua vida inteira para que seus jovens
pobres tivessem vida em abundância.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">E nós fazemos
festa participando das primeiras profissões destes 20 jovens das Inspetorias de
Porto Alegre, Recife e São Paulo, que respondem com alegria a Deus que os
chamou à vida desde o seio de suas mães, à vida cristã com a água do batismo e,
agora, os consagra para serem totalmente dele.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">“Não temas!
Chamei-te pelo nome: tu és meu!”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">São palavras
do profeta Isaías, que deverão orientar a vida de vocês. Porque Deus os amou
por primeiro, agora, os consagra e envia para serem homens de Deus entre os
jovens.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Nós,
salesianos, estamos nos preparando para celebrar o bicentenário do nascimento
de Dom Bosco. Vocês são os novos salesianos deste bicentenário.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-8ujvS2EQVn8/UURYbyXmxzI/AAAAAAAACq4/_APjrJ6jMck/s1600/Profiss%C3%A3o+Religiosa.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="196" src="http://4.bp.blogspot.com/-8ujvS2EQVn8/UURYbyXmxzI/AAAAAAAACq4/_APjrJ6jMck/s320/Profiss%C3%A3o+Religiosa.jpg" width="320" /></a><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Já se passaram
muitos anos desde aquele 19 de dezembro de 1859, quando Dom Bosco chamou
pessoalmente 17 jovens do seu oratório para serem os primeiros salesianos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">O mundo mudou.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">A Congregação
mudou.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Mas o amor de
Deus não muda nunca. O Evangelho não muda, o amor do Pai não muda.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">O que deve
mudar é a nossa resposta, para que o seu evangelho de salvação possa chegar
ainda hoje ao mundo inteiro, aos jovens do Brasil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Como
autênticos seguidores de Cristo, vocês assumem o projeto apostólico de Dom
Bosco para serem testemunhas radicais e, como “novos” salesianos, místicos,
profetas e servos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Esta é a
reflexão que a Congregação inteira fará em vista do Capítulo Geral 27. Por
isso, também vocês são chamados a esta renovação para serem salesianos novos,
com a paixão apostólica de Dom Bosco.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Para isso,
precisam de três coisas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">1. Ser homens de Deus: salesianos místicos</span></b><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Isaías afirma:
“Não temas: eu te resgatei, te chamei pelo nome, e és meu; não temas: eu estou
contigo” (Is 43,1-7).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Para um
consagrado, <b>o fundamento de sua vida
está em Deus.</b> “Evangelizar é, antes de tudo, dar testemunho, de maneira
simples e direta do Deus revelado por Jesus Cristo mediante o Espírito Santo”
(EM 26).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">A partir da
ótica da missão, a consagração abrange a pessoa inteira e todos os aspectos
importantes do seguimento de Cristo. Consagração é oração, é missão, é vida
comunitária; consagração é estar com os jovens no mundo em que eles vivem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">A pergunta,
então, que nos colocamos é esta: Como podem ser homens de Deus na vida diária?
Creio que muitos consagrados se enganaram ao interpretar que o definitivo em
nossa vocação era somente trabalhar pelo Reino de Deus, da manhã à noite.
Transformaram-se em “funcionários” da Igreja, em “administradores eficientes”
do Reino. Contudo, esqueceram-se do Deus do Reino.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Se o trabalho
não for acompanhado de uma vida entregue por amor, pode converter-se numa catarata
de palavras que soam bem, mas são ocas, porque não são impregnadas do fogo do
amor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Não é possível ser homem de Deus e descobri-lo em
todas as coisas sem olhos impregnados de fé e de amor.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Não é possível ser contemplativo na ação sem antes ser
contemplativo na oração.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Sendo contemplativo na oração, podem ser
contemplativos também na ação.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Deus não pode
ser visto diretamente nas pessoas e nas coisas. As pessoas e as coisas podem
converter-se em sinal da presença amorosa de Deus, quando Ele já foi descoberto
na intimidade da oração pessoal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Os discípulos,
depois da Ressurreição de Jesus, não foram capazes de reconhecer a Cristo à
primeira vista, apesar de estarem falando com Ele.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Maria Madalena
chorava sua ausência; Jesus se apresenta e ela o confunde com o jardineiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-1a65meSL9L4/UURYvCBeSmI/AAAAAAAACrI/-0BzP21RFzI/s1600/Emaus.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-1a65meSL9L4/UURYvCBeSmI/AAAAAAAACrI/-0BzP21RFzI/s320/Emaus.jpg" width="214" /></a></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Os discípulos
de Emaús partilham com Ele várias horas e o confundem com um viajante qualquer.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Os Apóstolos
ouvem sua voz quando da praia ele pergunta se pescaram alguma coisa e o
confundem com um intruso que lhes dá conselhos errados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Só o reconhecem quando Jesus repete o sinal que os
transfere ao mundo da fé e descobre para eles a realidade oculta de sua
presença.</span></b><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;"> Os discípulos de Emaús o reconhecem ao partir o pão,
porque em outras ocasiões, Ele tinha feito esse sinal. Os Apóstolos o reconhecem
quando lhes diz que lancem a rede à direita, porque em outra ocasião, fez um
milagre com essas mesmas palavras. E Maria Madalena o reconhece quando Jesus a
chama “Maria” no mesmo tom de voz com que ela havia saboreado a ternura da sua
presença.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Não é fácil descobrir Deus presente nas pessoas e na
realidade se não se traz aceso interiormente o fogo do seu amor.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Jesus não é
reconhecido na vida, se Ele não foi conhecido e saboreado anteriormente na
tonalidade da sua voz, de seus gestos e palavras em longas horas de
contemplação. A contemplação na oração pessoal é o que faz crescer na fé e no
amor, o que faz caminhar até a identificação de critérios, atitudes e
sentimentos com o Amado, aquele que introduz no diálogo interior e submerge no
Mistério do Deus inacessível.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Em seguida,
virá o momento da comunicação expansiva e do compromisso com o irmão, da ação
apostólica, do encontro com Deus na vida, e de uma nova dimensão contemplativa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Torna-se,
então, indispensável, a necessidade de ser contemplativo na oração para nos
encontrarmos com Deus na vida e na atividade apostólica.<b> A contemplação pessoal na oração é a fonte enquanto a contemplação na
ação é o rio.</b> Secando-se a fonte, seca-se o rio. Se a fonte é abundante e
contínua, o rio estende-se e fecunda a vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Por isso, Deus
repete as mesmas palavras de Isaías: “Não temam, porque eu os resgatei, os
chamei por seus nomes e agora vocês são meus. Não temam, porque eu estou com
vocês”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">2. Ser homens de Deus para os jovens: salesianos
servos</span></b><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Deus os chamou
para serem homens de Deus e os envia aos jovens.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Ser de Deus
significa pertencer aos jovens.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">A contemplação
de Deus leva-os a estar com os jovens e entregar a própria vida a eles.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-ixSY4XUw_Cs/UURZEpk1-9I/AAAAAAAACrQ/fhQFFvecWB0/s1600/Escolha+do+nome+do+Grupo.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="211" src="http://1.bp.blogspot.com/-ixSY4XUw_Cs/UURZEpk1-9I/AAAAAAAACrQ/fhQFFvecWB0/s320/Escolha+do+nome+do+Grupo.JPG" width="320" /></a><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;"><i>Ser de Deus
significa pertencer aos jovens.</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Maria
reconheceu a Deus primeiramente no anúncio do Anjo, meditou em suas palavras,
conservou-as no seu coração, porque a razão não conseguia entendê-las. Passou
muito tempo na contemplação dessas palavras; depois – a contemplação do Amado –
levou-a a visitar sua prima Isabel.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Ser homens de Deus
para os jovens significa ser “pais” no sentido mais forte da palavra: amar os
jovens com ternura, estar com eles, vê-los crescer, educá-los no amor que se
entrega, no sacrifício de si, no esforço diário. Lembrem-se de que Deus é pai e
educa com coração de mãe.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Ser homens de
Deus para os jovens significa ser seus <b>amigos:</b>
conhecer a juventude do Brasil de hoje, estar em sintonia com ela, aceitar o
que for bom, ser otimista, crer que Deus ainda está presente em nosso mundo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Ser homens de
Deus para os jovens significa ser seus <b>companheiros
de viagem:</b> ou seja, caminhar com os jovens de hoje pelos caminhos da graça
e do pecado; o que significa que devem estar sempre em pé, não sentados em seus
quartos ou escritórios e ver passar os jovens como numa vitrine, mas estar com
eles, acompanhá-los, estar sempre ao lado deles; nem atrás, nem à frente, mas
ao lado, sempre próximo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">3. Ser homens de Deus para os jovens em comunidades
fraternas: salesianos profetas</span></b><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Façam da
comunidade a casa de vocês. Retornem com alegria para casa depois de um dia de
trabalho. “Viver e trabalhar juntos” é uma condição essencial que garante um
caminho seguro para realizar a nossa vocação (cf. Const. 49).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Considerem os seus
irmãos e comunidade como “companheiros” de viagem, que é preciso conhecer, amar
e carregar nos ombros, se for necessário. Os irmãos não pesam, são nossos
irmãos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">O dia da
comunidade não é um dia que tiramos aos jovens. É um dia para rezar juntos,
projetar juntos e experimentar juntos o amor de Deus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Façam da
própria comunidade salesiana uma família na qual o amor é o centro que une e
faz desaparecer as diferenças humanas e culturais, que se possam ter. Uma
comunidade sem comunhão e sem afeto não é uma comunidade salesiana. Por outro
lado, a comunhão sem comunidade é uma forma narcisista de viver a vida, é
individualismo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: 7.0pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Não há
fraternidade verdadeira sem qualidade humana, espiritualidade vivida e
dedicação apostólica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 7.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">A comunidade religiosa é, ainda, uma grande contribuição que oferecemos
a um mundo dividido pela injustiça social, pelos conflitos interétnicos e por
certos modelos sociais, culturais e econômicos que estão destruindo a
solidariedade e hipotecando para sempre a fraternidade. Deus é comunidade. Deus
é amor. Eis a boa notícia! Eis o quanto somos chamados a oferecer para a
humanização do mundo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 7.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Quero agradecer, sobretudo, aos pais destes jovens. Caríssimas mães e
caríssimos pais: vocês são os primeiros colaboradores de Deus e de Dom Bosco.
Sem o seu amor e a sua generosidade a Congregação salesiana não existiria.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 7.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Obrigado, em nome de Dom Bosco e do Reitor-Mor!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 7.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Quero repetir para vocês o que Dom Bosco dizia: “Quando um jovem,
obedecendo a Deus e à vocação, deixa a própria família, Jesus toma pessoalmente
o seu lugar na família”. Vocês deram um filho a Deus e à Congregação com
generosidade. Jesus ocupa o lugar dele.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 7.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Caríssimos noviços: a vocação é um dom, a formação é uma tarefa que dura
toda a vida. O Noviciado não termina hoje com a primeira profissão. A formação
continua agora no pós-noviciado e continuará a vida toda.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 7.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">A vocação é um dom de Deus que chama todos os dias.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 7.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">A formação é tarefa de cada um de vocês. Não existe o salesiano, ele se
forma todos os dias e se conforma todos os dias com Cristo Bom Pastor. É a
tarefa de cada um de vocês, de cada irmão, da Inspetoria e da Congregação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 7.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">“Configurar-se a Cristo e dar a vida pelos jovens, como Dom Bosco” é, em
síntese, “a vocação salesiana de vocês”, a sua identidade. “A formação inteira
– inicial e permanente – consiste em assumir e tornar real essa identidade na
vida de vocês”. A identidade salesiana é “o coração de toda a sua formação
salesiana”, a sua norma e a sua meta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-8IGRqgHYdsY/UURZXdk9SrI/AAAAAAAACrY/wyV7uHxb4Wg/s1600/umil%C3%A9nie%5B1%5D.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://4.bp.blogspot.com/-8IGRqgHYdsY/UURZXdk9SrI/AAAAAAAACrY/wyV7uHxb4Wg/s200/umil%C3%A9nie%5B1%5D.jpg" width="175" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 7.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">A Virgem Maria, que é a Virgem da fidelidade, os acompanhe sempre nos
dias de cruz e nos dias de alegria da Ressurreição. A fidelidade, agora, é o
esforço de todos vocês. É a sua alegria. É a sua cruz.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 7.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Desejo-lhes o que dizia o meu Mestre de Noviços: “Que o nome de vocês
seja inscrito no necrológio salesiano”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 7.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Assim seja.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 7.0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 7.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;"> Homilia de </span><span style="font-family: 'Arial Narrow', sans-serif; font-size: 14pt;">P. Natale Vitali Forti</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 7.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Regional<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 7.0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03592774212723706082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5710121554269633867.post-20758732155542601722013-03-18T04:18:00.000-07:002013-03-18T04:19:18.790-07:00Só o AMOR Educa<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; font-family: inherit;">Só o amor educa: a</span><span style="line-height: 18px;"><span style="background-color: white; font-family: inherit;">s nove páginas do Sistema Preventivo de Dom Bosco são um condensado da sabedoria pedagógica, uma profissão de fé no valor da educação. Abaixo segue o link do vídeo produzido pela </span><a href="http://www.missionidonbosco.tv/" style="background-color: white;">Missioni Don Bosco</a><span style="background-color: white;">.:</span></span></span><br />
<a href="http://www.missionidonbosco.tv/video/1396/so-o-amor-educa">http://www.missionidonbosco.tv/video/1396/so-o-amor-educa</a>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03592774212723706082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5710121554269633867.post-22349739204937822322013-03-12T17:36:00.000-07:002013-03-12T17:39:18.008-07:00Como proceder para dar resposta ao sentido da vida?<br />
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-WgjwnkkNiZ8/UT_J2_a91XI/AAAAAAAACqo/WhuhqtUa0vg/s1600/mafalda+indefinidos.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="295" src="http://3.bp.blogspot.com/-WgjwnkkNiZ8/UT_J2_a91XI/AAAAAAAACqo/WhuhqtUa0vg/s320/mafalda+indefinidos.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: "Segoe UI","sans-serif";">Todos
os homens têm, por natureza, o desejo de conhecer, diz Aristóteles em sua obra
“Metafísica”. Dentre os desejos de conhecer que o homem busca, destaca-se a
busca do sentido da vida. A Filosofia busca a resposta para o sentido da vida,
mas essa última continua sendo uma problemática. Deparamo-nos com muitas
definições para sentido da vida, mas uma resposta definitiva permanece obscura.
Na vida “é próprio de todos os homens quererem ser felizes, mas nem todos possuem
a fé para chegar à felicidade pela purificação do coração. A fé é necessária
para se alcançar a Felicidade em relação a todos os bens da natureza, ou seja,
em relação à alma e ao corpo”, segundo Santo Agostinho,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Segoe UI","sans-serif";"> O fato mais fundamental da consciência
é a vida, segundo Ortega y Gasset. A consciência é aquilo que faz a interação
do homem com o meio e do homem consigo mesmo. O homem está à procura de uma
base verdadeira, mas qual seria ela? A filosofia moderna busca a verdade mais
certa, aquela que é indubitável. Ortega afirma que a verdade primeira e
incontestável é a vida e não há outra. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Segoe UI","sans-serif";"> O que é a vida? O filósofo Eduardo
Prado de Mendonça aborda a vida como um mistério limitado pelo nascer e morrer.
O homem pensa no seu viver, permanecendo em constante busca do sentido da vida.
Portanto, o problema primordial do homem é conhecer o significado do fato de
nascer, viver e morrer. O percurso, do nascimento até a morte, é, por muitas
pessoas, questionado, mas como ele não encontra uma resposta definitiva, acaba,
na maioria das vezes, esquivando-se da problemática. A ordem do processo vital, que é partir do
nascer e chegar ao morrer, não é reversível. E por ela ter uma direção, logo
pensamos o sentido dessa direção. Assim o sentido da vida se tornou um desafio à
inteligência humana.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Segoe UI","sans-serif";"> Em cada decisão tomada na vida é
implicado o fato vivo de nascer e morrer, pois passamos pela experiência do
processo de seleção e escolha, segundo Eduardo Prado. Sócrates diz que uma vida
sem desafios não vale a pena ser vivida. A cada decisão tomada passamos por um
desafio. A vida busca transcender de si mesma desinteressando-se das coisas,
cortando o não-essencial. A vida é cuidado, conforme Heidegger. Ortega herda a
idéia de Heidegger, afirmando que “a vida é preocupação, pois a cada instante
fazemos uma decisão do que seremos no futuro. É ocupar-se por antecedência, é
preocupar-se”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Segoe UI","sans-serif";"> A palavra alma é um termo que deriva
do latim <i>anima</i>, aquilo que dá animo,
que dá movimento a vida. O homem busca a felicidade plena. “Eu nunca vi, nem
ouvi, nem cheirei, nem saboreei ou apalpei minha alegria, mas sempre a
experimentei na alma quando me alegrei,” escreve Santo Agostinho, na sua obra
“Confissões”. A felicidade é o que dá entusiasmo a vida, seja na decisão, seja
no doar-se ao outro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Segoe UI","sans-serif";"> Agostinho desenvolverá essa idéia de
felicidade, fazendo com que a busca da alma se converta no movimento dirigido a
Deus: “[...] Deus Felicidade, em quem, por quem e mediante quem são felizes
todos os seres que gozam de Felicidade. [...] Onde há plena concórdia, total
evidência, total constância, suma plenitude e vida plena. Em quem nada falta,
nada sobra.” Ou seja, afirma Deus como à própria felicidade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Segoe UI","sans-serif";"> O amor é a doação que o homem faz de
si mesmo, assumindo sua responsabilidade na existência, e se manifesta como
trasbordamento da vida, conforme Eduardo Prado. A nossa vida movimenta-se para
um sentido autêntico quando é vivida com amor, pois é no amor que o homem vai encontrar
sua posição, de fato, na história. “Seria vergonhoso amar as coisas por serem
boas, apegando-se a elas e não amar o próprio Bem, que as faz serem boas” diz
Santo Agostinho. É no amor, que como luz que ilumina, encontraremos o sentido
da vida. Sendo a vida um dom, saberemos amá-la e sentiremos a alegria de viver,
conclui Eduardo Prado no seu livro”O mundo precisa de filosofia”. Amar, doar-se
ao próximo, é um ato que garante ao homem a felicidade. Portanto, a caridade é
um trajeto que leva a felicidade, e a felicidade é um trajeto que leva a
caridade, como um perfeito movimento dialético. A união destes dois fatos, amar
e felicidade, dão resposta para o sentido da vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br />
S. Rodrigo Souza,sdb</div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Segoe UI","sans-serif";"> <o:p></o:p></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03592774212723706082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5710121554269633867.post-56888405584107023852013-01-23T09:31:00.000-08:002013-01-23T09:31:05.169-08:00DOM BOSCO EDUCADOR <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-400EZil0CJQ/UQAdLoeX0aI/AAAAAAAACqQ/gw7XIQ6cNdc/s1600/dom_bosco.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="160" src="http://2.bp.blogspot.com/-400EZil0CJQ/UQAdLoeX0aI/AAAAAAAACqQ/gw7XIQ6cNdc/s320/dom_bosco.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<h3 align="center" style="display: inline;">
</h3>
<h2>
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Aprendamos com tudo o que nos acontece</span></h2>
<span style="background-color: white; font-family: arial; line-height: 24px; text-align: justify;"></span><br />
<div style="font-family: arial; font-size: 14px; text-align: justify;">
<em>DOM BOSCO se apresenta:<br />Falando sobre mim e a minha história, devo começar pelos primeiros anos de vida. Anos belos e difíceis, anos nos quais aprendi a ser jovem e homem.<br />Posso dizer-te com muita simplicidade: aquele Dom Bosco que, talvez, já conheças em parte, o Dom Bosco que um dia será padre, educador e amigo dos jovens aprendeu de muitas coisas que lhe aconteceram precisamente nos primeiros anos...</em></div>
<div style="font-family: arial; font-size: 14px; text-align: justify;">
Eu te apresento os valores que respirei, que aprendi a viver e, em seguida, transmiti como herança aos meus salesianos. Com o passar dos anos, serão as bases da minha pedagogia.</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 14px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: arial; font-size: 14px; text-align: justify;">
<strong>A presença de uma mãe.</strong> Mamãe Margarida tinha apenas 29 anos quando meu pai morreu, destruído em poucos dias por uma terrível pneumonia. Mulher enérgica e corajosa, não ficou a lamentar-se; arregaçou as mangas, e assumiu o seu duplo trabalho. Doce e decisiva, fez as vezes de pai e mãe. Muitos anos depois, feito padre para os jovens, poderei afirmar como fruto da experiência concreta: <em>"A primeira felicidade de um jovem é saber que é amado".</em> Por isso, com meus jovens sempre fui um verdadeiro pai, com gestos concretos de amor sereno, alegre e contagiante. Eu amava os meus jovens e dava-lhes provas concretas desse afeto, entregando-me completamente à causa deles. Não aprendi nos livros esse amor forte e viril; herdei-o de minha mãe e sou-lhe reconhecido por isso.</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 14px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: arial; font-size: 14px; text-align: justify;">
<strong>O trabalho. </strong>Minha mãe era a primeira a dar-nos o exemplo. Eu sempre insistia: <em>"Quem não se habitua ao trabalho na juventude, será sempre preguiçoso até a velhice".</em> Na conversa familiar que tinha com meus jovens depois do jantar e das orações da noite (o célebre "boa-noite") eu insistia que<em>"O paraíso não é feito para os preguiçosos".</em></div>
<div style="font-family: arial; font-size: 14px; text-align: justify;">
<strong><br /></strong></div>
<div style="font-family: arial; font-size: 14px; text-align: justify;">
<strong>O sentido de Deus.</strong><strong></strong>Minha mãe condensara o catecismo inteiro numa frase que repetia a cada instante: <em>"Deus te vê!"</em>. Eu, à escola de uma catequista completa como era minha mãe, cresci sob o olhar de Deus. Não um Deus-policial, frio e implacável que me 'pegava' em fragrante; mas um Deus bom e providente, que eu descobria no suceder-se das estações e aprendia a conhecer e agradecer no momento da colheita do trigo ou depois da vindima, um Deus grande, que admirava olhando para as estrelas à noite.</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 14px; text-align: justify;">
<strong><br /></strong></div>
<div style="font-family: arial; font-size: 14px; text-align: justify;">
<strong>"Raciocinemos!" </strong>Nossos velhos pronunciavam este verbo em piemontês; e quanta sabedoria eu descobria nessa palavra. Era usada para dialogar, explicar-se, chegar a uma decisão comum, tomada sem que alguém quisesse impor o próprio ponto de vista. Depois, farei do termo "razão" uma das colunas mestras do meu método educativo. A palavra "razão" será, para mim, sinônimo de diálogo, acolhida, confiança, compreensão; será transformada numa atitude de busca para que não haja rivalidade entre educadores e jovens, mas tão somente amizade e estima recíproca. Para mim, o jovem jamais será um sujeito passivo, um simples executor de ordens. Em meus contatos com os jovens, jamais farei de conta que estou escutando; eu os escutarei realmente, discutirei o ponto de vista deles, as suas razões.</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 14px; text-align: justify;">
<strong><br /></strong></div>
<div style="font-family: arial; font-size: 14px; text-align: justify;">
<strong>O gosto de trabalhar em conjunto. </strong>Por muitos anos, fui protagonista absoluto entre os meus colegas: penso nas primeiras experiências como saltimbanco nos Becchi, naquelas esplêndidas tardes de domingo; penso na popularidade adquirida entre meus colegas de escola em Chieri, a ponto de numa página autobiográfica eu poder afirmar que <em>"era venerado pelos meus colegas como capitão de um pequeno exército".</em> Mas, depois, compreendi que o protagonismo era de todos. Surgiu, então, a <em>Sociedade da Alegria,</em> um grupo simpático de estudantes no qual todos atuavam em posição de paridade. O Regulamento era composto por três brevíssimos artigos: estar sempre alegres, cumprir bem com os próprios deveres, evitar tudo que não fosse digno de um bom cristão. Mais tarde surgirão as <em>Companhias,</em> grupos juvenis, verdadeiros laboratórios de apostolado e santidade ao alcance de todos. Dizia que elas eram <em>"coisa de jovens"</em> para favorecer a iniciativa deles e dar espaço à sua criatividade natural.</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 14px; text-align: justify;">
<strong><br /></strong></div>
<div style="font-family: arial; font-size: 14px; text-align: justify;">
<strong>O prazer de estar juntos. </strong>Eu queria que os educadores, jovens ou idosos que fossem, estivessem sempre entre os jovens, como <em>"pais amorosos".</em> Não por desconfiança em relação a eles, mas justamente para caminhar com eles, construir e participar com eles. Chegarei a dizer com íntima alegria:<em> "Entre vocês, sinto-me bem. Minha vida é justamente estar com vocês".</em></div>
<div style="font-family: arial; font-size: 14px; text-align: justify;">
<em><br /></em></div>
<div style="font-family: arial; font-size: 14px; text-align: justify;">
<em>Fonte: <a href="http://www.sdb.org/pt/Reitor_Mor/Mensagens_BS&messaggioRM=1">SDB.ORG</a></em></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03592774212723706082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5710121554269633867.post-88080005732407368752013-01-14T06:30:00.000-08:002013-01-14T06:30:03.033-08:00Os monstrinhos inocentes<br />
<div align="left" style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; padding: 0px;">
Chamamos monstros aos seres que apresentam uma anomalia grave na ordem da natureza, por exemplo um animal bicéfalo. A monstruosidade pode ser física ou moral, e esta última se refere a atos que encerram uma estranha perversidade ou crueldade.</div>
<div align="left" style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; padding: 0px;">
Esse qualificador se aplica a pessoas que, com culpa ou sem ela, realizam algo vituperável o execrável que se parta das normas naturais, - inocente é o que está livre de toda culpa.</div>
<div align="left" style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; padding: 0px;">
"Inocente", determina um juiz quando não encontra culpabilidade no acusado, Inocente é também aquele que possui candor, simplicidade e carência de malícia. É o que se diz de uma criança que não chegou à idade do discernimento. Um aluno de 6 anos vendo em uma classe um filme sobre Colombo perguntou: "Quando aparecem a mulheres nuas?". Ao terminar a exibição, comentou: "Por que não falamos sobre sexo?". Uma professora de 1º grau pediu a seus alunos que ilustrassem o que tinham feito ou visto no fim de semana, e um aluno apresentou uns desenhos que surpreenderam a professora que o perguntou o que significavam. O garoto explicou-lhe que eram mulheres nuas com varicela na fila, outros - que estavam sob um cartaz que dizia "nus"- eram camas com pessoas nuas, e um terceiro era um homem com o órgão genital de fora.</div>
<div align="left" style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; padding: 0px;">
Em outra escola, um menino de seis 6 anos desenho um bolo com dois peitos de mulher que tinha visto na TV. Um menino da mesma idade, ao terminar a professora de narrar um conto, insolitamente, perguntou-lhe se via determinados programas de TV que tratavam sobre sexo. Um estudo realizado em uma escola primária no turno da tarde revelou que 50% dos alunos ficavam na frente da TV até às 2h da manhã. 30% se levantava às 12h e vinham ao colégio quase sem comer e sonolentos. A única coisa que fica na mente desses garotos sãos os nus, e não podem concentrar-se em outras coisas nem por 5 minutos.</div>
<div align="left" style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; padding: 0px;">
Três meninas de 4ª série discutiam entre si e se acusavam mutuamente de ter relações sexuais com um garoto, de querer ter essas relações com todos os meninos e de querer ser violadas. Uma aluna de 9 ou 10 anos -em termos muito vulgares- perguntou a sua professora se "tinha tido relações sexuais". Um menino da mesma idade disse a sua professora: "Como você é bonita! Dê-me um beijo, quem é teu namorado que quero matá-lo", e olhando-a fixamente acrescentou: "Tenho vontade de..." como insinuando uma relação sexual. Na escola primária um menino e uma menina foram surpreendidos tendo relações sexuais. O pai do menino foi chamado e ao saber do ocorrido exclamou: "Não sabem o quão feliz estou por saber que meu filho debutou". Não imaginamos qual seria sua reação se tivesse sido sua filha a "debutada". Uma professora de 3ª série encontrou una pasta de um menino um desenho "muito realista" acompanhado da inscrição "O que tem relações sexuais com Coca", é claro, em outros termos.</div>
<div align="left" style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; padding: 0px;">
Há pais que dão a seus filho em idade do primário, revistas pornográficas e permitem que vejam qualquer programa ou filme na TV. Há casos de crianças que manuseiam às professoras, e a desculpa que dão é "O que tem de mau, se na TV todos o fazem?". É comum faltar-lhes o respeito: gritar, insultar e se chegou-se à ameaça e até a agressão física.</div>
<div align="left" style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; padding: 0px;">
Mas o mais lamentável é que - por uma concepção facilista e permissiva da educação ou por temor de que seja feita uma acusação e lhe cortem a carreira de docente- há diretores que desautorizam aos professores. A violência ganhou o âmbito dos graus inferiores. Não só há mais brigas que antes e são mais agressivos como são mais cruéis; agridem nos lugares que mais doem: os olhos, os genitais, e o estômago.</div>
<div align="left" style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; padding: 0px;">
As crianças se acostumaram a comandar a situação. O "porque eu gosto" e o "porque não quero" é uma resposta sempre presente. São reticentes aos esforço e remissos ao estudo e, o que é mais grave é que seus pais apoiam.</div>
<div align="left" style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; padding: 0px;">
O que se pode esperar de crianças que, com a cumplicidade dos pais, passam 3 ou 4 horas na frente da TV, vendo espetáculos banhados no molho da violência e do erotismo? É evidente que nestas condições - às que se somam outros fatores conjunturais e de fundo - o nível de conhecimentos escolares seja o mais baixo que nossa longa memória recorde. Há meninos de 7ª série que não sabem multiplicar e lêem com dificuldade; em outros, seus conhecimentos estão duas séries abaixo da que cursam.</div>
<div align="left" style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; padding: 0px;">
Estas crianças são "monstrinhos" porque não está na natureza das coisas ter a essa idade desejos eróticos nem esse tipo de inquietudes sexuais. Também são "inocentes" porque não tem nem idéia do que fazem e, embora tenham perdido o candor, nenhuma culpa podem ter. São "anjos com a mente suja"; não têm culpa, mas essas vivências ficarão gravadas no consciente e inconsciente e se colocarão em movimento frente a qualquer estímulo por menor que seja.</div>
<div align="left" style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; padding: 0px;">
Esses "monstrinhos" - que a cada dia são mais- serão os monstros do futuro: violadores, erotômanos, sádicos, violentos e cruéis. Essas coisas não passam sem deixar rastros. São suas primeiras impressões. Sua recuperação não será fácil porque sua liberdade está degradada. Hoje os "monstros" são chamados " inadaptados sociais", os "monstros" de amanhã, os atuais "monstrinhos". Serão os "adaptados sociais" porque são o fruto desta sociedade. Cometeria um grave erro quem julga que todas as escolas apresentam casos como os citados, mas constatamos que os fatos citados não são casos isolados e respondem a uma mentalidade generalizada: constituem um problema social.</div>
<div align="left" style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; padding: 0px;">
Um amanhecer com densas e negras nuvens é sinal de tormenta, esses "monstrinhos inocentes" são sinais da sociedade que nos espera, porque, como serão os filhos de esses futuros monstros? Não é suficiente com uma grande amargura no coração, queixar-se dos males que descrevemos, nem limitar- a dividir culpas, porque "mas vale acender uma vela que maldizer a escuridão".</div>
<div align="left" style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; padding: 0px;">
Se a luz do Amor e a Verdade ilumina nosso interior e não a comunicamos se consumirá inutilmente. E tenhamos presente que uma vela não perde sua luminosidade quando acende outra vela mas sim a aumenta. O que estamos esperando? Que se venha a noite e nos cubra com sua escuridão?</div>
<div align="left" style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; padding: 0px;">
<strong>Tirado de um folheto das Edições Nova Cristandade.</strong></div>
<div align="left" style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; padding: 0px;">
Fonte: <a href="http://www.acidigital.com/familia/monstrinhos.htm">acidigital</a></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03592774212723706082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5710121554269633867.post-3397744772730999272013-01-14T03:00:00.002-08:002013-01-14T03:00:42.352-08:00Acabando com a guerra contra a mulher na Índia<span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif;"><b><i>Cara comunidade da Avaaz,</i></b></span><br />
<br style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" />
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-xh8BucPR-pE/UPPlLPGAf-I/AAAAAAAACpw/35kegRdEDkk/s1600/3954_India+candles_1_460x230.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-xh8BucPR-pE/UPPlLPGAf-I/AAAAAAAACpw/35kegRdEDkk/s1600/3954_India+candles_1_460x230.png" /></a><span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px;">Ela era uma estudante de fisioterapia de 23 anos que pegou um ônibus em Nova Délhi no mês passado. Seis homens trancaram a porta e a estupraram barbaramente por horas, inclusive com uma haste de metal. Eles a abandonaram nua na rua, e depois de corajosamente ter lutado por sua vida, ela morreu na semana passada. </span><br />
<br style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" />
<span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px;">Em toda a Índia, as pessoas estão protestando para dar um basta nesta situação. Na Índia, uma mulher é estuprada a cada 22 minutos, e poucas encontram justiça. Globalmente, 7 em cada 10 mulheres serão abusadas fisica ou sexualmente em sua vida. O horror em Delhi é a gota d´água. Estamos em 2013 e a guerra brutal contra as mulheres no mundo precisar acabar. Podemos começar essa jornada pela Índia.</span><br />
<br style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" />
<span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px;">O governo está aceitando comentários públicos nas próximas 24 horas. Precisamos urgentemente de um melhor policiamento e um concreto programa de educação pública para mudar as atitudes grotescas, mas comuns, do sexo masculino que permitem a violência contra as mulheres. Se 1 milhão de nós nos juntarmos ao pedido por ação, poderemos ajudar a fazer deste terrível episódio a gota d´água e o início de uma nova esperança:</span><br />
<br style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" />
<a href="http://www.avaaz.org/po/end_indias_war_on_women/?tSsTPdb" style="background-color: white; color: #0068cf; cursor: pointer; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" target="_blank">http://www.avaaz.org/po/end_indias_war_on_women/?tSsTPdb</a><br />
<br style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" />
<span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px;">O líder dos estupradores desta mulher disse friamente que ela mereceu ser violentada, pois ela ousou enfrentá-lo. Culpar a vítima e outras atitudes escandalosas são comuns em toda a sociedade, incluindo os policiais que constantemente deixam de investigar estupros. Tais atitudes reprimem mulheres e corrompem homens em todos os lugares. Campanhas de educação pública concretas alteraram radicalmente o comportamento social em casos como dirigir embriagado e fumar, e podem impactar no tratamento de mulheres. Combater as causas da epidemiad e estupro na Índia é vital, juntamente com leis mais eficientes e processos judiciais mais rápidos.</span><br />
<br style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" />
<span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px;">Anúncios publicitários na Índia são relativamente baratos, portanto, um compromisso de financiamento significativo poderia cobrir vários mercados de mídia por um bom tempo. Os anúncios devem visar subculturas masculinas, onde a conservadora misoginia prospera, desafiando e envergonhando diretamente essas atitudes, idealmente usando figuras populares como atletas, que carregam autoridade com o público.</span><br />
<br style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" />
<span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px;">Temos apenas 24 horas para influenciar a Comissão Oficial criada para encontrar formas de reprimir a onda indiana de violência sexual. Se conseguirmos mostrar o verdadeiro sucesso nas mudanças de atitudes na Índia, o modelo poderá ser aplicado em outros países. O dinheiro gasto pagará a si próprio por meio da redução da pobreza e promoção do desenvolvimento, pois o tratamento e o empoderamento das mulheres têm sido identificado como um dos maiores incentivos de progresso social e econômico. Clique para enviar uma mensagem diretamente para o governo indiano:</span><br />
<br style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" />
<a href="http://www.avaaz.org/po/end_indias_war_on_women/?tSsTPdb" style="background-color: white; color: #0068cf; cursor: pointer; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" target="_blank">http://www.avaaz.org/po/end_indias_war_on_women/?tSsTPdb</a><br />
<br style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" />
<span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px;">Desde se opor ao apedrejamento de mulheres no Irã e apoiar os direitos reprodutivos femininos no Marrocos, no Uzbequistão e em Honduras, até fazer lobby para uma ação real de combate ao tráfico de mulheres e meninas, a nossa comunidade tem estado na linha de frente da luta para acabar com a guerra contra as mulheres. 2013 começa com uma nova determinação na Índia . </span><br />
<br style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" />
<span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px;">Com esperança e determinação,</span><br />
<br style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" />
<span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px;">Emma, Ricken, Luis, Meredith, Iain, Ian, Marie, Michelle, Alaphia, Allison e toda equipe da Avaaz</span><br />
<br style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" />
<span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px;">MAIS INFORMAÇÕES</span><br />
<br style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" />
<span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px;">Suspeitos de estupro de estudante indiana são indiciados por morte (G1)</span><br />
<a href="http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/01/suspeitos-do-estupro-da-estudante-indiana-sao-indiciados.html" style="background-color: white; color: #0068cf; cursor: pointer; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" target="_blank">http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/01/suspeitos-do-estupro-da-estudante-indiana-sao-indiciados.html</a><span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px;"> </span><br />
<br style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" />
<span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px;">Estupro coletivo em ônibus causa comoção na Índia (BBC)</span><br />
<a href="http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/12/121219_india_estupro_onibus_rw.shtml" style="background-color: white; color: #0068cf; cursor: pointer; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" target="_blank">http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/12/121219_india_estupro_onibus_rw.shtml</a><span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px;"> </span><br />
<br style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" />
<span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px;">Pai da vítima de estupro na Índia pede execução dos culpados (Estadão)</span><br />
<a href="http://www.estadao.com.br/noticias/internacional%2cpai-da-vitima-de-estupro-na-india-pede-execucao-dos-culpados%2c980093%2c0.htm" style="background-color: white; color: #0068cf; cursor: pointer; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" target="_blank">http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,pai-da-vitima-de-estupro-na-india-pede-execucao-dos-culpados,980093,0.htm</a><span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px;"> </span><br />
<br style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" />
<span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px;">Morre jovem indiana que sofreu estupro coletivo em ônibus (Folha de S. Paulo)</span><br />
<a href="http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1207752-morre-jovem-indiana-que-sofreu-estupro-coletivo-em-onibus.shtml" style="background-color: white; color: #0068cf; cursor: pointer; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" target="_blank">http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1207752-morre-jovem-indiana-que-sofreu-estupro-coletivo-em-onibus.shtml</a><span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px;"> </span><br />
<br style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" />
<span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px;">Impunidade Estupros na Índia (Observatório da Mulher)</span><br />
<a href="http://observatoriodamulher.org.br/site/index.php?option=com_content&task=view&id=6885&Itemid=1" style="background-color: white; color: #0068cf; cursor: pointer; font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" target="_blank">http://observatoriodamulher.org.br/site/index.php?option=com_content&task=view&id=6885&Itemid=1</a><br />
<br />
Fonte: <a href="http://www.avaaz.org/po/end_indias_war_on_women/?tta">Avaaz.org</a>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03592774212723706082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5710121554269633867.post-46134074211182643782013-01-04T13:20:00.000-08:002013-01-04T13:20:45.624-08:00A Virgem de Guadalupe e a Vida<br />
<div style="line-height: 19px; padding: 0px;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-IfOHlUfJnNM/UMnOfQflAwI/AAAAAAAACpA/6zFgW4JXJ6A/s1600/nossa_senhora_de_guadalupe.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://4.bp.blogspot.com/-IfOHlUfJnNM/UMnOfQflAwI/AAAAAAAACpA/6zFgW4JXJ6A/s320/nossa_senhora_de_guadalupe.jpg" width="194" /></a><span style="background-color: white; font-family: inherit;"> O Presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina, Cardeal Marc Ouellet, assegurou que a aparição da Virgem de Guadalupe como uma mulher grá</span>vida<span style="background-color: white; font-family: inherit;"> </span><span style="background-color: white; font-family: inherit;">é em si mesmo um testemunho poderoso de vida contra o</span><span style="background-color: white; font-family: inherit;"> </span>aborto<span style="background-color: white; font-family: inherit;">.</span></div>
<div style="line-height: 19px; padding: 0px;">
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: inherit;">A imagem da Virgem de Guadalupe apareceu em 1531 na tilma de São Juan Diego no Tepeyac (México). Destaca-se na imagem que ela não leva a Jesus nos braços, mas tem uma faixa preta atada no seu ventre, símbolo asteca da gestação maternal.</span></span></div>
<div style="line-height: 19px; padding: 0px;">
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: inherit;">Durante o Congresso Internacional Ecclesia in América que foi celebrado desde o dia 9 ao 12 de dezembro no Vaticano, o Cardeal Ouellet sublinhou que Maria de Guadalupe "mostra-se sem o menino nos braços e com o menino no ventre, e essa é uma mensagem muito poderosa ante a cultura de morte, ante o fato de que muitas crianças morrem antes de nascer".</span></span></div>
<div style="line-height: 19px; padding: 0px;">
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: inherit;">O Cardeal Ouellet, que é Prefeito para a Congregação dos Bispos, indicou que a Virgem grávida "recorda-nos que a palavra de Deus se fez carne no ventre de uma mulher e Ele nos leva a redenção, a renovação das relações, a misericórdia com o mundo e também uma abertura a vida e a esperança".</span></span></div>
<div style="line-height: 19px; padding: 0px;">
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: inherit;">Em meio de tanta confusão, o sim à vida de Maria permitiu a vinda de Jesus ao mundo e recordou que essa "é a verdadeira solução da humanidade, de todas as culturas e é o presente de Deus para toda a humanidade".</span></span></div>
<div style="line-height: 19px; padding: 0px;">
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: inherit;">Além disso, explicou que a Virgem também deu outra mensagem poderosa à cultura indígena que "praticava sacrifícios humanos… de maneira que a Virgem se apresentou como a mãe do verdadeiro Deus que nos diz que não é necessário que sacrifiquem seus filhos porque foi Ele quem sacrificou o seu filho para nos levar à liberdade, à redenção, à mudança nos corações, nas relações humanas, uma nova cultura, e um novo começo".</span></span></div>
<div style="line-height: 19px; padding: 0px;">
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: inherit;">"Esta é a mensagem da Virgem, que nos orienta para seu filho o crucificado, mas também o ressuscitado, que é nossa esperança".</span></span></div>
<div style="line-height: 19px; padding: 0px;">
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: inherit;">A autoridade vaticana destacou também que esta invocação mariana não é somente um ponto de união entre a América do Sul e do Norte, mas, além disso, é visível em seu rosto e em seu nome a história da reconciliação de todas as culturas.</span></span></div>
<div style="line-height: 19px; padding: 0px;">
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: inherit;">Pode-se ver "na maneira em que se apresenta a si mesma, Maria é um nome que tem raízes judias e, Guadalupe, é um nome com raízes árabes. Assim unidos ‘Maria e Guadalupe’, fazem também uma mensagem por si mesma de reconciliação, de proximidade entre culturas", concluiu.</span></span></div>
<div style="line-height: 19px; padding: 0px;">
Fonte: <a href="http://www.acidigital.com/noticia.php?id=24608" style="background-color: white; text-decoration: initial;" target="_self">ACI/EWTN Noticias</a></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03592774212723706082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5710121554269633867.post-13778741435399294772012-12-24T08:47:00.000-08:002012-12-24T08:47:00.196-08:00A gente sabe QUANDO o amor está presente<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> <span style="font-family: inherit;">Sendo-me
solicitada uma mensagem de Natal para o Blog Palavra Viva, veio-me a mente uma
propaganda que vi, tempos atrás, num <b>Outdoor </b>em Blumenau, SC, por ocasião do Natal. Num visual bem chamativo estava
escrito: <b>“A gente sabe quanto o amor está presente”.</b> <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-NP2Uo7eqCYk/ULzXfHIS_gI/AAAAAAAACok/kS4MAlBlY6s/s1600/Natal.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://4.bp.blogspot.com/-NP2Uo7eqCYk/ULzXfHIS_gI/AAAAAAAACok/kS4MAlBlY6s/s400/Natal.jpg" width="296" /></a><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Creio que o
Natal é bem isto: contemplar o amor de Deus presente entre nós. Este amor tem
um nome: <b>Jesus Cristo</b>. Deus Pai quis
que o seu amor fosse contemplado com nossos olhos, ouvido com nossos ouvidos, tocado
com nossas mãos, caminhando com a gente. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;"> Cristo
gostou tanto de estar conosco que quis acampar no meio de nós e permanecer
sempre conosco. Nesta convivência, faz-se próximo de todos: das crianças, dos
jovens, dos pobres, das prostitutas, dos ricos, dos pecadores, dos marginalizados...
Não faz distinção de pessoas, pois esta é a marca de quem ama. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;"> Preparar-se
para o Natal e celebrá-lo, é colocar novamente no centro da nossa vida o Amor
que é Deus. Então tudo toma sentido e se reveste de alegria. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;"> Preparar-se
para o Natal exige um olhar para dentro e para fora. Para dentro de nós para
descobrir que Deus está conosco, morando num verdadeiro presépio vivo. Partindo
dessa consciência, o nosso ser e agir será segundo Aquele que está em nós. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;"> Um segundo
olhar é para fora. “Deus colocou-nos neste mundo para os outros”, dizia Dom
Bosco. Nossa vida seria amarga se fosse vivida voltada apenas para nós. Mas a
verdadeira felicidade está em viver para os outros a exemplo de Jesus. Ele
mostrou com palavras e atos que a vida é presente para ser doada. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;"> Que no Natal
de 2012, as pessoas olhando para nós, para a nossa família, para a nossa
comunidade, para o nosso grupo... possam dizer: <b>“a gente sabe que o amor está presente”. <o:p></o:p></b></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Feliz Natal! <o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">P. Asídio Deretti - SDB</span><o:p></o:p></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03592774212723706082noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5710121554269633867.post-9279572817380385162012-12-17T08:35:00.000-08:002012-12-17T08:35:00.265-08:00Novas Mídias e Vida Comunitária<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-TpNXbdQw1bw/ULzUqBL09vI/AAAAAAAACoI/n8hljWcnyQM/s1600/IMG_85291.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="161" src="http://1.bp.blogspot.com/-TpNXbdQw1bw/ULzUqBL09vI/AAAAAAAACoI/n8hljWcnyQM/s200/IMG_85291.jpg" width="200" /></a></div>
<span style="font-family: inherit;">Segundo Gildásio Mendes dos Santos, padre salesiano, para se
falar das novas mídias na formação da vida comunitária faz-se necessário estar
com os olhos fixo em Jesus Cristo, pois nosso olhar deve ser amoroso para com
os jovens que buscam este estilo de vida. “Os celulares dos jovens de hoje é a
caneta dos religiosos de 60 anos”, afirma o padre. A grande revolução não é
tecnológica, mas sim relacional. Por isso, a Igreja em seu magistério reflete
sobre a profunda transformação que a internet está proporcionando.</span><br />
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Ainda de acordo com o padre, “Estamos vivendo um tempo em
que os jovens estão num processo de interatividade e instantaneidade. Falar de
forma linear e filosófica para os adolescentes desta época é não falar a mesma
linguagem deles. Porém, quando se fala em uma linguagem virtual eles
compreendem”. As novas tecnologias não estão separadas do corpo destes novos
usuários, e sim os complementa, afirma o padre.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Segundo padre Gildásio, é preciso compreender a multitarefa
na qual estes jovens estão inseridos. Atender ao telefone, jantar e ler faz
parte da realidade destes usuários tecnológicos. “Muitos dizem que eles não são
amorosos e que são muito individuais, isso é mentira; eles são afetivos e
procuram integração e abertura,” diz padre Mendes. O problema é que a vida comunitária
não está adaptada para as realidades destes novos indivíduos sociais, virtuais.
Pois a concepção que estes jovens têm de comunicação é uma comunicação de igual
para igual e não hierárquica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-1d8UUh843oU/ULzU2ONGroI/AAAAAAAACoQ/6CSd_9L-iUo/s1600/Imagem76.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://3.bp.blogspot.com/-1d8UUh843oU/ULzU2ONGroI/AAAAAAAACoQ/6CSd_9L-iUo/s320/Imagem76.jpg" width="222" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">As novas mídias contemplam acima de tudo quem comunica. Os
religiosos que habitam as redes são os mesmos que habitam os ambientes
tradicionais. Por isso, evangelizar nos espaços midiáticos implica em ser e
testemunhar com verdade e coerência a capacidade de amar, de acolher, de
estabelecer confiança para fazer o caminho da descoberta de Jesus Cristo. Se os
jovens não estão na igreja é porque eles não compreendem a linguagem.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">O mundo virtual é um passo para contemplação, pois envolve o
silêncio, atenção, interatividade, beleza e a arte. Quem souber fazer isso despertará
no coração dos jovens o desejo para a vida comunitária. Cabe a nós religiosos e
religiosas responder a uma pergunta mágica, onde está o objeto do nosso desejo?
Uma vez que a juventude de hoje crê nos valores vividos, percebidos. O que é
autêntico eles veem. As congregações que souberem fazer isso terão muitas
vocações, sentencia o padre.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Fonte: CRBNACIONAL<o:p></o:p></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03592774212723706082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5710121554269633867.post-21143756339676653742012-12-10T08:28:00.000-08:002012-12-10T08:28:00.138-08:00QUEM ME TOCOU? LC 8,45<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-NTESwWEP9pY/ULzTEUehILI/AAAAAAAACoA/TXc-C83pGJQ/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-NTESwWEP9pY/ULzTEUehILI/AAAAAAAACoA/TXc-C83pGJQ/s1600/images.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Jesus seguia a caminho da casa de Jairo. Centenas de pessoas
se apertavam em torno dele para poder vê-lo. Quase não podia avançar pelo povo,
que o pressionava de todos os lados. Era o barulho, que a moda e a curiosidade
produzem. Muitos queriam aproximar-se do "profeta"[para poder contar
que o aviam visto, que o haviam tocado. Hoje em dia, diríamos que todos iam
querer tirar uma foto com ele ou conseguir um autógrafo. Mas todas essas
pessoas, por estranho que isto pareça, foram incapazes de alcançar o Senhor.
Esbarraram nele. Apertavam-no. E não chegavam a tocá-lo. O Senhor vai por
outros caminhos. Por isso refletimos sobre essa pergunta.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Só uma mulher se aproximou silenciosamente e, por detrás,
tocou a beira da roupa de Jesus. Ia carregada de humilhações e dores, por causa
de uma doença que a enchia de vergonha e a fazia impura diante da lei. Nela não
havia curiosidade. Havia necessidade e confiança. Há anos sofria. Tinha
procurado a tantos. Inutilmente. Só lhe restava Deus. Quando estendeu sua mão
para tocar a beira da roupa do Senhor, sentiu fluir nela solidão, impotência,
vergonha, que quis esconder no silêncio. Isto era ela: um amontoado de ruínas,
que esperava em Jesus. E a perda de sangue se deteve. Quem me tocou? Enquanto o
sangue deixava de escorrer da enferma, do Senhor jorrava uma fonte de graça, de
compreensão e de paz.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Jesus percebeu que ali acontecia alguma coisa de diferente.
Alguém se aproximava de verdade dele. Com humanidade. Com sinceridade. Alguém
ousava, em segredo, manifestar-lhe suas misérias. Alguém se aproximava oprimido
de necessidades e não tinha outra voz que não a de sua total confiança. Esta
linguagem muda tocou o coração de Cristo: Quem me tocou?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Este texto, a seu modo, nos ensina sobre o verdadeiro acesso
a Jesus. Os gêneros literários dos exegetas, as mais novas teses de
cristologia, mesmo se necessárias e importantes, são incapazes de tocar na
borda da roupa e chegar até o coração de Cristo. Essa mulher nada pediu.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Contentou-se em estabelecer um contato real com Jesus Cristo
desde sua verdade humana.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Perante Jesus não há máscaras, porque ele, no segredo, capta
nosso próprio segredo. Toda pessoa tem enfermidades, que o fazem sofrer.
Freqüentemente, são mais graves as da alma que as do corpo. Costumamos, porém,
dissimulá-las com títulos, honras, ciência vazia e com superficialidade. Por aí
nunca alcançaremos Jesus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Essa mulher, anônima, simples e sofredora, nos ensina um
modo de nos aproximarmos a Jesus com confiança, com humildade, silenciosamente,
pondo sob sua proteção nossa enfermidade. Com tal atitude, ainda que ela não
tivesse obtido a cura do corpo, teria encontrado a verdadeira salvação. Por
meio desta mão tremente, seus sofrimentos passaram a Jesus e se tornaram parte
de sua Cruz redentora. Essa dor imensa encontrou um sentido salvador e dar
sentido ao sofrimento é mais importante que curá-lo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Agora cabe nos perguntarmos: como nos aproximamos do Senhor?
por onde vamos procurá-lo? Essa mulher, no seu silêncio, nos abriu um caminho.
Por ela caminham, sobretudo, os pobres e os simples de coração.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">07/01/2011 - 06:00<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Por Fernando Montes, SJ (Trad. R. Paiva, SJ)</span><o:p></o:p></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03592774212723706082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5710121554269633867.post-65973328037985785032012-12-02T02:16:00.000-08:002012-12-03T08:53:48.610-08:00Permanecei no meu Amor<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O amor que tenho por Ti é fogo abrasador, que queima e
consome, fazendo arder e, enfim, morrer; morrer de Amor. Permanecer no Amor de
Deus é intimidade repleta de um “amor intenso e criativo, total e totalizante,
sem limites nem restrições, condições ou reservas” (cf. Lonergan).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-j8DmbzS5-CA/ULi5mK8NwGI/AAAAAAAACnc/ehtXxIEU5lw/s1600/Sao+Paulo+da+Cruz.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="135" src="http://2.bp.blogspot.com/-j8DmbzS5-CA/ULi5mK8NwGI/AAAAAAAACnc/ehtXxIEU5lw/s200/Sao+Paulo+da+Cruz.jpg" width="200" /></a></div>
São Paulo da Cruz afirma que “o amor é força de união” é
“fogo (que) vai até à medula”. Como não amar e se deixar ser amado? Segundo
Amedeo Cencini “o ser humano é feito para isso; não pode deixar de se entregar
e de se abandonar totalmente a alguém ou a uma grande paixão”. Nossa vocação é
amar. Somos seres de relação e de paixão. Queremos amar e ser amados, tocar e
ser tocados, olhar e ouvir. A relação repleta de paixão gera intimidade.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
A intimidade é como flecha de Deus, que deixa o coração
ferido pela ponta da fé e que está mortalmente ferido de amor (cf. São Gregório
de Nissa). Pela intimidade estão estreitamente ligados, o Amado penetra
profundamente a amada fazendo com que não haja espaço entre os dois,
tornando-se fonte geradora de conhecimento.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O frade capuchinho Peirano canta a paixão do seu amor por
Cristo:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="margin-left: 212.4pt; text-indent: 35.4pt;">
<i>“Eras Tu<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="margin-left: 212.4pt; text-indent: 35.4pt;">
<i>Aquela
parte de mim mesmo<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="margin-left: 212.4pt; text-indent: 35.4pt;">
<i>Que eu
buscava por toda parte<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="margin-left: 212.4pt; text-indent: 35.4pt;">
<i>Para me
completar”.</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-lkd5N3qFT6I/ULi6hsnqAVI/AAAAAAAACnk/FFB3YYi-vuw/s1600/intimidade.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="150" src="http://3.bp.blogspot.com/-lkd5N3qFT6I/ULi6hsnqAVI/AAAAAAAACnk/FFB3YYi-vuw/s200/intimidade.jpg" width="200" /></a>Esta inserido no homem a busca por Deus. Santo Agostinho confessa:
<i>“Fizeste-nos para ti, e inquieto esta o
nosso coração, enquanto não repousa em ti”. ”Amar ao Senhor sobre todas as
coisas não significa não amar ninguém mais. Significa que Ele ocupa o primeiro
lugar”, </i>afirma M. Danieli no livro ‘<i>Liberi
per chi? Il celibato ecclesiastico’. </i>O tema amar e descobrir Deus no irmão
ficará para outro momento, mas o segredo para aprender amar a Deus e ao próximo
esta no exercício.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Deus seduz a criatura, deixando-a com sede. Ele provoca,
tira do eixo. A sedução implica renúncia, pois estamos deixando o comodismo
para seguir a voz de Deus em nossa vida, sendo conduzido a plenitude. A
renúncia gera mudança. Declara São Paulo da Cruz “nem sofrer nem morrer, apenas
a perfeita conversão à vontade de Deus”. Portanto, a renúncia conduz a relação
e a ouvir sua vontade. Conforme o Abade Bernardo, “muitas vezes a vontade de
Deus é a mesma que a nossa. A minha vontade deve estar em contato com Deus, com
o Evangelho, com a Tradição da Igreja, tradição da nossa comunidade religiosa.
Talvez tenhamos medo de fazer a vontade de Deus”. A resposta ao chamado de Deus
esta no coração livre, pois Deus não invade a liberdade do ser.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
“Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o coração, de toda
a tua alma, de todo o teu entendimento e de todas as tuas forças“ (Mc 12,30).
Conforme Cencini “é preciso toda a vida e cada batida do coração” para amar a
Deus. O apaixonado por Deus conhece suas fraquezas e goza da certeza de ser
amado e de amar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-s8g2gmyduyI/ULi7Cbj4a_I/AAAAAAAACns/IcQyjJVF1Xc/s1600/04.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://3.bp.blogspot.com/-s8g2gmyduyI/ULi7Cbj4a_I/AAAAAAAACns/IcQyjJVF1Xc/s320/04.jpg" width="265" /></a>Quando se ama não se sente necessidade de outros afetos,
ainda mais quando se sente amado por Deus presente no irmão. Amedeo Cencini
ensina que “quem não é apaixonado pelo Criador não esta livre para deixar-se
amar pelas criaturas”. O apaixonado por Cristo tem como eixo de sua vida o Deus
amor. Assume Deus e descobre a beleza de fazer as coisas por amor. Nesta
relação intensa e íntima se descobre o Mestre, a Verdade, o Bom Pastor que
revela o caminho. São Gregório de Nissa canta na oração ao Bom Pastor:
“Mostra-me o lugar da quietude, leva-me à erva boa e nutritiva, chama-me pelo
nome e, assim, eu que sou ovelha, ouvirei tua voz; e por causa de tua voz,
dá-me a vida eterna”.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Gregório de Nissa continua “como não Te amar, a Ti que
amaste minha alma, embora ainda manchada, a tal ponto que deste a vida pelas
ovelhas que apascentas?” Neste amor descubro a minha identidade que esta
“escondida com Cristo em Deus” (Cl 3,3). A mancha é agora coberta pelo amor
(cf. 1Pd 4,8) e somos carregados para a casa do Bom Deus. Deixamo-nos ser
guiados, “a ponto de decidir livremente depender d’Ele” (Cf. Cencini).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Temos consciência que a Palavra liberta. Quando falamos a
verdade sobre nós, quando dizemos com amor “eu te amo” com todas as forças, com
a alma. O amor liberta. Amedeo afirma que “ninguém pode se dizer livre se não
tem a coragem de entregar-se totalmente àquilo que é chamado a amar,
confiando-lhe a sua própria liberdade”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
“Apaixonar-se, talvez seja fácil. O difícil é
permanecer no amor” confessa Cencini. Permanecer no amor provoca choques,
conflitos, alegrias, desejos, pois o amor tem suas estações. Aprende a amar
junto e longe; você o toca, vê, ama mesmo na ausência.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Ao ver a face de Deus nos apaixonamos, e o vemos na beleza
de sua obra. O Esposo se deixa tocar dando sentido a vida, mas permanecemos
insatisfeitos, pois o desejo de O ver, tocar, estar com Ele cresce. Corremos em
sua direção em busca de ser abraçado e sentirmos a sensação de estar sendo
completado.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O amor por Deus arde em meu peito, é força que me arrebata,
fazendo com que eu morra de amor. Este amor me tira o movimento, se sente o
desejo de somente estar contigo e quando não estou me sinto estimulado a te
procurar, pois Tu te escondeste de mim. Feliz será meu coração quando
finalmente estiver contigo na Cidade Celeste, pois amada descansará sobre o
peito do Amado e ouvirá Tu és meu. Portanto, na vida segui tuas pegadas e como
saltimbanco sobre a corda sempre busco estar pronto para cair nos teus braços
(Cf. Peirano) e descansar sobre eles ouvindo teu coração bater por mim. Repito
com frei Peirano “não conheço outra maneira de viver a não ser amando”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<b><i>Rodrigo Souza de Souza</i></b></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03592774212723706082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5710121554269633867.post-16744457713011718872012-11-28T09:00:00.000-08:002012-12-03T08:22:51.636-08:00O PROJETO<i style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt;"><b>Artigo de Raimundo Luan Hadney de Luna Gonçalo</b></i><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt;"> </span><span style="font-family: inherit;">Após formar-se com grande êxito na
universidade, um jovem arquiteto resolveu fazer o projeto que seria sua obra
prima, que o faria conhecida e lhe abriria grandes possibilidades de
irrefutável sucesso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> Pôs-se, então, a pensar, calcular e
desenhar. Muitas vezes recorreu a seus apontamentos, escritos muito
cuidadosamente durante a época dos seus estudos acadêmicos. Outras vezes ainda,
buscava orientações com outros arquitetos que já haviam posto em prática seus
projetos e estes davam conselhos de grande valia ao seu novo colega, mas sempre
frisando que um projeto tão importante quanto aquele deveria ser expressão real
da alma do arquiteto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> Passou muitas noites em claro, pois sua
mente não parava de lhe dar ideias de novas formas e linhas a serem postas no
projeto. Levantava várias vezes da cama para calcular e escrever, numa
ansiedade angustiante, pois sabia que era capaz de desenhar e pôr em prática qualquer
projeto que quisesse. Foi esta ansiedade que o levou à primeira frustração.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> Observando a beleza de seu projeto e
achando que já o havia concluído, foi correndo mostrar a seus amigos que, por
sinal, também estavam projetando suas obras primas. Eles, compartilhando a
felicidade do amigo, foram todos juntos ao Grande Empreiteiro, paro o qual praticamente
todos os jovens arquitetos iam em busca da realização prática de seus projetos.
Todos receberam uma análise razoável de seus trabalhos, acompanhadas de
orientações para melhorá-los. Mas nosso amigo arquiteto, para sua grande
tristeza, recebeu seu projeto com uma grande tarja vermelha onde se lia:
“Reveja tudo!”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> Arrasado, quis desistir de tudo. Penso
logo em refazer o projeto diminuindo-o drasticamente ao básico.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> Ao verem a tristeza e o desânimo em que
estava nosso protagonista, os seu amigos buscavam reanimá-lo, pois sabiam que
tinha grandes capacidades e que este seu primeiro grande erro não era nada
comparado a suas possibilidades. Para isto, tiveram de pedir ajuda a um dos
seus mestres da faculdade, aquele que foi um dos maiores incentivadores dos
alunos e, principalmente, do seu amigo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> A conversa que o nosso arquiteto teve
com o seu mestre lhe deu novo ânimo, e ele, ousadamente, começou a trabalhar
sobre o mesmo projeto inicial, empenhando-se em aperfeiçoá-lo. Muito grato a
seus amigos, começou a ajudá-los em seus projetos, recebendo deles ajuda
recíproca, formando assim um grande grupo de estudos e aperfeiçoamento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> Finalmente viu que tudo já estava
realmente pronto. Belíssimo! Seus amigos também tinham terminado seus projetos.
Agora tinham de apresentá-los outra vez ao Grande Empreiteiro, que foi o
principal orientador de todos os projetos, para que fossem aprovados e postos
em prática. Esta avaliação teria de ser individual, como uma entrevista, cara-a-cara.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> Chegou então a vez de nosso jovem
amigo. Todos os seus amigos já tinham os seus projetos aprovados já podendo
pô-los em prática. Com o coração acelerado ele entra no escritório do “Chefão”
e mostra-lhe o projeto. Depois de olhá-lo por bastante tempo, observando cada detalhe,
cada curva, cada linha, o Empreiteiro abre um imenso sorriso de satisfação e
lhe diz:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 35.25pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">˗ Muito bem!
Perfeito!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.25pt;">
<span style="font-family: inherit;">Aquilo deixou o nosso amigo arquiteto
extasiado. Estava a ponto de explodir, de pular, de gritar, quando ouve...:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.25pt;">
<span style="font-family: inherit;">˗ Porém, não é isto que eu quero para
você.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> Diante daquelas palavras tudo voltou a
ser escuro. Ele quase desmaiou. Vendo a situação na qual tinha deixado o seu
jovem pupilo, o homem continuou:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> ˗Não te preocupes! Teu projeto está
perfeito, é algo que, se posto em prática, te daria muito prestígio e sucesso,
mas eu tenho um projeto bem maior e mais importante que este, no qual, desde
que tu te formaste, venho querendo te incluir como parte de minha equipe. Mas a
decisão será tua, pois este projeto, o mais importante de todos, não te dará
prestígio, fama ou poder diante do mercado e da sociedade, mas te edificará
diante de mim e de meus colaboradores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> O rapaz ficou preocupado e pediu um
tempo para pensar, o que lhe foi prontamente concedido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> Ao sair do escritório, todos os que o
estavam esperando perceberam em seu semblante uma grande preocupação, mas não
compreendiam o porquê, visto que seu projeto vinha com o carimbo verde de
“Aprovado”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> Ele explicou tudo a seus amigos. Alguns
não entenderam e o aconselharam a não trocar o certo pelo duvidoso. Já outros,
aqueles mais próximos dele, mesmo sabendo que ele não conseguiria fama e
prestígio, o aconselharam a não descartar a proposta do Grande Empreiteiro,
pois confiavam muito nele e sabiam que este grande projeto que ele tem é algo
que todos podem ajudar, no entanto, ele só chamava mais diretamente aqueles que
ele queria para trabalharem de forma integral, doando-se por inteiro. De fato,
todos eram convidados a contribuir com a realização do grande projeto, mas muitos
homens e mulheres tinham sido chamados para trabalhar nele com exclusividade, e
eram felizes lá.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> Após muitas conversas com seus amigos e
antigos professores, sua melhor amiga, que também era arquiteta, fez uma
pergunta que ecoou no coração do nosso jovem e confuso amigo:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> ˗ Por que não se entregar nas mãos
daquele que nunca nos deixou sozinhos? Confiamos nele para nos orientar. Confie
nele!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> Esta pergunta também foi repetida pelos
seus outros amigos e, finalmente, ficou gravada no coração e na mente do nosso
jovem amigo. Então, após muito refletir ele tomou sua decisão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> Procurou outra vez o Grande Empreiteiro
e disse que estava disposto a largar mão de seu projeto de vida e ingressar na
grande empreitada por outros já iniciada. O Grande Empreiteiro ficou radiante
de felicidade, pois já havia projetado algo em que o nosso arquiteto se
encaixaria perfeitamente. Saíram, então, para visitar aquela tão grande e
misteriosa construção.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> Para a surpresa do nosso jovem arquiteto, a
tal obra estava o tempo todo entre as obras de todas as outras pessoas. Até
então ele ainda não a tinha enxergado, mas era algo com o qual todos
contribuíam e cada vez mais eram chamados a o contribuir de forma mais intensa.
Os seus olhos se abriram mais e ele viu que muitos de seus amigos, ao mesmo
tempo em que começavam a cavar os alicerces de suas obras, construíam
paralelamente a obra do Grande Empreiteiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> Sempre acompanhado de seu chefe, ele observou
que a extensão da obra era enorme, o que exigia muito trabalho e muitos
trabalhadores, mas ao mesmo tempo era formada tanto por grandes pavimentos com
várias pessoas trabalhando unidas, quanto por pequenas casas onde cada um
construía paralelamente à construção de sua vida. Todos trabalhavam em
sintonia, em um projeto único formado por pequenas e grandes obras, movidos
pela força extraordinária que é o Amor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> Chegaram, então, a um ponto da grande
obra onde o Empreiteiro mostrou no que o nosso jovem arquiteto já tinha
contribuído, mesmo sem saber, na grande construção. Era apenas uma sala, onde
estava uma escrivaninha e uma pilha de livros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> Nosso amigo, sem compreender como havia
construído aquilo, questionou o Grande Empreiteiro, querendo saber também o que
significava. O Empreiteiro respondeu:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> ˗ Adquiriste até aqui um valiosíssimo
conhecimento e valorizaste, até então, tua intelectualidade. Construíste isto
usando aquilo que tu sabes para educares e trazeres crianças para minha
construção. Mas eu não quero que continues sozinho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> Após falar isto, o levou para um enorme
condomínio em construção, onde todos os que nele trabalhavam, mesmo com seus
traços particulares, entravam em harmonia na construção de casas parecidas e
unidas umas com as outras, como que conjugadas. Então o Empreiteiro falou:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> ˗ É aqui que eu quero que tu trabalhes.
<b>Todos estes homens têm jeitos diferentes de ser, mas unem seus esforços para
construírem um condomínio na minha grande obra.</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> O jovem arquiteto olhou ao seu redor e
viu que havia outras obras construídas com a mesma forma de trabalho, mas com
características totalmente diferentes e igualmente belas. Observou-as,
admirou-as e, voltando-se para o condomínio indicado pelo Grande Empreiteiro
começou a trabalhar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> Viu que o trabalho exigia muitos
esforços, ele errava muito, mas era sempre auxiliado pelos seus irmãos que
trabalhavam na construção. Antes de voltar, o Grande Empreiteiro chamou-o e
disse-lhe:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> ˗ <b>Não te preocupes com teus erros, meu
filho é o mestre de obras desta grande construção, ele vai te orientar. Ele
mesmo, obedecendo a mim, iniciou esta obra, e dá a vida por ela e pelos seus
trabalhadores. Por ele, estarei contigo sempre.</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> Assim, nosso jovem arquiteto continua
seu trabalho, colocando seus traços na grande obra. Encontrou novos amigos,
verdadeiros irmãos. Alguns já haviam construído grandes obras fora da obra do
Grande Empreiteiro, tinham tudo para, assim como a grande maioria das pessoas,
contribuírem de forma menos radical na construção. No entanto, largaram tudo e
vieram entregar-se integralmente à obra do Grande Empreiteiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> Durante seu trabalho, o nosso jovem
arquiteto viu alguns dos seus irmãos deixarem o trabalho incompleto e voltarem
para seus projetos de vida originais. Outros, não construíam direito e sempre
deixavam lacunas nos trabalhos que faziam. Mas existiam aqueles que se
mostravam verdadeiros trabalhadores, esforçados e animados. Eram estes que
traziam notáveis desenvolvimentos para a grande construção.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> Até hoje o nosso amigo está
trabalhando, caindo, levantando, buscando aperfeiçoar-se para construir uma
magnífica obra que ele nem sabe se vai ver concluída, assim como muitos outros
que lá estão, mas na qual ele tem a certeza de estar sua realização plena e o
sentido real de sua existência. Ainda está no início de tudo o que vai
construir para contribuir com a grande obra de muitas moradas do Grande
Empreiteiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> O nome desta grande construção está
escrito em um livro enorme que serve de porta para esta verdadeira cidade da
paz. Ele é:</span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: 14pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: "Monotype Corsiva"; font-size: 20.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">“REINO DE DEUS”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03592774212723706082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5710121554269633867.post-14026627724288329992012-11-24T12:00:00.000-08:002012-11-24T12:00:01.153-08:00Salesianidade<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<b>ESTREIA 2013<o:p></o:p></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<b><i>"Alegrai-vos sempre no
Senhor! Repito: alegrai-vos!" (Fl 4:4)<o:p></o:p></i></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<b> Como Dom
Bosco educador,<o:p></o:p></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<b>ofereçamos aos jovens o Evangelho da alegria <o:p></o:p></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<b>mediante a pedagogia da bondade<o:p></o:p></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-0OB8wzbvog4/UJQZTB4pBdI/AAAAAAAAClI/2TrZpobrRFk/s1600/POSTER+Strenna+2013+PT.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="286" src="http://4.bp.blogspot.com/-0OB8wzbvog4/UJQZTB4pBdI/AAAAAAAAClI/2TrZpobrRFk/s400/POSTER+Strenna+2013+PT.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Caríssimos Irmãos e
Irmãs da Família Salesiana,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Depois de ter
centrado a atenção na história de Dom Bosco e procurado compreender melhor a
sua vida, marcada pela predileção pelos jovens, a Estreia 2013 tem por objetivo
aprofundar a sua proposta educativa. Concretamente, queremos <i>aproximar-nos de Dom Bosco educador.</i>
Trata-se, pois, de aprofundar e atualizar o Sistema Preventivo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Também nesta
tarefa, a nossa abordagem não é apenas intelectual. Por um lado, é certamente
necessário um estudo aprofundado da pedagogia salesiana, para atualizá-la
segundo a sensibilidade e as exigências do nosso tempo. Hoje, de fato, os
contextos sociais, econômicos, culturais, políticos, religiosos, nos quais
estamos a viver a vocação e a realização da missão salesiana, estão
profundamente alterados. Por outro lado, para uma fidelidade carismática ao
nosso Pai, é igualmente necessário fazer nosso o conteúdo e o método da sua
oferta educativa e pastoral. No contexto da sociedade atual, somos chamados a
sermos santos educadores como ele, entregando como ele a nossa vida,
trabalhando com e pelos jovens.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 5.0pt; text-align: center;">
<b>À
REDESCOBERTA DO SISTEMA PREVENTIVO<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 5.0pt; text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Ao repensar a
experiência educativa de Dom Bosco, somos chamados hoje a privilegiá-la com
fidelidade. Ora, para uma correta atualização do Sistema Preventivo, mais do
que pensar imediatamente em programas, fórmulas, ou insistir em slogans
genéricos e bons para todas as estações, o nosso esforço hoje será, antes de
tudo, o da compreensão histórica do método de Dom Bosco. Trata-se, em concreto,
de analisar como foi diversificada a sua ação pelos jovens, pelo povo, pela Igreja,
pela sociedade, pela vida religiosa, e também como foi diversificado o seu modo
de educar os jovens do primeiro Oratório festivo, do pequeno seminário de
Valdocco, dos clérigos salesianos e não salesianos, dos missionários. Pode-se
observar, porém, como já estivessem presentes no primeiro Oratório da casa
Pinardi algumas intuições importantes que serão em seguida conquistadas em seu
valor mais profundo de complexa síntese humanístico-cristã:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
uma estrutura
flexível, qual obra de mediação entre Igreja, sociedade urbana e faixas
populares juvenis;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
o respeito e a
valorização do ambiente popular;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
a religião como
fundamento da educação, segundo o ensinamento da pedagogia católica transmitida
a ele pelo ambiente do Colégio Eclesiástico;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
o entrelaçamento
dinâmico entre formação religiosa e desenvolvimento humano, entre catequese e
educação;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
a convicção de que
a instrução constitui o instrumento essencial para iluminar a mente;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
a educação, assim
como a catequese, que se desenvolve em todas as expressões compatíveis com a
escassez de tempo e recursos;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
a plena ocupação e
valorização do tempo livre;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
a cordialidade como
estilo educativo e, mais em geral, como estilo de vida cristã.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Uma vez conhecido
corretamente o passado histórico, é preciso traduzir para hoje as grandes
intuições e virtualidades do Sistema Preventivo. É preciso modernizar os seus
princípios, conceitos, orientações originárias, reinterpretando no plano
teórico e prático tanto as <i>grandes ideias
de fundo, quanto as grandes orientações de método.</i> Tudo isso em vista da
formação de jovens "novos" do século XXI, chamados a viver e
confrontar-se com uma vastíssima e inédita gama de situações e problemas, em
tempos decisivamente alterados, nos quais as próprias ciências humanas estão em
fase de reflexão crítica.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Desejo, de modo
particular, sugerir três perspectivas, analisando mais profundamente a primeira
delas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 5.0pt; text-align: justify;">
<b>1. O
relançamento do "honesto cidadão" e do "bom cristão"<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 5.0pt; text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Num mundo
profundamente alterado em relação ao do século XIX, atuar a caridade segundo critérios
angustos, locais, pragmáticos, esquecendo as mais amplas dimensões do bem
comum, de alcance nacional e mundial, seria uma grave lacuna de ordem
sociológica e também teológica. Conceber a caridade apenas como esmola, como
auxílio emergencial, significa correr o risco de mover-se no âmbito de um
"falso samaritanismo".<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
É-nos imposta,
portanto, uma reflexão profunda, primeiramente em nível especulativo. Ela deve
estender a sua consideração a todos os conteúdos relativos ao tema da promoção
humana, juvenil, popular, dando atenção, ao mesmo tempo, às diversas
considerações qualificadas filosófico-antropológicas, teológicas, científicas,
históricas, metodológicas que sejam pertinentes. Esta reflexão deve, pois,
concretizar-se no plano da <i>experiência e
da reflexão operativa dos indivíduos</i> e das comunidades.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Devemos caminhar na
direção de uma reconfirmação <i>atualizada</i>
da "opção sociopolítica-educativa" de Dom Bosco. O que não significa
promover um ativismo ideológico, ligado a certas escolhas político-partidárias,
mas formar para uma sensibilidade social e política, que leve, em todo caso, a
investir a própria vida pelo bem da comunidade social, empenhando a vida como
missão, com uma referência constante aos inalienáveis valores humanos e
cristãos. Dito em outros termos, a reconsideração da <i>qualidade social da educação</i> deveria incentivar a criação de
experiências explícitas de empenho social no sentido mais amplo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<i>Perguntemo-nos: a Congregação Salesiana, a
Família Salesiana, as nossas Inspetorias, grupos e casas estão fazendo todo o
possível nessa direção? A sua solidariedade com a juventude é apenas um ato de
fato, gesto de entrega, ou também contribuição de competência, resposta
racional, adequada e pertinente às necessidades dos jovens e das classes sociais
mais frágeis?<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Dever-se-ia dizer o
mesmo do relançamento do "bom cristão". Dom Bosco,
"inflamado" de zelo pelas almas, compreendeu a ambiguidade e a
periculosidade da situação, contestou os seus pressupostos, encontrou formas
novas de opor-se ao mal, embora com a escassez de recursos (culturais,
econômicos...) de que dispunha. Trata-se de revelar e ajudar a viver
conscientemente a vocação de homem, a verdade da pessoa. E, justamente nisso,
os crentes podem dar a sua contribuição mais preciosa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Como, porém, atualizar
o "bom cristão" de Dom Bosco? Como salvaguardar hoje a totalidade
humano-cristã do projeto em iniciativas formal ou prevalentemente religiosas e
pastorais, contra os perigos de antigos e novos integrismos e exclusivismos?
Como transformar a educação tradicional, cujo contexto era uma "sociedade
monorreligiosa", numa educação aberta e ao mesmo tempo crítica diante do
pluralismo contemporâneo? Como educar e viver autonomamente e ao mesmo tempo
participar de um mundo plurirreligioso, pluricultural, pluriétnico? Diante da
atual superação da pedagogia tradicional da obediência, adequada a certo tipo
de eclesiologia, como promover a pedagogia da liberdade e da responsabilidade,
que se dirige à construção de pessoas responsáveis, capazes de decisões livres
maduras, abertas à comunicação interpessoal, inseridas ativamente nas
estruturas sociais, em atitude não conformista, mas construtivamente crítica?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<b>2. Retornar aos jovens com maior qualificação<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Foi entre os jovens
que Dom Bosco elaborou o seu estilo de vida, o seu patrimônio pastoral e
pedagógico, o seu sistema, a sua espiritualidade. Missão salesiana é
consagração, é "predileção" pelos jovens e tal predileção, no seu
estado inicial, nós o sabemos, é um dom de Deus, mas cabe à nossa inteligência
e ao nosso coração desenvolvê-la e aperfeiçoá-la.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Para ser incisiva,
a fidelidade à missão, portanto, deve ser posta em contato com os
"nós" da cultura de hoje, com as matrizes da mentalidade e dos
comportamentos atuais. Estamos diante de desafios realmente grandes, que exigem
seriedade de análise, pertinência de observações críticas, confronto cultural
profundo, capacidade de compartilhar a situação psicológica e existencialmente.
E, para nos limitarmos a algumas questões:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<i>Quem são exatamente os jovens aos quais
"consagramos" a nossa vida pessoalmente e em comunidade?</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<i>Qual é o nosso profissionalismo pastoral, em
nível de reflexão teórica sobre os itinerários educativos e em nível de práxis
pastoral?</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<i>Hoje, a responsabilidade educativa não pode ser
senão coletiva, coral, participada. Qual é, então, o nosso "gancho"
com a "rede de relações" no território e também além do território em
que vivem os nossos jovens?</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<i>Se, às vezes, a Igreja se vê desarmada diante
dos jovens, por acaso não o serão também os Salesianos ou a Família Salesiana
de hoje?</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 5.0pt; text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 5.0pt; text-align: justify;">
<b>3.
Uma educação de coração<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 5.0pt; text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Talvez, nas últimas
décadas, as novas gerações salesianas experimentem uma sensação de
desorientação diante das antigas formulações do Sistema Preventivo: seja porque
não sabem como aplicá-lo hoje, seja porque, inconscientemente, o imaginam como
"relação paternalista" com os jovens. Quando, porém, contemplamos Dom
Bosco, visto em sua realidade vivida, descobrimos nele uma superação instintiva
e genial do paternalismo educativo inculcado por séculos por grande parte da
pedagogia anterior a ele (séculos XVI-XVIII).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<i>Podemos perguntar-nos: os jovens e adultos de
hoje entram ou podem entrar no coração do educador salesiano? O que eles vão
encontrar? Um tecnocrata, um comunicador hábil, mas vazio, ou uma humanidade
rica, completa e animada pela Graça de Jesus Cristo, no Corpo Místico etc.?<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
A partir do
conhecimento da pedagogia de Dom Bosco, os grandes pontos de referência e os
comprometimentos da Estreia de 2012 são estes:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<b>O <i>'evangelho
da alegria',</i></b> que caracteriza
toda a história de Dom Bosco e é a alma das suas múltiplas atividades. Dom
Bosco captou o desejo de felicidade presente nos jovens e harmonizou a sua
alegria de viver com as linguagens da alegria, do pátio e da festa; mas jamais
deixou de indicar a Deus qual fonte da verdadeira alegria.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<b>A<i>
pedagogia da bondade.</i></b> A <i>amorevolezza </i>de Dom Bosco é, sem dúvida,
um traço característico da sua metodologia pedagógica tida também hoje como
válida, quer nos contextos ainda cristãos quer naqueles onde vivem jovens
pertencentes a outras religiões. Contudo, ela não pode ser reduzida só a um
princípio pedagógico, mas deve ser reconhecida como elemento essencial da nossa
espiritualidade.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<b>O<i> Sistema
Preventivo,</i></b> que representa
a síntese da sabedoria pedagógica de Dom Bosco e constitui a mensagem profética
que ele deixou aos seus herdeiros e a toda a Igreja. É uma experiência
espiritual e educativa que se funda na razão, na religião e na <i>amorevolezza</i>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<b><i>A
educação é coisa do coração.</i></b>
"A pedagogia de Dom Bosco, escreveu Pietro Braido, se identifica com toda a
sua ação; e toda a sua ação com a sua personalidade; e Dom Bosco inteirinho
está concentrado definitivamente em seu coração".<a href="file:///C:/Users/Noviciado/AppData/Local/Temp/Temp1__5_19_39_13_1_.zip/Strenna%202013%20-%20Presentazione%20-%20Pt.doc#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Cambria; mso-fareast-language: EN-US;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Eis a grandeza e o segredo do seu sucesso como educador. "Afirmar que o
seu coração fora entregue inteiramente aos jovens, significa dizer que toda a
sua pessoa – inteligência, coração, vontade, força física –, todo o seu ser
estava orientado para fazer-lhes o bem, promover-lhes o crescimento integral,
desejar-lhes a salvação eterna".<a href="file:///C:/Users/Noviciado/AppData/Local/Temp/Temp1__5_19_39_13_1_.zip/Strenna%202013%20-%20Presentazione%20-%20Pt.doc#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Cambria; mso-fareast-language: EN-US;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<b>A <i>formação
do honesto cidadão e do bom cristão.</i></b> Formar "bons cristãos e honestos cidadãos" é a
intencionalidade expressada muitas vezes por Dom Bosco para indicar <i>tudo aquilo que os jovens precisam</i> para
viver a própria existência humana e cristã em plenitude. A presença educativa
no social compreende, então, estas realidades: sensibilidade educativa,
políticas educacionais, qualidade educativa da vivência social, cultura.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<b><i>Humanismo
salesiano.</i></b> Dom Bosco sabia
"valorizar tudo o que há de positivo enraizado na vida das pessoas, nas
realidades criadas, nos acontecimentos da história. Isso o levava a perceber os
valores autênticos presentes no mundo, sobretudo se agradáveis aos jovens; a
inserir-se no fluxo da cultura e do desenvolvimento humano do próprio tempo,
estimulando o bem e recusando lamentar-se sobre os males; a sábia busca da
cooperação de muitos, convencido de que todos possuem dons a serem descobertos,
reconhecidos e valorizados; a crer na força da educação que sustenta o
crescimento do jovem e o encoraja a ser cidadão honesto e bom cristão; a
entregar-se sempre e em qualquer situação à providência de Deus, percebido e
amado como Pai".<a href="file:///C:/Users/Noviciado/AppData/Local/Temp/Temp1__5_19_39_13_1_.zip/Strenna%202013%20-%20Presentazione%20-%20Pt.doc#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Cambria; mso-fareast-language: EN-US;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<b><i>Sistema
Preventivo e Direitos Humanos.</i></b> A Congregação não tem motivos de existir se não for para a salvação
integral dos jovens. A nossa missão, o evangelho e o nosso carisma pedem-nos
hoje para percorrer a estrada dos direitos humanos; trata-se de um itinerário e
de uma linguagem novos que não podemos transcurar. O sistema preventivo e os
direitos humanos interagem, enriquecendo-se reciprocamente. O sistema
preventivo oferece aos direitos humanos uma abordagem educativa única e
inovadora em relação ao movimento de promoção e proteção dos direitos humanos.
Igualmente, os direitos humanos oferecem ao sistema preventivo novas fronteiras
e oportunidades de impacto social e cultural como resposta eficaz ao
"drama da humanidade moderna, da fratura entre educação e sociedade, da desconexão
entre escola e cidadania".<a href="file:///C:/Users/Noviciado/AppData/Local/Temp/Temp1__5_19_39_13_1_.zip/Strenna%202013%20-%20Presentazione%20-%20Pt.doc#_ftn4" name="_ftnref4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Cambria; mso-fareast-language: EN-US;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Para uma
compreensão profunda e a atuação dos pontos nodais acima indicados <b>é muito útil ler:</b> <i>O Sistema Preventivo na educação da juventude,</i> a <i>Carta de Roma,</i> as <i>Biografias </i>de Domingos Sávio, Miguel Magone, Francisco Besucco, documentos
de Dom Bosco que ilustram perfeitamente tanto a sua experiência educativa como
as suas escolhas pedagógicas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
<b><span lang="ES" style="font-family: "Brush Script MT Italic"; mso-ansi-language: ES;">P. Pascual
Chávez V., SDB<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
Reitor-Mor<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText" style="margin-bottom: 3.0pt; text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Noviciado/AppData/Local/Temp/Temp1__5_19_39_13_1_.zip/Strenna%202013%20-%20Presentazione%20-%20Pt.doc#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;"> Cf. P. BRAIDO, <i>Prevenir, não
reprimir. O sistema educativo de Dom Bosco. </i>São Paulo<i>:</i> Salesiana, 2004, p. 169.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText" style="margin-bottom: 3.0pt; text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Noviciado/AppData/Local/Temp/Temp1__5_19_39_13_1_.zip/Strenna%202013%20-%20Presentazione%20-%20Pt.doc#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;"> P. RUFFINATO, <i>Educhiamo con il
cuore di Don Bosco</i>, in “Note di Pastorale Giovanile”, n. 6/2007, p. 9.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn3">
<div class="MsoFootnoteText" style="margin-bottom: 3.0pt; text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Noviciado/AppData/Local/Temp/Temp1__5_19_39_13_1_.zip/Strenna%202013%20-%20Presentazione%20-%20Pt.doc#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;"> Cf. <i>Carta de identidade carismática
da Família Salesiana, </i>Art. 7. Brasília: Editora Dom Bosco, 2012.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn4">
<div class="MsoFootnoteText" style="margin-bottom: 3.0pt; text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Noviciado/AppData/Local/Temp/Temp1__5_19_39_13_1_.zip/Strenna%202013%20-%20Presentazione%20-%20Pt.doc#_ftnref4" name="_ftn4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;"> Ver P. CHÁVEZ VILLANUEVA, <i>Educação
e cidadania.</i> <i>Lectio Magistralis </i>para
o Doutorado Honoris Causa da Universidade dos Estudos. Gênova, 23 de abril de
2007, in "Cadernos Salesianos nova série", 2/2010, p.7-28.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;"><br /></span>
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial Narrow, sans-serif; font-size: x-small;">Fonte: <a href="http://www.sdb.org/pt/Reitor_Mor/Estreia">SDB.ORG</a></span></div>
</div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03592774212723706082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5710121554269633867.post-8083871024976498972012-11-18T06:18:00.000-08:002012-11-18T06:18:09.118-08:00O Absurdo da Vida sem Deus<br />
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Dr. WILLIAM LANE CRAIG</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-TyU2r_ox5wk/UJAfysKGe5I/AAAAAAAACiI/wnS1fBUfFfQ/s1600/william-lane-craig.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-TyU2r_ox5wk/UJAfysKGe5I/AAAAAAAACiI/wnS1fBUfFfQ/s1600/william-lane-craig.jpg" /></a><span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-theme-font: major-latin;">"O homem - escreve
Loren Eisley - é o órfão cósmico." Ele é a única criatura no universo que
pergunta: “Por quê?" Os outros animais têm instintos para guiá-los, mas o
ser humano aprendeu a fazer perguntas. “Quem sou eu?” - ele pergunta. “Por que
estou aqui? Para onde estou indo?” Desde o iluminismo, quando o homem moderno
se desvencilhou das amarras da religião, ele tentou responder a essas perguntas
sem fazer referência a Deus. Mas as respostas que vieram não foram alegres, mas
escuras e terríveis: “Você é o subproduto acidental da natureza, um resultado
de matéria + tempo + acaso. Não há razão para a sua existência. Tudo o que você
tem pela frente é a morte.” O homem moderno pensou que, se livrando de Deus,
ele havia se libertado de tudo que o sufocava e reprimia. Em vez disso,
descobriu que, ao matar Deus, ele apenas havia conseguido se orfanar. Isso
porque, se não há Deus, a vida humana é absurda. É sem significado fundamental,
sem valor fundamental e sem propósito fundamental. Eu gostaria que olhássemos cada
um desses pontos nessa noite.<o:p></o:p></span></div>
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<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Primeiro, a vida é sem
significado fundamental. Se cada pessoa deixa de existir quando morre, que
sentido fundamental pode ser dado à sua vida? Realmente faz diferença se ela
existiu ou não? Pode ser dito que sua vida foi importante porque influenciou
outros ou afetou o curso da história. Mas isso mostra apenas um significado
relativo da sua vida, não um sentido fundamental. Se todos os acontecimentos
são, no final, sem sentido, que sentido há em influenciar qualquer um deles? A
humanidade está destinada apenas a perecer na eventual morte incandescente do
Universo. E, assim, as contribuições da ciência para os avanços do conhecimento
humano, os esforços dos médicos para aliviar dor e sofrimento, os esforços dos
diplomatas para manter a paz no mundo, os sacrifícios de pessoas boas no mundo
todo para melhorar a sorte da raça humana, no final, tudo isso resulta em nada,
não faz nenhuma diferença, nem um pouquinho. Por isso, a vida de cada pessoa
não tem sentido fundamental. E, se nossas vidas não têm sentido, as atividades
com que as preenchemos também não têm sentido. As longas horas gastas em estudo
na universidade, nossas amizades, nossos interesses, nossos empregos, nossos
relacionamentos - tudo isso é, em última análise, totalmente sem sentido. Esse
é o horror do homem moderno: Por que ele acaba em nada, ele é nada. O homem do
século vinte veio a compreender isso. Leia, por exemplo, a peça "À espera
de Godot", de Samuel Beckett. Durante toda essa peça, dois homens ficam
ocupados numa conversa trivial e tediosa, enquanto esperam chegar um terceiro,
que nunca aparece! E nossas vidas são assim, Beckett está dizendo: Nós
simplesmente matamos o tempo esperando o quê? Não sabemos. Num trágico retrato
do ser humano, Beckett escreveu outra peça, em que a cortina se abre revelando
um palco cheio de lixo. E, por trinta longos segundos, a platéia olha, em
silêncio, para aquele lixo. Então a cortina se fecha. Isso é tudo. Os
existencialistas franceses Jean-Paul Sartre e Albert Camus também compreenderam
isso. Sartre retratou a vida em sua peça "Sem saída" como o inferno.
A última linha da peça são as palavras de resignação: “Bem, continuemos com
isso”. Por isso, Sartre escreve em outro texto sobre a “náusea da existência."
O homem, ele diz, está perdido em um barco sem leme, num infinito mar. Camus
também via a vida como absurda. A vida, ele disse, é como um homem condenado
pela eternidade a rolar uma rocha colina acima, só para vê-la rolar colina
abaixo de novo. De novo, de novo, de novo e de novo... No fim do seu curto
romance "O Estranho", o herói de Camus descobre num lampejo de
compreensão que a vida não tem sentido e que não existe um Deus que lhe dê
sentido. O bioquímico francês Jacques Monod pareceu ecoar esses sentimentos
quando escreveu em sua obra "Acaso e necessidade": “O ser humano
finalmente sabe que está sozinho na indiferente imensidão do universo.”
Portanto, se Deus não existe, a própria vida se torna sem sentido fundamental.
O ser humano e o universo não têm sentido fundamental.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-46shcF4sXQo/UJAgkO_bPlI/AAAAAAAACiQ/upPBPy0sxhA/s1600/teresa.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-46shcF4sXQo/UJAgkO_bPlI/AAAAAAAACiQ/upPBPy0sxhA/s1600/teresa.jpg" /></a><span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Segundo, a vida é sem
valor fundamental. Se a vida termina no túmulo, não faz diferença se você viveu
como um Stalin ou como um santo. Como o escritor russo Fiodor Dostoievsky
disse: “Se não há imortalidade, todas as coisas são permitidas”. Com base
nisso, um escritor como Ayn Rand está totalmente correto em louvar as virtudes
do egoísmo: Viva totalmente para si mesmo! Você não deve satisfações a ninguém!
Na verdade, seria tolice viver de qualquer outra forma, porque a vida é curta
demais para desperdiçá-la agindo por algo que não seja interesse próprio.
Sacrificar-se por outra pessoa seria burrice. Mas o problema torna-se ainda
pior. Porque, mesmo que houvesse imortalidade, se não há Deus, não há um padrão
absoluto de certo e errado. Tudo o que temos, nas palavras de Jean-Paul Sartre,
é "o fato nu e sem valor da existência." Os valores morais são
subprodutos socioculturais do processo evolutivo ou meras expressões de gosto
pessoal. Num mundo sem Deus, quem dirá quais valores são corretos e quais são errados?
Quem julgará que os valores de um Adolf Hitler são inferiores aos de uma Madre
Teresa? O conceito de moralidade objetiva perde todo o sentido num universo sem
Deus. Não pode haver certo nem errado! Mas, isso significa que é impossível
condenar guerra, opressão, brutalidade ou crime como maus. Pelo mesmo motivo,
também não podemos louvar fraternidade, igualdade, amor e altruísmo como bons.
Porque, em um universo sem Deus, bem e mal não existem. Existe apenas "o
fato nu e sem valor da existência," e não há ninguém para dizer que você
está certo e eu errado. E, terceiro, a vida é sem propósito fundamental. Se a
morte nos espera de braços abertos no fim do curso da nossa vida, para que fim
ela foi vivida? Tudo foi a troco de nada? Não há razão para a vida? Não há
propósito algum para a raça humana? Será que ela simplesmente desaparecerá
algum dia perdida no esquecimento de um universo indiferente? O escritor inglês
H. G. Wells anteviu essa perspectiva. Em seu romance "A máquina do
tempo", o viajante no tempo de Wells avança para o futuro, para descobrir
o destino do ser humano. Tudo o que ele encontra é uma Terra morta, com a
exceção de alguns liquens e musgos, orbitando um gigantesco sol vermelho. Os
únicos sons são o sopro do vento e o gentil marulhar das ondas do oceano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Com exceção desses sons
sem vida, escreve Wells, o mundo estava em silêncio. Silêncio? Seria difícil
descrever como tudo estava quieto. Todos os sons do homem, o balido das
ovelhas, o canto dos pássaros, o zumbir dos insetos, a agitação que forma o
pano de fundo das nossas vidas - tudo havia passado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-theme-font: major-latin;">E assim o viajante no
tempo de Wells voltou. Mas para o quê? Meramente, para um ponto anterior na
mesma corrida sem propósito em direção ao esquecimento. Quando eu, ainda não
cristão, li o livro de Wells, pensei: “Não! Não! Não pode terminar assim!” Mas
essa é a realidade em um Universo sem Deus. Se não há Deus, o fim será esse,
gostemos ou não: não há esperança, não há propósito. Isso me recorda dos versos
assustadores de T.S. Eliot:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-theme-font: major-latin;">É assim que o mundo
termina. É assim que o mundo termina. É assim que o mundo termina: Não com uma
explosão, mas com um gemido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Se não há Deus, nossa
vida não é qualitativamente diferente da de um cão. Sei que isso é duro, mas é
verdade. Como disse o antigo escritor do livro de Eclesiastes:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-theme-font: major-latin;">O destino dos filhos dos
homens e o destino das bestas é o mesmo. Como morre um, assim morre o outro.
Todos têm o mesmo fôlego de vida e nenhuma vantagem tem o homem sobre as
bestas, porque tudo é vazio. Todos vão para o mesmo lugar. Todos procedem do pó
e ao pó tornarão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Nesse livro, que se
parece mais com uma peça da literatura moderna existencialista do que com um
livro da Bíblia, o autor mostra a futilidade de prazer, riqueza, educação, fama
política e honra em uma vida destinada a terminar na morte. Qual é seu
veredicto? “Vaidade de vaidades! Tudo é vaidade!” Se a vida termina no túmulo,
não temos um propósito fundamental para viver. Espero que você comece a
entender a gravidade das alternativas à nossa frente. Porque, se Deus não
existe, tudo o que nos resta é o desespero. A vida não teria nem sentido, nem
valor, nem propósito. E é por isso que a pergunta da existência de Deus é tão
vital para a humanidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Infelizmente, a maioria
das pessoas não parece perceber esse fato. Por isso, elas continuam cegamente
em seu caminho como se nada tivesse mudado. Recordo-me da história contada por
Friedrich Nietzsche, o grande ateu do século XIX que proclamou a morte de Deus.
Nietzsche conta a história do louco que, nas primeiras horas da manhã, entra no
mercado com um lampião na mão, exclamando: “Procuro Deus! Procuro Deus!” E,
como muitos à sua volta não creem em Deus, ele provoca muitos risos.
"Talvez Deus tenha saído em uma viagem ou emigrado!", eles riem.
Então, eles os provocam e zombam dele. Então, escreve Nietzsche, o louco para
no meio deles e crava-lhes o olhar: “Onde está Deus?”, ele grita. “Eu lhes
direi. Nós o matamos, vocês e eu. Todos nós somos seus assassinos. Mas, como
fizemos isso? Como pudemos beber o mar? Quem nos deu a esponja para apagar todo
o horizonte? O que fizemos quando desamarramos esta terra do seu sol? Para onde
ela está se movendo agora? Para longe de todos os sóis? Não estamos caindo sem
parar? Para trás, para os lados, para frente, em todas as direções? Restou
algum acima ou abaixo? Não estamos vagando por um nada infinito? Não estamos
sentindo a respiração do espaço vazio? Não ficou mais frio? Não está
anoitecendo mais e mais? Não devemos acender lampiões de manhã? Não ouvimos
apenas o barulho dos coveiros que estão sepultando a Deus? Deus está morto! E
nós o matamos! Como nós, os maiores dos assassinos, consolaremos a nós mesmos?
A multidão olhou para o louco em silêncio e perplexidade. Por fim, ele joga o
lampião no chão. Cheguei muito cedo - ele disse - esse acontecimento incrível
ainda está a caminho. Ainda não atingiu os ouvidos do ser humano.” Você vê? O
ser humano ainda não compreendera o que fizera ao matar a Deus. Mas Nietzsche
predisse que, um dia, as pessoas perceberiam as consequências do ateísmo e que
essa percepção iniciaria uma era de niilismo: a destruição de todo significado
e valor da vida. "O fim do cristianismo, escreveu Nietzsche, significa o
advento do niilismo. Esse mais terrível de todos os hóspedes já está à porta.
Toda a nossa cultura européia está há algum tempo em movimento, escreveu
Nietzsche, numa tensão torturante que está crescendo a cada década, como na
iminência de uma catástrofe: sem descanso, com violência, precipitado, como m
rio que quer chegar ao fim, que não reflete mais, que tem medo de refletir.” A
maioria das pessoas ainda não reflete sobre as consequências do ateísmo. E,
assim, como a multidão no mercado, continuam seu caminho sem saber. Mas quando
entendermos, como Nietzsche, as consequências do que o ateísmo implica, e
quando encararmos resolutamente o ateísmo como Nietzsche teve a coragem de
fazer, sua pergunta pesará sobre nós: "Como nós, os maiores dos
assassinos, consolaremos a nós mesmos?"<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Bem, me parece que,
confrontados com essa situação, temos três alternativas. Número 1: cometer
suicídio. Encarando o absurdo da vida, devemos apenas terminá-la agora. Camus
considerou o suicídio como a única questão filosófica séria: Vale a pena
continuar vivendo? E, às vezes, sabemos de pessoas que responderam "não."
Hoje nos EUA, a principal causa de morte entre os adolescentes é o suicídio.
Mas, para a maioria de nós, o suicídio não é a resposta. Os prazeres que a vida
nós dá e o temor do desconhecido nos compelem a continuar vivendo. A segunda
alternativa é encarar o absurdo da vida e viver bravamente. O filósofo ateu
Bertrand Russel disse, por exemplo, que "apenas na firme fundação do
desespero inflexível pode a habitação da alma ser seguramente construída."
Camus disse que devemos simplesmente reconhecer o absurdo da vida e viver em
amor mútuo. Mas o problema com essa alternativa é que é impossível viver de
forma consistente e feliz nessa visão de mundo. O homem não pode viver como se
vida não tivesse significado, valor e propósito. Então, o que as pessoas
subconscientemente fazem? Elas supõem que suas vidas têm significado, valor e
propósito mesmo sem ter o direito de supor isso, já que o homem moderno não
acredita em Deus. E eu gostaria de olhar novamente para essas três áreas onde
vimos que a vida é absurda sem Deus e mostrar como o homem moderno fracassa em
viver de forma consistente e feliz nessa visão de mundo. Primeiro, a área do
significado. Nós vimos que, sem Deus, a vida é sem significado fundamental.
Porém, os filósofos continuam a viver como se vida tivesse significado! Por
exemplo, Jean Paul Sartre argumentou que uma pessoa pode criar significado para
sua vida livremente escolhendo um estilo de vida. O próprio Sartre escolheu o
Marxismo. Agora, esse programa é totalmente inconsistente! É inconsistente
dizer, por um lado, que a vida é absurda e dizer, por outro lado, que uma
pessoa pode criar significado para sua vida. Pois, se a vida é objetivamente
absurda, o ser humano está preso! Sem Deus, não pode haver significado objetivo
na vida. O programa de Sartre é, na verdade, um exercício em auto-ilusão! Pois,
o Universo não ganha realmente um significado só porque eu lhe dei um! E eu
acho que isso é óbvio. Pois, suponha que você dá ao Universo um significado e
eu dou outro. Quem está certo? Bem, eu acho que a óbvia resposta é: nenhum dos
dois. Pois o Universo continua intrinsecamente sem significado,
independentemente do que nós o considerarmos. Sartre está, na verdade, dizendo
"vamos fazer de conta que o universo tem significado." E isso é
apenas enganar a si mesmo. O ponto é esse: se Deus não existe, a vida é
objetivamente sem significado. Mas, o ser humano não pode viver de forma
consistente e feliz, se a vida é sem significado. Então, para ser feliz, ele
inventa certos propósitos e projetos para a vida e finge que eles dão
significado à sua vida. Mas isso é, claramente, totalmente inconsistente pois,
sem Deus, o homem e o Universo são sem significado fundamental. Voltemos agora
para o problema do valor. É aqui onde as mais claras inconsistências aparecem.
Em primeiro lugar, humanistas ateístas são totalmente inconsistentes em se
apegar aos valores do amor humano e da fraternidade. Camus foi corretamente
criticado por inconsistentemente afirmar o absurdo da vida, por um lado, e as
éticas do amor humano e da fraternidade, por outro lado. Os dois são
logicamente incompatíveis. Como um filósofo escreveu, "é impossível gerar
uma ética de amor fraternal a partir de uma filosofia de niilismo."
Bertrand Russel também era inconsistente, pois, embora ele fosse um ateu,
Russel também foi um crítico social público, denunciando guerra e restrições à
liberdade sexual. Russel admitiu que ele não podia viver como se os valores
morais fossem simplesmente as expressões de gosto pessoal e que, por isso, ele
achava as suas próprias visões "inacreditáveis." "Eu não sei a
solução," ele confessou. O ponto é que, se Deus não existe, então certo e
errado absolutos não existem. Como Dostoievsky disse, "Todas as coisas são
permitidas." Mas Dostoievsky também mostrou que o homem não pode viver assim.
Ele nos mostra isso, por exemplo, em seu romance "Crime e Castigo",
onde um jovem ateu brutalmente assassina uma velha mulher. Embora ele saiba
que, nas suas pressuposições, ele não deveria sentir-se culpado, mesmo assim,
ele é consumido por culpa até que finalmente confessa seu crime e dá sua vida a
Deus. Na sua obra-prima "Os Irmãos Karamazov", Dostoievsky conta como
um homem assassina seu pai porque seu irmão Ivan lhe contou que Deus não existe
e que, portanto, não há absolutos morais. O homem diz a Ivan que, na verdade,
foi o próprio Ivan que assassinou seu pai, pois foi Ivan que disse que os
absolutos morais são ilusórios. Incapaz de viver com as consequências lógicas
de seu próprio sistema, Ivan sofre um colapso mental. O homem não pode viver como
se valores morais não existissem. Ele não pode viver como se não fosse errado
soldados massacrar crianças inocentes. Ele não pode viver como se não fosse
errado regimes ditatoriais seguir programas sistemáticos de tortura física de
prisioneiros políticos. Ele não pode viver como se não fosse errado ditadores
como Pol Pot ou Slobodan Milosevic impiedosamente cometer limpeza étnica e
genocídio contra seu próprio povo. Tudo nele clama para dizer que esses atos
são errados, realmente errados! Mas, se Deus não existe, ele não pode. E,
assim, ele dá um salto de fé e afirma esses valores assim mesmo. E quando ele o
faz, ele revela como é inadequado um mundo sem Deus. O horror de um Universo
ateísta foi trazido a mim poderosamente há alguns anos atrás através de um
documentário televisionado da BBC chamado "A Reunião." Ele mostrava
entrevistas com sobreviventes do Holocausto que haviam se reunido em Jerusalém
para compartilhar suas experiências e redescobrir amizades perdidas. Agora, eu
havia visitado campos de concentração na Europa e ouvido histórias do
Holocausto antes e eu achei que estava livre de ser chocado por mais relatos de
horror. Mas, ouvindo essas entrevistas, eu descobri que não estava. Uma mulher,
por exemplo, contou sobre como ela foi encarcerada em Auschwitz e foi forçada,
por ser enfermeira, a se tornar a ginecologista de Auschwitz. Ela notou que o
Dr. Mengele colocou todas as mulheres grávidas juntas em um alojamento. E,
algum tempo passou, e ela não viu mais essas mulheres. Ela fez perguntas: "O
que aconteceu com aquelas mulheres que foram colocadas naqueles
alojamentos?" "Oh, você não ouviu? - veio a resposta - O Dr. Mengele
as usou para vivissecção." Um rabino contou a história de uma mulher no
campo que tinha uma pequena criança. Dr. Mengele queria fazer experimentos para
ver quando tempo uma criança podia sobreviver sem nutrição. Então, ele amarrou
os seios dessa mulher para que ela não pudesse amamentar seu bebê. E, todos os
dias, o bebê perdia peso, o que era ansiosamente monitorado pelo Dr. Mengele.
Desesperadamente, essa pobre mulher tentava manter o bebê vivo alimentando-o
com pedaços de pão molhados com café, mas sem resultados. Todos os dias, o bebê
perdia peso e, todos os dias, o Dr. Mengele pesava o bebê para verificar seu
declínio. Então, uma enfermeira veio secretamente a essa mulher e disse,
"eu trouxe uma injeção de morfina para você matar seu bebê. E você pode
sair desse lugar. Eu arranjei um escape para você, mas você não pode trazer o
bebê consigo." A mulher protestou, "Eu não posso matar minha própria
criança!" Ela disse, "Veja, o bebê vai morrer de qualquer forma, pelo
menos salve a si mesma." Então, essa mãe se sentiu compelida a tirar a
vida de sua própria criança. Meu coração estava rasgado ao ouvir essas histórias!
O rabino em Auschwitz disse que era como se existisse um mundo onde todos os 10
mandamentos fossem invertidos. Mentirás! Matarás! Furtarás! A humanidade nunca
viu um inferno como esse! Porém, em um senso real, se Deus não existe, então,
nosso mundo é Auschwitz! Não há certo e errado absolutos! Todas as coisas são
permitidas! Mas nenhum ateu, nenhum agnóstico, pode viver de forma consistente
e feliz nessa visão de mundo. Finalmente, vejamos o problema do propósito na
vida. A única forma como a maioria das pessoas que nega um propósito na vida
consegue viver com felicidade é inventando algum propósito para sua vida, que é
auto-ilusão, como vimos com Sartre ou não levando suas visões à suas conclusões
lógicas. Por exemplo, veja o problema da morte. De acordo com o psicologista
Ernst Bloch, a única forma como o homem moderno vive em face da morte é
subconscientemente emprestando a crença na imortalidade que seus antepassados
tinham, embora ele mesmo não tenha base para essa crença, pois ele não acredita
em Deus. Bloch conclui: "Assim, essa coragem superficial se banqueteia com
um cartão de crédito emprestado. Ela vive de esperanças antigas e do suporte
que elas davam.” Mas, o homem moderno não tem mais direito a esse suporte
porque ele rejeita a Deus. E, para viver com propósito diante da morte, ele dá
um salto de fé afirmando uma razão para viver. Muitas vezes encontramos a mesma
inconsistência entre aqueles que dizem que o homem e o Universo vieram a
existir por nenhum propósito ou, apenas por acaso. Por exemplo, feministas
fizeram uma tempestade de protestos sobre a psicologia sexual de Freud porque,
elas dizem, é machista e degradante para as mulheres. E alguns psicologistas se
submeteram e revisaram suas teorias. Agora, isso é totalmente inconsistente! Se
a psicologia freudiana é realmente verdadeira, então, não importa se é
degradante para as mulheres! Você não pode mudar a verdade porque não gosta de
aonde ela leva. Mas as pessoas não podem viver de forma consistente e feliz, em
um mundo onde outras pessoas são desvalorizadas. Mas, se Deus não existe,
ninguém possui qualquer valor! Apenas se Deus existe podemos consistentemente
sustentar os direitos das mulheres. Pois, se Deus não existe, a seleção natural
dita que o macho da espécie é o dominante e agressivo. As mulheres não teriam
mais direitos do que uma fêmea cabra ou galinha! Na natureza, aquilo que existe
é certo! Mas quem pode viver com uma visão assim? Aparentemente, nem mesmo os
psicólogos freudianos, que revisaram suas teorias quando levados às suas
conclusões lógicas. Ou, veja o comportamentalismo social, de um homem como B.F.
Skinner. Essa visão leva ao tipo de sociedade imaginada por George Orwell no
livro "1984" onde o governo controla e programa os pensamentos de
todos. Se o cachorro de Pavlov pode ser levado a salivar quando a campainha
toca, também pode o ser humano! E, se as teorias de Skinner estão certas, não
pode haver nenhuma objeção moral a tratar pessoas como os ratos da caixa de
ratos de Skinner enquanto elas correm pelos seus labirintos condicionados por
comida e choques elétricos. De qualquer forma, segundo Skinner, todas nossas
ações são programadas! E, se Deus não existe, nenhuma objeção moral pode ser
levantada contra esse tipo de programa pois o homem não seria qualitativamente
diferente de um rato pois ambos são apenas o resultado de matéria + tempo +
acaso. Mas, novamente, quem pode viver com uma visão tão desumana? Ou,
finalmente, veja o determinismo biológico, de um homem como Francis Crick. A
conclusão lógica é que o homem é como qualquer outro espécime de laboratório. O
mundo ficou horrorizado quando descobriu que, em campos como Dachau, os
nazistas usaram prisioneiros para experimentos médicos em seres humanos. Mas,
por que não? Se Deus não existe, não pode haver nenhuma objeção a usar pessoas
como cobaias humanas. Um memorial em Dachau diz "Nie wieder!" Nunca
Mais! Mas esse tipo de coisa continua a acontecer. Foi recentemente revelado
que, nos EUA pós-guerra, várias pessoas de grupos de minoria receberam, sem
saber, injeções de drogas esterilizantes por pesquisadores médicos. Não devemos
protestar que isso é errado, que as pessoas são mais do que apenas máquinas
eletroquímicas? O resultado dessa visão é controle populacional no qual os
fracos e os indesejáveis são eliminados para dar lugar ao forte. Mas a única
forma como podemos consistentemente protestar contra essa visão é se Deus
existe. Apenas se Deus existe pode haver propósito na vida. E, assim, como um
escritor moderno disse, "se Deus está morto, o homem também está morto."
O homem não pode viver de forma consistente e feliz se a vida não tiver
significado, valor e propósito. O mundo finito é insuficiente para manter uma
vida feliz e consistente.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Mas isso nos leva à
terceira e final alternativa: Desafiar a visão de mundo do homem moderno.
Manter que Deus existe e que a vida possui significado, valor e propósito. Essa
é a posição do Cristianismo bíblico. O Cristianismo bíblico, assim, soluciona a
situação do homem moderno. Pois, de acordo com a visão de mundo Cristã, Deus
existe e a vida não acaba na cova. E, portanto, o Cristianismo bíblico fornece
os dois pré-requisitos para uma vida feliz e consistente: Deus e a
imortalidade. De acordo com a visão de mundo Cristã, a vida tem significado
porque a humanidade foi feita à imagem pessoal de Deus e o nosso destino é
conhecer a Deus e desfrutar dEle em Seu amor eternamente. A vida possui valor,
porque a própria natureza santa e justa de Deus é o padrão absoluto de certo e
errado, bem e mal. E essa natureza é expressa a nós na forma de Seus mandamentos
divinos que se constituem em nossos deveres morais. E, assim, as escolhas
morais que fazemos agora, nessa vida, são cheias de significado eterno.
Finalmente, a vida tem propósito. Como a declaração de Westminster diz: "O
objetivo do homem é glorificar a Deus e desfrutar dEle eternamente."
Assim, o Cristianismo bíblico é bem sucedido precisamente onde o ateísmo
fracassa. O órfão cósmico pode voltar para casa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-H_sKtY7OwYQ/UJAg6_ak-UI/AAAAAAAACiY/9oALhpDMjf0/s1600/O+Absurdo+da+Vida+Sem+Deus+-+William+Lane+Craig.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-H_sKtY7OwYQ/UJAg6_ak-UI/AAAAAAAACiY/9oALhpDMjf0/s1600/O+Absurdo+da+Vida+Sem+Deus+-+William+Lane+Craig.png" /></a><span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> </span><span style="font-family: Cambria, serif; font-size: 12pt;">Agora, eu quero deixar
claro que nada disso prova que o Cristianismo bíblico é verdadeiro. Mas eu acho
que deixa bem claras as alternativas que temos. Se Deus não existe, a vida é
fútil. Se o Deus da Bíblia existe, a vida tem significado. Apenas a segunda
dessas duas alternativas nos possibilita viver uma vida feliz e consistente. E,
assim, me parece que, mesmo que as evidências a favor e contra essas duas
alternativas fossem absolutamente iguais, a coisa racional a se fazer é
acreditar em Deus. Quero dizer: se as evidências fossem iguais, seria
positivamente irracional preferir morte, futilidade e destruição à vida,
significado e felicidade! Como Pascal escreveu, "Não temos nada a perder e
a infinidade a ganhar."</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Cambria, serif; font-size: 12pt;">Fonte: </span><a href="http://pt.scribd.com/doc/45994310/Transcricao-O-Absurdo-da-Vida-Sem-Deus-William-Lane-Craig" style="font-family: Cambria, serif; font-size: 12pt;">Scribd</a></div>
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03592774212723706082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5710121554269633867.post-13518086290745064682012-11-13T03:33:00.000-08:002012-11-13T03:33:37.894-08:00Matéria Especial<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: center; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; line-height: 18px;"><b style="background-color: white;">Beato Artêmides Zatti</b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 18px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-xhLQy1eC-hc/UJQEsKKzPDI/AAAAAAAACkQ/QK172v0N8XY/s1600/zatti+(1).jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="background-color: white;"><br /></span></a><a href="http://1.bp.blogspot.com/-xhLQy1eC-hc/UJQEsKKzPDI/AAAAAAAACkQ/QK172v0N8XY/s1600/zatti+(1).jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="background-color: white;"><img border="0" height="201" src="http://1.bp.blogspot.com/-xhLQy1eC-hc/UJQEsKKzPDI/AAAAAAAACkQ/QK172v0N8XY/s400/zatti+(1).jpg" width="400" /></span></a></div>
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span>
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span>
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Artémides era italiano, nasceu em Boreto, no dia 12 de dezembro de 1880, sendo batizado nesse mesmo dia. Os seus pais, Albina Vechi e Luís Zati, eram muito pobres e o levavam para trabalhar com eles nas plantações rurais. Devido à imensa dificuldade financeira, em 1897 a família emigrou para a Argentina, com destino a Baía Blanca, onde se fixaram.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 18px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 18px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Durante dois anos, o jovem Artémides trabalhou numa olaria, fabricando tijolos, enquanto frequentava a paróquia dos salesianos, cujo pároco, se tornou um grande amigo e seu diretor espiritual. Ao completar vinte anos, demonstrando grande espiritualidade, seguiu o conselho do pároco, ingressando no seminário salesiano de Bernal, como aspirante.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 18px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 18px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nesta ocasião foi encarregado de dar assistência a um jovem sacerdote tuberculoso, desta maneira contraiu também o vírus desta doença, que até então era incurável. Foi enviado para a Patagônia, cujo ar muito puro da cidade de Viedma, associado ao tratamento no hospital de São José, eram os mais indicados para a cura.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 18px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 18px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Passando um longo período de convalescença, se tornou sensível ao problema das pessoas pobres que sofriam nos hospitais e nas casas, quase sempre sem ter condições para comprar os remédios do tratamento. Assim, aconselhado pelo padre Garrone, diretor do hospital, prometeu à Virgem Auxiliadora, que se consagraria ao cuidado dos enfermos, caso fosse curado, fato que ocorreu gradualmente durante dois anos, quando recebeu alta hospitalar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 18px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<b><i><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></i></b></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 18px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em 1906, entrou no noviciado e passados cinco anos fez a profissão perpétua. Nesse mesmo ano, o padre Garrone faleceu e Artémides convocado para gerir o hospital e administrar a farmácia. Seis anos depois, em 1917, ele se diplomou como enfermeiro e farmacêutico, aprimorando seu ministério e dedicação aos enfermos, com o conhecimento e o saber nestas áreas da medicina. O seu interesse e a sua dedicação aos enfermos aumentavam com o passar dos anos e, à paixão pelo seu ministério, acrescentava-se também a sede pelo conhecimento da ciência e do saber, sobretudo no campo da medicina.</span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 18px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 18px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-tD2JkquQOU0/UJQEQRBC_uI/AAAAAAAACkI/D3LOcyZ2MYs/s1600/Beato_Artemides_Zatti.gif" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="background-color: white;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-tD2JkquQOU0/UJQEQRBC_uI/AAAAAAAACkI/D3LOcyZ2MYs/s1600/Beato_Artemides_Zatti.gif" /></span></a></div>
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Em 1917 obteve o título de "Idóneo em Farmácia" e o certificado de "Enfermeiro profissional".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 18px;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Alguns anos mais tarde, em 1934, viajou até à sua terra natal, a Itália, para participar na cerimónia de Canonização de Dom Bosco, cujo exemplo de vida e de apostolado o marcou profundamente. Quando regressou à sua terra de adopção e de missão na América do Sul, dedicou-se ainda mais apaixonadamente aos seus doentes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 18px;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 18px;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quando, em 1935, foi consagrado o novo bispo de Viedma, por falta de uma sede episcopal adequada na Patagônia, ficou decidido que o hospital de São José seria demolido, para ali se construir o edifício da Cúria. Entretanto a atividade hospitalar de Artémides continuou em pleno ritmo ainda por muitos anos, até que, em meados de 1950, caiu de uma escada. Durante os exames, os médicos descobriram que ele tinha um tumor no fígado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 18px;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 18px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No dia 15 de março de 1951, ele faleceu serenamente, já com fama de santidade, após uma vida de oração, trabalho e austeridade. Em 1980 o Bispo de Viedma, D. Hesayne, introduziu a Causa de Beatificação de Artémides Zatti. O Papa João Paulo II beatificou Zatti, em 2002, indicando o dia de sua morte para a celebração de seu culto. Seus restos mortais repousam na capela dos salesianos de Viedma, Argentina.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 18px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 18px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A produtora argentina San José lançou um documentário sobre a vida do beato Artémides Zatti, irmão coadjutor salesiano, o santo enfermeiro da Patagônia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 18px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 18px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b style="background-color: white;"> “Se algum dia a anacrônica fisionomica do “parente de todos os pobres” chegasse às telas, não duvido que esse magnífico meio de expressão de ideias seria um novo trampolim para levantar Zatti até a altura em que, inconscientemente, ele se colocou com sua austeridade de vida, sua luminosa irradiação social e a firmeza incontrastável de sua fé”.</b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 18px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b style="background-color: white;"><o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 18px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoBodyText" style="margin: 0cm;">
<br />
<h3>
<b><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Novena ao Beato Artêmides Zatti</span></b></h3>
<div align="left" class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: left;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em nome do Pai e do Filho e
do Espírito Santo.<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: left;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Amém.<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: left;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Glória
a Deus Trindade</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 6pt;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- Deus Pai, vós continuais a suscitar
colaboradores para o vosso plano de salvação. Chamastes o Beato Artêmides Zatti
a manifestar o seu amor por vós e a compaixão pelos pobres.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Glória ao Pai e ao Filho e
ao Espírito Santo .... .<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 6pt;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- Deus Filho, vós configurais totalmente a
Vós os que chamais a seguir-Vos de perto. No Salesiano Irmão Beato Artêmides
Zatti nos ofereceis um exemplo de radicalidade evangélica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Glória ao Pai e ao Filho e
ao Espírito Santo .... .<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 6pt;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- Deus Espírito Santo, Vós envolveis na
missão evangelizadora aqueles a quem o Pai chama. Enviastes o Beato Artêmides
Zatti como bom Samaritano no estilo de Dom Bosco.<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: left;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Glória ao Pai e ao Filho e
ao Espírito Santo .... .<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: left;">
<strong><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Oração<span style="font-weight: normal;"><o:p></o:p></span></span></strong></div>
<div align="left" class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-xwCtRdDpfmU/UJQKD49lu1I/AAAAAAAACks/c__kHIW_Wjw/s1600/zatti09.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><span style="background-color: white;"></span></a></div>
<div align="left" class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 35.4pt; text-align: left;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-CT9qadB8NtY/UJQK1EbY9AI/AAAAAAAACk0/Tmu3_-TZJ98/s1600/zatti09.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://4.bp.blogspot.com/-CT9qadB8NtY/UJQK1EbY9AI/AAAAAAAACk0/Tmu3_-TZJ98/s320/zatti09.png" width="188" /></a><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ó Deus,<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 35.4pt; text-align: left;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">que no Beato Artêmides Zatti<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 35.4pt; text-align: left;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">nos deste um modelo de salesiano leigo,<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 35.4pt; text-align: left;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">ajuda-nos a reconhecer o dom desta vocação<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 35.4pt; text-align: left;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">para toda a Família Salesiana.<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoBodyText" style="margin: 6pt 0cm 0.0001pt 35.45pt; text-align: left;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Dá-nos a inteligência e a coragem<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 35.4pt; text-align: left;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">de propor aos jovens<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 35.4pt; text-align: left;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">esta forma especial de vida evangélica<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 35.4pt; text-align: left;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">no seguimento de Cristo e a serviço dos jovens mais
pobres.<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoBodyText" style="margin: 6pt 0cm 0.0001pt 35.45pt; text-align: left;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Torna os jovens<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 35.4pt; text-align: left;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">disponíveis à ação do Espírito,<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 35.4pt; text-align: left;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">para que se deixem fascinar pelo teu chamado<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 35.4pt; text-align: left;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">e acolham generosamente o teu convite.<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoBodyText" style="margin: 6pt 0cm 0.0001pt 35.45pt; text-align: left;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ensina-nos a acompanhar<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 35.4pt; text-align: left;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">os que tu chamas para esta via,<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 35.4pt; text-align: left;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">com caminhos formativos de qualidade<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 35.4pt; text-align: left;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">e com guias experientes e preparados.<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoBodyText" style="margin: 6pt 0cm 0.0001pt 35.45pt; text-align: left;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nós o pedimos<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 35.4pt; text-align: left;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">por intercessão do Beato Artêmides Zatti<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 35.4pt; text-align: left;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">e pela mediação de Cristo nosso Senhor.<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 35.4pt; text-align: left;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Amém<span style="font-size: x-small;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 18pt;">
<br /></div>
</div>
<div style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
<div style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="background-color: white;">Mais Informações: <a href="http://www.donbosco-torino.it/ita/Kairos/Santo_del_mese/03-Marzo/Beato_Artemide_Zatti_SDB.html">Artêmides Zatti</a></span></div>
</div>
<div class="MsoNoSpacing" style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Fonte:<a href="http://www.vatican.va/news_services/liturgy/2002/documents/ns_lit_doc_20020414_zatti_sp.html">Santa Sé</a>; <a href="http://www.zenit.org/rssportuguese-17756">Zenit</a></span></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><i style="background-color: white;">Vídeo Zatti</i></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="background-color: #6fa8dc;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/HUtCXw-yiNE?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="background-color: #6fa8dc;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="background-color: #6fa8dc;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="background-color: #6fa8dc;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><i>O Salesiano Irmão</i></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><i><br /></i></b></span></div>
<div class="" style="clear: both; text-align: left;">
</div>
<div class="" style="clear: both;">
<b>“Toda vocação é um ministério que se manifesta, e se doa, que recebe e cresce ao mesmo tempo no contato com as situações juvenis e populares, se oferece para o serviço em prol dos mesmos.”(O Salesiano Coadjutor-1990).</b></div>
<div class="separator" style="clear: both;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-gmPdIjrLdvY/UJrPcCbQNzI/AAAAAAAACmg/pxyv3x--l1c/s1600/pastor.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-gmPdIjrLdvY/UJrPcCbQNzI/AAAAAAAACmg/pxyv3x--l1c/s320/pastor.png" width="206" /></a>Na história da Igreja surgem grupos, movimentos, idealizadores, indivíduos que manifestam um modo de ser, vivendo sozinhos ou em comunidade, sendo sinais de uma opção de vida, que contradiz as circunstâncias nas quais foram criadas. Eles são os religiosos, que através da pobreza, castidade e obediência, encontraram <i>um dos caminhos de</i> <i>se entregar totalmente à Deus</i>. Na história da congregação Salesiana vemos quanta dificuldade passou Dom Bosco, com o rigoroso distanciamento entre o clero e o povo naquele tempo. Nesse contexto Dom Bosco para levar a mensagem de Deus, aonde os padres não chegavam, formou o Salesiano coadjutor (irmão), que com sua identidade laical levaria a animação cristã com apostolado, educando o jovem na religião, no trabalho e outros valores humanos. Sendo assim, o Salesiano Irmão deveria qualificar-se no mercado de trabalho, onde se encontrava grande parte da juventude, e justamente pela sua maior abertura com o mundo, tentaria colocar em ação sua identidade religiosa. Hoje mudou totalmente essa mentalidade referente ao Padre, sendo possível também ele inserir-se e envolver-se no mundo dos jovens, mas o Irmão não perdeu sua importância, pois continua unindo sua consagração e laicidade a serviço da educação dos jovens em várias áreas.</div>
<div class="separator" style="clear: both;">
<i>“A igreja confia a todos os seus membros a missão originária do Batismo de viver, anunciar e testemunhar o evangelho de Jesus Cristo”</i> (Salesiano Irmão- beleza e desafio de uma vocação atual, 2001, p.21). A consagração apostólica é o modo salesiano de viver o batismo, e nossa missão juvenil, é o modo de viver a missão da Igreja, e<i><b> ser Irmão é empenhar-se nesse compromisso</b></i>. Toda vocação tem sua espiritualidade, e <i>o Irmão vive a sua na caridade pastoral e comunhão, tendo o amor pelo próximo e pela educação, brilhante no seu modo de agir e de pensar, no seu estilo de oração e acolhida, testemunhando tudo isso com sua presença amigável e motivadora.</i></div>
<div class="separator" style="clear: both;">
E como buscar a santidade nesse mundo corrido de trabalho e pastoral?</div>
<div class="separator" style="clear: both;">
Fazendo da atividade um dom, sendo grato, sem interesse próprio, mas para a cidadania e santidade do jovem. Várias virtudes entrariam aqui, tudo para entender que o Irmão insere-se no mundo como educador e transforma a realidade juvenil a partir do evangelho, promovendo fins sociais culturais e religiosos.</div>
<div class="separator" style="clear: both;">
E então? Já pensou nesse tipo de vida para você? Se quiser refletir melhor não deixe de entrar em contato com os salesianos, venha fazer parte dessa família!!!</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: right;">
<b>Noviço Juliano Feitoza Da Silva</b></div>
<div class="separator" style="clear: both; font-size: x-large; font-style: italic; font-weight: bold;">
<br /></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="background-color: #6fa8dc;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="background-color: #6fa8dc;"><br /></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><i><br /></i></b></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03592774212723706082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5710121554269633867.post-27682145003768896842012-11-10T08:38:00.000-08:002012-11-10T08:39:59.296-08:00“Minhas experiências sobre a Teologia da Libertação”<br />
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-size: 12.0pt; letter-spacing: -.75pt; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-language: PT-BR;"><b><i> Artigo de Gerhard Müller </i></b><o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-duXsL76n5XY/UIGO2F37zCI/AAAAAAAACcM/XqpjoxpiwGE/s1600/borMedia0924801.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-duXsL76n5XY/UIGO2F37zCI/AAAAAAAACcM/XqpjoxpiwGE/s320/borMedia0924801.JPG" width="229" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-size: 12.0pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
A <span style="color: windowtext; mso-bidi-font-weight: bold; text-decoration: none; text-underline: none;">Teologia da Libertação</span> está, para mim,
vinculada ao rosto de <span style="color: windowtext; mso-bidi-font-weight: bold; text-decoration: none; text-underline: none;">Gustavo Gutiérrez</span>. Em 1988
participei, junto com outros teólogos da Alemanha e da Áustria e a convite do
atual diretor da Misereor, José Sayer, de um curso sobre este
tema que aconteceu no já então famoso Instituto
Bartolomé de las Casas. Naquele tempo, eu já estava há dois anos
lecionando Dogmática na Universidade
Ludwig-Maximilian de Munique.<br />
<br />
Como professor de Teologia me eram naturalmente familiares os textos e
conhecidos os representantes deste movimento teológico, surgido na América
Latina, mas sobre o qual se discutia em todo o mundo, sobretudo por conta das
observações, em parte críticas, da Comissão
Internacional de Teólogos da Congregação
para a Doutrina da Fé e as <span style="color: windowtext; mso-bidi-font-weight: bold; text-decoration: none; text-underline: none;">declarações de 1984 </span>e 1986
da mesma Congregação, presidida pelo cardeal
Joseph Ratzinger, nosso atual Papa
Bento.<br />
<br />
Com o seminário dirigido pelo Gustavo
Gutiérrez se produziu em mim um giro da reflexão acadêmica sobre uma
nova concepção teológica para a experiência com os homens para o que havia sido
desenvolvida essa teologia. Para o meu próprio desenvolvimento teológico foi
decisiva esta inversão no enfoque de prioridade da teoria à prática para um
proceder em três passos: “ver, julgar e agir”.<br />
<br />
Os participantes desse seminário chegávamos abarrotados de inumeráveis
conhecimentos sobre a origem e o desenvolvimento da Teologia da Libertação e
por isso discutimos sobretudo sobre a análise da situação à qual se lhe
reprovava uma ingênua proximidade com o marxismo. Eram-nos familiares (1) as
declarações das Conferências Episcopais
Latino-Americanas de Medellín e de Puebla. Daí o debate de se nessas
declarações se pretendia fazer do cristianismo uma espécie de programa político
de libertação, no qual, em determinadas circunstâncias, se tolerava inclusive a
violência revolucionária contra pessoas e coisas. Alguns suspeitavam que a
Teologia da Libertação servia para legitimar a violência terrorista a serviço
da legítima revolução, enquanto outros a usavam como argumento para esse fim.<br />
<br />
A primeira coisa que Gustavo nos
ensinou foi compreender que aqui se trata de teologia e não de política. Na
linha das grandes encíclicas sociais dos papas também marcou de forma clara a
diferença entre Teologia da Libertação e ética social católica. Enquanto a
ética social se fundamenta no direito natural e pretende assegurar as bases de
um estado social e justo apoiando-se nos princípios da personalidade,
subsidiariedade e solidariedade, no caso da Teologia da Libertação trata-se de
um programa prático e teórico que pretende compreender o mundo, a história e a
sociedade e transformá-los à luz da própria revelação sobrenatural de Deus como
salvador e libertador do homem.<br />
<br />
Como se pode falar de Deus diante do sofrimento humano, dos pobres que não têm
sustento para seus filhos, nem direito à assistência médica, nem acesso à
educação, excluídos da vida social e cultural, marginalizados e considerados
uma carga e uma ameaça para o estilo de vida de uns poucos ricos?<br />
<br />
Esses pobres não são uma massa anônima. Cada um deles tem um rosto. Como posso,
como cristão, sacerdote ou leigo, quer seja na evangelização ou no trabalho
científico-teológico, falar de Deus e de seu Filho que se fez homem e morreu
por nós na cruz e dar testemunho d’Ele, se não quero construir outro sistema
teológico junto ao já existente, mas dizer ao pobre concreto, face a face: Deus
te ama e a tua dignidade imperdível tem seu fundamento em Deus? Como se torna
concreta a consideração bíblica na vida individual e coletiva se os direitos
humanos têm sua origem na criação do homem à imagem e semelhança de Deus?<br />
<br />
Minha permanência no Peru em 1988 está ligada não apenas ao seminário de Gustavo Gutiérrez, no qual vi
claramente qual é o ponto de partida teológico da Teologia da Libertação, mas
também ao encontro vivo com os pobres dos quais havíamos falado. Durante algum
tempo vivemos com os moradores de bairros pobres de Lima e depois também com os
camponeses da paróquia de <span style="color: windowtext; mso-bidi-font-weight: bold; text-decoration: none; text-underline: none;">Diego Irarrazaval </span>no lago
Titicada. A partir de então estive outras 15 vezes no Peru e em outros países
da América Latina, às vezes meses inteiros durante as férias de semestre na
Alemanha.<br />
<br />
Minha participação em cursos teológicos, especialmente nos seminários de Cuzco,
Lima e Callao, entre outros, esteve sempre acompanhada de longas semanas de
trabalho pastoral nas regiões andinas, especialmente em Lares, na arquidiocese
de Cuzco. Ali os rostos adquiriram um nome e converteram-se em amigos pessoais,
experiência esta de Comunhão universal no amor a Deus e ao próximo, o que deve
ser a essência da Igreja católica. Finalmente, foi para mim uma profunda
alegria quando, em 2003, em Lares, na arquidiocese de Cuzco, sendo já bispo,
pude administrar o sacramento da Confirmação a jovens cujos pais conhecia já
desde há tempo e que eu mesmo havia batizado.<br />
<br />
Essa é a razão pela qual eu não falo da Teologia da Libertação de forma
abstrata e teórica nem menos ideológica para bajular o grupo eclesial
progressista. De igual modo também não temo que isso possa ser interpretado
como falta de ortodoxia. A teologia de Gustavo
Gutiérrez, independente do ângulo a partir do qual se olha, é ortodoxa
porque é ortoprática e nos ensina o adequado agir cristão porque procede da
verdadeira fé.<br />
<br />
Uma rápida leitura do livro Beber em
seu próprio poço (2) coloca de manifesto que a Teologia da Libertação se
fundamenta em uma profunda espiritualidade. Seu substrato é o seguimento de
Cristo, o encontro com Deus na oração, a participação na vida dos pobres e dos
oprimidos, a disposição para escutar seu grito pela liberdade e pelo esplendor
dos filhos de Deus; é participar da sua luta para acabar com a exploração e a
opressão, de sua ânsia pelo respeito aos direitos humanos e de sua exigência de
participação justa na vida cultural e política na democracia. Trata-se da
experiência de que não se é estranho no próprio país, mas que a Igreja e o
Estado querem ser abrigos e fiadores da liberdade espiritual e cívica. A meta é
o início e o acompanhamento de um processo dinâmico que quer libertar o homem
de sua dependência cultural e política.<br />
<br />
Do mesmo modo que Gustavo com
sua pessoa, seu testemunho espiritual, seu compromisso com os pobres e suas
magníficas reflexões deu, na nossa época, um rosto à Teologia da Libertação,
assim também nos mostrou de maneira impressionante a pessoa de <span style="color: windowtext; mso-bidi-font-weight: bold; text-decoration: none; text-underline: none;">Bartolomé de las Casas</span>
que, no século XVI e ao contrário de seu contemporâneo Colombo, não descobriu um país e tomou posse dele para a Coroa
espanhola, mas que descobriu a injusta opressão e a humilhação da população
indígena e se propôs a levar aos homens o reino de Deus, no qual já não haverá
senhores nem escravos, mas apenas irmãos e irmãs com os mesmos direitos.<br />
<br />
<span style="color: windowtext; mso-bidi-font-weight: bold; text-decoration: none; text-underline: none;">Las Casas </span>chegou
supostamente às Índias ocidentais, o continente descoberto por Colombo que hoje chamamos de América,
de aventureiro e cavaleiro da fortuna. Da perspectiva do descobridor da América
tratava-se de territórios que podiam ser tomados como posse para a Coroa da
Espanha e cujas riquezas e habitantes estavam privados de todo direito e, portanto,
expostos à agressão da vontade ilimitada de enriquecimento. Em um princípio
também Las Casas esteve imerso
nesse sistema de privação de liberdade e de exploração. Mas, finalmente,
reconheceu no rosto dos maltratados o rosto de Jesus Cristo e assim se
converteu em intercessor eloquente e defensor dos povos oprimidos em sua
pátria, a América. Com isso retornava ao sentido original da missão cristã:
Jesus enviou os seus discípulos para pregar a todos os homens o Evangelho da
salvação e da libertação. Neste sentido, missão como encontro de pessoa a
pessoa em nome de Jesus é estritamente o contrário de uma forma apenas
aparentemente religiosa de colonialismo e imperialismo. Não se pode conquistar
territórios para Cristo e subjugar os seus habitantes ao domínio de um estado
que se diga cristão. A pregação dos enviados em nome de Cristo supõe antes
poder adotar livremente a fé. Deste modo, cria-se uma rede universal de
discípulos de Cristo que, segundo sua vontade, constituem uma comunidade de
irmãs e irmãos e, portanto, a Igreja visível de Deus no mundo. A este processo
impulsionado pelo espírito de Pentecostes os homens acrescentam suas raízes e
sua identidade cultural e se deixam transformar pelo espírito de Deus para uma
identidade comum mais elevada. Deste modo, cresce o conhecimento de que somos
filhos de Deus, chamados a uma vida exemplar, destinados à perfeição no futuro
divino. E assim a Igreja pode ser em Cristo o sacramento da salvação do mundo e
o sinal e instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o gênero
humano (ver Lumen Gentium 1).<br />
<br />
Las Casas nomeia em sua
brevíssima relação da destruição das Índias ocidentais a verdadeira causa da
tremenda injustiça que os conquistadores espanhóis cometeram contra as pessoas
que encontraram em sua viagem de descobrimento.<br />
<br />
Sobre aqueles que eram cristãos de nome, mas não por sua conduta, Las Casas disse: “A única e verdadeira
causa do assassinato e da destruição dessa espantosa quantidade de pessoas
inocentes nas mãos de cristãos era exclusivamente apoderar-se de seu ouro”. (3)
Gustavo Gutiérrez formulou este
caminho libertador de Las Casas com
o seguinte juízo: “Deus ou o ouro”. (4)<br />
<br />
Este é o caminho rumo à libertação segundo nos ensina Jesus no Evangelho: “Não
se pode servir a dois senhores, a Deus e ao dinheiro”, e em outro lugar
especifica: “A raiz de todos os males é o amor ao dinheiro” (ver Timóteo 6,
10).<br />
<br />
Aquele em quem colocamos a nossa confiança, esse realmente é o nosso Deus. Os
cristãos do século XXI, mas também os humanistas, se orgulham de ter deixado
para trás o colonialismo e o imperialismo eurocentristas. Contudo, na justa
indignação diante das atrocidades perpetradas na conquista da América, África e
Índia e a humilhação da China, corremos muitas vezes o perigo de acreditar,
sentindo-nos moralmente seguros, de que no século XVI nós teríamos estado do
lado de Las Casas e contra os
exploradores. Evidentemente, as circunstâncias históricas de então não são sem
mais comparáveis com as do mundo globalizado atual. Não obstante, a alternativa
fundamental entre a opção pelo dinheiro e o poder, de um lado, e Deus e o amor,
do outro, se apresenta hoje também a cada pessoa em particular e tanto a todas
as comunidades e sociedades como a Estados e Alianças. Também hoje, continentes
inteiros, como a África e a América do Sul, são marginalizados. Uma pequena
parte da população mundial reparte entre si os recursos contribuindo deste modo
para a morte prematura de milhões de crianças e para que a maior parte da
população do mundo viva em circunstâncias desastrosas.<br />
<br />
Depois da queda do império soviético muitos esperavam também o fim da Teologia
da Libertação, que situavam próxima dos movimentos de libertação marxistas. Mas
na verdade a Teologia da Libertação bem entendida desde a sua concepção
original, é a melhor resposta à crítica marxista da religião, tanto na teoria
como na prática. Uma ampla visão de Deus como criador, libertador e consumador
do homem nos permite perceber a armadilha dualística em que se pretendia fazer
cair o cristianismo. Não há alternativa entre o bem-estar neste mundo e a
salvação no outro, entre a graça divina e a atuação humana, entre o compromisso
eclesial e a crítica e configuração do mundo. A orientação para Deus e a
configuração do mundo, o amor a Deus e o amor ao próximo são os dois lados da
mesma moeda. Os cristãos não se deixam ultrapassar por ninguém quando se trata
dos direitos e da dignidade humanos, ou de criticar tanto o pecado estrutural
de um sistema político injusto como a falta de responsabilidade do indivíduo concreto.
Durante a apresentação das obras completas do Papa sobre a Teologia da Liturgia, publicadas por
mim na Editorial Herder, um dos conferencistas citou a bela sentença: “Quando
os monges descuidaram dos seus louvores a Deus aguou-se também a sopa dos pobres”.<br />
<br />
Louvar a Deus incita a tomar responsabilidade pelo mundo. E o compromisso com a
justiça social, a paz e a liberdade, a proteção da natureza como base da vida
corporal e social fundamenta-se na atuação divina criadora e libertadora.<br />
<br />
Depois da queda do comunismo estabelecido alguns chegaram a pensar que agora se
poderia obter o paraíso na terra através de um capitalismo desenfreado. As
forças autorreguladoras do mercado em escala mundial trariam por si mesmas o
bem-estar para todos ou ao menos para a maioria. A realidade é muito diferente.
Não foram as aparentemente todo-poderosas forças do mercado, mas a mera cobiça
de homens concretos, que provocaram a atual crise financeira mundial, cujas
consequências são pagas uma vez mais pelos pobres e pelos mais pobres dos
pobres, com sua vida, sua saúde, com sua morte prematura e todas as
perspectivas perdidas, previstas por Deus para eles.<br />
<br />
Os representantes do liberalismo defenderam no passado sua imagem de homem
argumentando que não se pode governar o mundo com as bem-aventuranças, sem
considerar que Jesus não pretende governar o mundo, mas que o homem se governe
a si mesmo, se liberte de sua cobiça e possa converter-se em ser humano para os
demais. Argumentavam que a Igreja não entendia nada de economia e capitalismo e
que se queria ser altruísta o fizesse ocupando-se das vítimas do capitalismo.
Igreja relegada aos hospitais, às residências de moribundos, mas não ética para
Wall Street. Expressão de um capitalismo neoliberal sem escrúpulos são, por
exemplo, os “<span style="color: windowtext; mso-bidi-font-weight: bold; text-decoration: none; text-underline: none;">fundos buitre</span>” (vulture
funds). Especuladores sem escrúpulos se especializaram em negócios com as
dívidas de países inteiros. Quando um país incorre em dificuldades de pagamento
esses “buitres” [abutres] compram as dívidas com altas reduções sobre a soma
original e reclamam depois com juros e juros acumulados uma soma marcadamente
superior.<br />
<br />
De forma bem simples leva-se um país à miséria definitiva. No final de 1990, o
Peru foi vítima de uma “estratégia de investimentos” em que com um investimento
de 11 milhões de dólares obteve-se um lucro de 58 milhões. As consequências
para as pessoas – as crianças, os anciãos, os doentes –, para toda a estrutura
social de um país são aceitas como consequências lógicas. O lucro puro é a
única meta.<br />
<br />
Aqui se manifesta de maneira espantosa a tragédia de um mundo, de um mercado
econômico sem normas morais vinculantes. A cobiça pelo ouro e pelo dinheiro
segue sendo hoje causa da destruição de valores morais, cuja força para o bem
do homem emana da única fonte que conduz o home ao seu ser humano e a
converter-se no próximo de seus semelhantes.<br />
<br />
Incompatíveis com a nossa espiritualidade e a nossa fé cristã são o racismo e o
paternalismo, uma sociedade que se desagrega em classes mais altas e baixas,
que funciona segundo o princípio da lei do mais forte e com isso se desintegra.<br />
<br />
Após tantas décadas de terrorismo e contraterrorismo à custa de muitos milhares
de inocentes, especialmente da população indígena pobre, criou-se (5) a Comissão da Verdade e da Reconciliação
presidida pelo professor <span style="color: windowtext; mso-bidi-font-weight: bold; text-decoration: none; text-underline: none;">Salomón Lerner</span>. Todos
vocês conhecem os resultados das investigações. A dimensão da barbárie posta de
manifesto é estarrecedora.<br />
<br />
Só será possível um novo começo radical, com um desenvolvimento que leve a uma
sociedade mais justa e à garantia dos direitos humanos por parte do Estado. Mas
também é necessária uma espiritualidade dos direitos humanos. A maior aspiração
de cada pessoa, no mais profundo de sua consciência, deverá ser o tomar
consciência da responsabilidade do homem diante de Deus e do espírito de
fraternidade. Só assim se poderá limitar a cobiça pelo dinheiro e pelo poder
como fonte de todo o mal. E se a desculpa e a reconciliação não devem ser
concebidas como obra própria, mas como dom divino e ordem de vida, pode crescer
em nossos corações essa gratidão que apresenta a existência como ser humano
para outros como a medida suprema do humano, das possibilidades de
desenvolvimento de cada pessoa no esplendor do amor de Deus. <i>Deus caritas
est</i>, essa é a meta e o instrumento da libertação e a perfeição do homem ao
Deus Trino.<br />
<br />
No Peru encontrei dois cristãos nos quais se simboliza a saudade do povo pela
experiência da dignidade imperdível do homem: Santa Rosa de Lima e São
Martinho de Porres converteram-se em amigos queridos nos quais brilham
em sua forma última os objetivos da libertação e da redenção.<br />
<br />
Permitam-me concluir estas reflexões com uma prece a Santa Rosa e a São Martinho para que protejam a
Igreja e os peruanos intercedendo ao Pai celestial e Criador para que Ele nos revele
o seu Filho como o mediador da esperança para a transformação do mundo para a
meta mostrada pelo espírito de Pentecostes: “Em todos eles havia temor, por
causa dos numerosos prodígios e sinais que os apóstolos realizavam. Todos os
que abraçaram a fé eram unidos e colocavam em comum todas as coisas; vendiam
suas propriedades e seus bens e repartiam o dinheiro entre todos, conforme a
necessidade de cada um. Diariamente, todos juntos frequentavam o Templo e nas
casas partiam o pão, tomando alimento com alegria e simplicidade de coração.
Louvavam a Deus e eram estimados por todo o povo. E a cada dia o Senhor
acrescentava à comunidade outras pessoas que iam aceitando a salvação” (At 2,
43-47).<br />
<br />
Notas:<br />
1. CELAM. Conclusões da Conferência de
Medellín – 1968; Conclusões da
Conferência de Puebla. Evangelização no presente e no futuro da América Latina.<br />
<br />
2. GUTIÉRREZ, Gustavo. Beber em seu
próprio poço. Itinerário espiritual de um povo. São Paulo: Loyola, 2000.<br />
<br />
3. Em português, encontra-se no livro LAS CASAS, Frei Bartolomeu de. Liberdade e Justiça para os Povos da América
— Oito Tratados Impressos em Sevilha em 1552. São Paulo: Paulus, 2010.<br />
<br />
4. GUTIÉRREZ, Gustavo. Deus ou o ouro
nas Índias. Século XVI. São Paulo: Paulinas, 1993.<br />
<br />
5. Ver LERNER FEBRES, Salomón; SAYER, Josef (Ed.). Contra el olvido Yuyanapaq. Informe de la Comisión para la Verdad y la
Reconciliación Perú, 2008.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: 12.0pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span>
<b><span style="font-size: 12.0pt; mso-fareast-language: PT-BR;">Vale a pena ler a <a href="http://aliancacidada.wordpress.com/2012/07/28/dom-gerhard-muller-a-teologia-marxista-da-libertacao-esta-equivocada/"><span style="color: red;">entrevista</span></a> com </span><span style="font-size: 16px; letter-spacing: -1px;"><i>Gerhard Müller</i></span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03592774212723706082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5710121554269633867.post-44869649010599708242012-11-04T05:20:00.000-08:002012-11-04T05:20:19.233-08:00Consciência de Cristo<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-MPwpzFCwGnw/UJZqUmtkjlI/AAAAAAAACmE/ee7nqV124Kk/s1600/sao_joao_da_cruz1.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://2.bp.blogspot.com/-MPwpzFCwGnw/UJZqUmtkjlI/AAAAAAAACmE/ee7nqV124Kk/s200/sao_joao_da_cruz1.jpg" width="138" /></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">...”escreveram
essas experiências para que servissem de flecha que aponta a salvação, a
verdade, mas no momento em que eles a conheceram ficaram conscientes deste conhecer a Verdade...”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Muitos
foram os santos que escreveram um itinerário da busca da santidade. Gravaram no
papel suas experiências, seus encontros com Cristo, o caminho percorrido para
que outros pudessem imitar o mesmo caminho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">O
encontro pessoal em vista do autoconhecimento é um propósito de olhar o íntimo
com tudo que o há, sejam as virtudes ou os defeitos, e buscar configurar-se a
Cristo. O configurar-se a Cristo é imitar seus gestos de amor, é idealizar o
encontro da amada com o amado:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Oh!
Noite que guiaste,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Oh!
Noite mais amável que a alvorada;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Oh!
Noite que juntaste,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Amado
com amada,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Amada
já no Amado transformada!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Das
Canções de São João da Cruz<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Seus
escritos não são vencidos, nem mesmo possuem prazo de validade, pois, se fosse
assim, poderia jogar fora os livros espirituais, filosóficos, teológicos,
constitucionais e tantos outros. Também não podem ser considerados para aquele tempo. Claro que o seu
auge foi naquele tempo, mas ainda podem clarear o caminho de muitos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Para
melhor explicação utilizarei apenas do prólogo da “Subida do Monte Carmelo” de
São João da Cruz. “As ditosas almas destinadas a chegar a este estado de
perfeição devem, de ordinário, afrontar travas tão profundas, suportar
sofrimentos físicos e morais tão dolorosos, que a inteligência humana é incapaz
de compreendê-los e a palavra de exprimi-los. Somente aquele que passa por isso
saberá senti-lo, sem, todavia, poder defini-lo.” Chamaria isso de vivência do
amor com Deus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A
alma que percorre o caminho de subida do monte tem em vista o “estado de
perfeição” ou de “união da alma com Deus”. Percorrer o caminho traçado por João
da Cruz não significa ter os mesmos sentimentos, a mesma fé. Uns caminham a
passos largos outros engatinham. Faça o exercício de acompanhar três pessoas no
retorno para casa e saberás que percorrem caminhos diferentes, com paradas
estratégicas, que podem cair.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-6XlOE9b8a_U/UJZqM80AH5I/AAAAAAAACl8/0IrOjoxMay4/s1600/8844solidao.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://2.bp.blogspot.com/-6XlOE9b8a_U/UJZqM80AH5I/AAAAAAAACl8/0IrOjoxMay4/s320/8844solidao.jpg" width="320" /></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">...”Apoiar-me-ei
na Sagrada Escritura: tomando-a por guia, não há perigo de engano, pois nela
fala o Espírito Santo.” Realmente, ter a Palavra de Deus como luz é falar a
Cristo: Tu és o meu caminho, a minha verdade e luz. É confiar em Deus e São
João da Cruz bem soube fazer: “Se me decido a este trabalho, não é por crer-me
capaz de tratar de assunto tão árduo, mas confiando em que o Senhor me ajudará
a dizer alguma coisa, para proveito de grande número de almas muito
necessitadas”. Note que ele recebe de Deus a capacidade der ser sensível com as
pessoas, isso por ser sensível antes a Deus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A
subida do monte exige ânimo, renúncias, desapegos, deixar-se guiar por Deus e
por guia espiritual que já tendo subido ao monte desce para orientar. Entregando
sua vontade a de Deus e não impondo limites, dando passos de um adulto maduro e
decidido e não de uma criança mimada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">São
João quer ensinar “a alma a deixar-se conduzir pelo Espírito de Deus”, pois ele
tem consciência de que podemos ser “faltos de luz” e ainda ser orientado por
confessores e guias espirituais “faltos de luz e experiência nestes caminhos”
conduzindo a alma ao prejuízo. “E doloroso para a alma não se compreender e não
achar quem a compreenda nestes tempos de depressão”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Existem
pessoas que são flechas que apontam para Cristo e outras que apontam para o
inferno. Claro que a alma sem muita orientação pode acabar caindo em caminhos
bonitos que aparentam ser santificantes, mas são falsos, pois enganam e apontam
para o tropeço e a queda.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A
subida do monte Carmelo, conduz à noite escura, para chegar à perfeita união
com Deus. São João<b>,</b> ao encerrar o
prólogo<b>,</b> afirma que, “não é, alias,
meu principal intento dirigir-me a todos”, pois algumas “já se acham
desapegados das coisas do mundo, compreenderão melhor a doutrina da desnudez do
espírito”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-jJAq8mHQ2HE/UJZpNePHWJI/AAAAAAAACl0/gDrGnF3U6-o/s1600/pantocrator.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://2.bp.blogspot.com/-jJAq8mHQ2HE/UJZpNePHWJI/AAAAAAAACl0/gDrGnF3U6-o/s200/pantocrator.jpg" width="146" /></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Portanto,
trilhar ou criar novos caminhos, novas subidas ao monte é ter perante os olhos
a união com Deus, encontro com a verdade renovando o modo de subir o monte e
enfrentar a noite escura. Renunciando a si mesmo e tomando a cruz de cada dia
para seguir a Cristo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">No
momento em que os santos conheceram a Cristo ficaram conscientes deste conhecer
a verdade. São João da Cruz ao subir o monte ficou consciente da plena verdade
que transformou sua vida através do encontro com o Amado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Ter
consciência é perceber que Cristo é a verdade, e isso implica em mudança de
vida, em transfiguração. A partir daí nosso rosto resplandecerá como o sol,
nossas vestes se tornaram brancas como a luz (Cf. Mt 17,2). Comumente temos a
noção, conhecemos superficialmente, que Cristo é a verdade. No entanto, pode
não existir consciência, logo não existe intimidade entre Cristo e a pessoa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<b><i>Rodrigo Souza de Souza</i></b></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03592774212723706082noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5710121554269633867.post-3216447729615258662012-10-29T05:45:00.000-07:002012-10-29T05:45:05.510-07:00Senhor a quem iremos? Só tu tens Palavras de Vida eterna (Jo 6, 60-69)<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Algerian; font-size: 22.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Arial;">Deus Est<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">O
universo é matéria e energia ordenados de maneira harmônica. Toda matéria não
existiria por si só da mesma forma a energia, pois carecem de uma fonte.
Atribuir o <b><i><u>existir </u></i></b>ao nada, ao acaso...representa ignorar que houve
um motor primeiro, ideia já proposta por Aristóteles.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Porém
muitos insistem em afirmar a <b><i><u>inexistência </u></i></b>do Criador para
afirmar estupidamente que o “nada” é o verdadeiro criador. Uma ideia
contraditória não é mesmo? Tal afirmação visa negar a existência do criador
absoluto, isto são reflexos de uma cultura que busca ser autônoma,
autossuficiente e descompromissados. Ignorar que há um ser absoluto e que todas
as coisas criadas por ele algum dia retornarão a ele como curso natural de sua
finitude é um mecanismo de defesa humano para tentar sobrepor-se às suas
limitações. É não aceitar-se como
necessitado de amparo...fraco, finito e incapaz de tudo conhecer, experimentar
e dominar, portanto não autor de tudo, sendo assim mero coadjuvante dentro do
espetáculo da criação. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-eB4RVUUJi1g/UGRUieFyvFI/AAAAAAAACZ4/Y3Ekrd0t9ss/s1600/Pastor.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://4.bp.blogspot.com/-eB4RVUUJi1g/UGRUieFyvFI/AAAAAAAACZ4/Y3Ekrd0t9ss/s320/Pastor.jpg" width="225" /></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> A incapacidade de perceber o criador
se dá em virtude da ingênua petulância de querer assumir as rédeas da criação.
No entanto o verdadeiro autor da vida e criador de tudo, infundiu em todas as
suas criaturas lampejos de sua grandeza, garantindo à elas cores, formas e belezas
singulares que nem mesmo um artista dotado de especial habilidade ousaria quiçá
oniricamente criar. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Desta
forma o criador quis fazer-se conhecido, tornou-se criatura de si mesmo,
experimentando a limitação humana e ao mesmo tempo reafirmando a íntima ligação
do criador com sua criatura, elevando-a aos patamares celestes fazendo dela
“pouco menor que um Deus”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Tal
percepção teria sido responsável por fazer o homem reclamar seu “direito” de
criador? De negar sua limitação? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A
liberdade garantida ao homem, doada por Deus, permite que ele escolha negar o
próprio criador e dele se afastar. Como criatura de Deus somos impelidos a
voltar para Ele, como riachos que correm ao mar, porém podemos desviar o curso
e escolhermos assim não participar de toda a vasta realidade divina.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Por
tanto quando o ser humano busca a felicidade, que não pode ser entendida como
ausência de insucessos, e sim como ferramentas para aumentar sua humanidade,
quando decidimos vencer vícios que nos forçam a viver de maneira intimista,
quando escolhemos não viver de momentos, mas sim de atitudes edificantes e
perenes, quando evitamos as comodidades, quando assumimos quem somos com nossas
riquezas e misérias e não nos escondemos atrás dos pilares sociais (prestígio,
dinheiro, aparência etc...) marchamos rumo ao criador, pois livres das coisas
mesquinhas experimentamos a plenitude da condição humana, como outrora
disseram: “ELE é tão humano, que só poderia ser Deus” (BOFF).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Portanto
quanto mais elevamos nossa humanidade mais próximos de Deus estamos e a ele nos
configuramos. Deus existe, e a prova desta existência é a própria humanidade
que insatisfeita com sua limitação busca aperfeiçoar-se. <o:p></o:p></span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">N. Max de Oliveira Faria<o:p></o:p></span></b><br />
<div style="text-align: left;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Acesse o Blog do Noviciado: noviciadosdb.blogspot.com</span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03592774212723706082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5710121554269633867.post-4858032304991964242012-10-21T03:42:00.001-07:002012-10-21T03:42:24.969-07:00Alegrai-vos sempre no Senhor! Repito, alegrai-vos!<br />
<div style="font-family: arial; font-size: 14px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; line-height: 21px;"><b>Homilia no início 2º ano do triênio de preparação ao Bicentenário</b></span></div>
<span style="background-color: white; line-height: 21px; text-align: -webkit-center;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; line-height: 21px; text-align: -webkit-center;">Ez 34,11-12.15-16.23-24.30-31; Fl 4,4-9; Mt 18,1-6.10</span></div>
<span style="background-color: white; line-height: 21px; text-align: -webkit-center;">
</span>
<div style="font-family: arial; font-size: 14px;">
<br /></div>
<div style="font-family: arial; font-size: 14px;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-KjShx8Mrurg/UIGKvuycwyI/AAAAAAAACb4/-L5sBuIcRhE/s1600/bicentenario_2013.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="80" src="http://1.bp.blogspot.com/-KjShx8Mrurg/UIGKvuycwyI/AAAAAAAACb4/-L5sBuIcRhE/s640/bicentenario_2013.jpg" width="640" /></a></div>
<div style="font-family: arial; font-size: 14px;">
<br /></div>
<div style="font-family: arial; font-size: 14px;">
<br /></div>
<div style="font-family: arial; font-size: 14px;">
Caríssimos irmãos e irmãs em Jesus Cristo,</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 14px;">
aqui estamos reunidos, nos Becchi, no Santuário de Dom Bosco, para o início do segundo ano do triênio de preparação ao bicentenário de nascimento de Dom Bosco. Depois de empenhar-nos no ano passado em conhecê-lo mais profundamente, em amá-lo mais intensamente e em imitá-lo mais fielmente em sua absoluta entrega a Deus e em sua total dedicação aos jovens, neste ano somos convidados a contemplá-lo como educador e portanto a aprofundar, atualizar e inculturar o seu Sistema Preventivo. Depois de descobrir como Dom Bosco se sentiu enviado por Deus aos jovens – que eram para ele a sua razão de ser, a sua missão, a sua mais preciosa herança –, deveremos agora redescobrir quanto ele lhes oferecia a eles: o Evangelho da alegria através da pedagogia da bondade. Eis o seu programa educativo e o seu método pedagógico!</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 14px;">
Mas para lho apresentar, faço-o falando em seu nome, antes, em seu lugar, como verdadeiro Sucessor de Dom Bosco:</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 14px;">
“Sou conhecido em todo o mundo como um santo que semeou a mancheias muita alegria. Antes, como escreveu alguém que me conhecia pessoalmente, fiz da alegria cristã “o undécimo mandamento”. Convenceu-me a experiência que não é possível um trabalho educativo sem esse maravilhoso impulso, sem essa estupenda marcha a mais, que é a alegria. Estou a lhe falar da alegria verdadeira, da que nasce do coração de quem se deixa guiar por Deus. A risada fragorosa, a algazarra importuna, duram um momento; a alegria de que lhe falo vem de dentro, e permanece, porque vem de Jesus Cristo, quando O acolhemos sem reservas. Eu costumava dizer: <em>“Seja alegre, mas sua alegria seja aquela de uma consciência limpa de pecado”</em>. E para que os meus meninos se persuadissem disso, acrescentava: <em>“Se quiserem que sua vida seja alegre e tranquila, devem cuidar em permanecer na graça de Deus, porque o coração do jovem que está em pecado é como um mar em contínua agitação”.</em> Eis por que lembrava sempre que <em>“a alegria nasce da paz do coração”. </em>E insistia: <em>“Eu não desejo outra coisa dos jovens senão que sejam bons e estejam sempre alegres”.</em> Sei que alguém também disse: <em>“Se são Francisco de Assis santificou a natureza e a pobreza, Dom Bosco santificou o trabalho e a alegria. Ele é o santo da vida cristã laboriosa e alegre”.</em> Esta frase me agrada! E por dois motivos: primeiro porque me coloca perto de um santo simpático e sempre atual como é o estupendo jovem de Assis; segundo, porque o autor da frase captou o segredo da minha santidade: o trabalho e a alegria.</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 14px;">
Você sabe muito bem: vivi em tempos difíceis e densos de intensas turbulências. Dizia: <em>“São difíceis os nossos tempos? E quando o não foram? Mas Deus nunca deixou de ajudar”.</em> A certeza na Providência de Deus explicava o meu… inoxidável otimismo. Era uma das tantas lições de vida que havia aprendido de minha mãe.</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 14px;">
<em>“Dom Bosco tinha por arma a bondade” – </em>assim escreveu de mim um salesiano que era entusiasta e sábio, que conheci quando era um menino e que até confessei algumas vezes. A alegria é o meu mais simpático e concreto cartão de visita, a minha bandeira. Mas não uma das tantas.</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 14px;">
Esperava os meus moleques aos domingos pela manhã em Valdocco. Para mim era uma festa! Vinham descendo em grande número os limpa-chaminés, os ajudantes de pedreiros, os empregadinhos de mil trabalhos. Vinham – é verdade – para brincar, pelo pãozinho com mortadela, para passar um dia diferente, mas, sobretudo – e eu o sabia – vinham porque havia um padre: um padre que lhes queria bem, que sabia gastar horas e horas para os fazer felizes.</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 14px;">
Quero agora contar-lhe um segredo: eu nunca me considerei um educador-padre; eu era sim um padre (que havia chegado ao sacerdócio depois de anos de lutas e dores, de privações e paixão!), um padre que exercia, vivia e testemunhava o seu sacerdócio educando. Melhor ainda: tornei-me educador dos jovens porque era um padre para eles.</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 14px;">
E já sei: alguém, por vezes, me apresenta como o eterno saltimbanco dos Becchi e pensa com isso fazer-me um grande favor. Mas é uma imagem muito redutiva do meu ideal. Os jogos, os passeios, a banda de música, as representações teatrais, as festas… – tudo isso era um meio, não um fim. O que eu queria era o que abertamente escrevia aos meus meninos: <em>“Um só é o meu desejo: vê-los felizes no tempo e na eternidade”.</em></div>
<div style="font-family: arial; font-size: 14px;">
Agora V. compreenderá por que àquele maravilhoso jovenzinho que é Domingos Sávio eu lhe tivesse indicado a alegria como um caminho de autêntica santidade. E ele o havia compreendido quando explicava a um colega recém-chegado a Valdocco e que se via ainda totalmente desorientado: <em>“Saiba que nós aqui fazemos consistir a santidade em estar muito alegres. Procuramos apenas evitar o pecado como um grande inimigo que nos rouba a graça de Deus e a paz do coração; e cumprir exatamente os nossos deveres"</em>. Esse estupendo adolescente, tão rico de graça e de bondade, nada mais fazia do que apresentar ao seu novo amigo, Camilo Gávio, a mesma caminhada de santidade juvenil que eu lhe havia proposto a ele alguns meses antes.</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 14px;">
Desde menino, o jogo e a alegria tinham sido para mim uma forma de apostolado sério: e disso eu estava intimamente convencido. Para mim a alegria era um elemento inseparável do estudo, do trabalho e da piedade. A Francisco Besucco, outro esplêndido rapaz, do qual também escrevi uma biografia, eu tinha sugerido: <em>“Se quiser fazer-se bom, pratique três coisas e tudo irá bem. Ei-las: alegria, estudo, piedade”.</em></div>
<div style="font-family: arial; font-size: 14px;">
Quando comecei Valdocco, tinha um sonho no coração: criar um clima de família para tantos jovens que estavam longe de casa por causa do trabalho ou que talvez nunca tivessem provado um gesto de verdadeiro afeto. A alegria ajudava a criar esse ambiente. Ela fazia superar as muitas angústias da pobreza e devolvia serenidade a tantos corações. Sei que um menino daqueles primeiros anos (tornou-se depois um excelente sacerdote da Igreja de Turim, um dentre os vários milhares de sacerdotes desabrochados nesta primeira casa salesiana!) recordando os anos “heroicos“, assim os descrevia: <em>“Pensando em como se comia e dormia, agora nos maravilhamos de ter podido sobreviver numa boa, sem tanto sofrer e sequer lamentar-nos.<strong> Mas éramos felizes, vivíamos de afeto</strong>”.</em></div>
<div style="font-family: arial; font-size: 14px;">
Viver e transmitir alegria era uma forma de vida, uma opção consciente de pedagogia em ação. Para mim, o menino era sempre um menino, a sua exigência profunda era a alegria, a liberdade, o brinquedo. Achava normal que eu, padre para os jovens, transmitisse a eles a boa e alegre notícia contida no Evangelho<em>. Quem possui Jesus Cristo vive na alegria. </em>E não o teria podido fazer com rosto sombrio e modos reservados e bruscos. Os jovens deviam compreender que para mim a alegria era uma coisa tremendamente séria; que o pátio era a minha biblioteca, a minha cátedra, onde eu era a um tempo professor e aluno; que a alegria é lei fundamental da juventude.</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 14px;">
Agora V. compreende a importância que dava à celebração das festas, tanto sacras quanto profanas: elas detinham uma enorme carga pedagógica e acabavam por falar ao coração. Valorizava o teatro, a música, o canto. Organizava nos mínimos detalhes os célebres passeios autunais. Lembro ainda como se fosse hoje: entrávamos no povoado com a banda à frente: éramos acolhidos pelos párocos, pelos ‘senhores’ do lugar que nos garantiam alojamentos de emergência e comida. Os dias ali eram intensos: visitas a personagens de respeito, celebrações pela manhã e à noite, exibições da banda musical, espetáculos em palcos improvisados na praça principal. E quantas risadas… Gargalhadas que deixavam uma lembrança de alegria serena. Mostrava aos meninos e, de tabela, aos bons camponeses, que <em>“servir a Deus pode muito bem andar a par e passo com a honesta alegria”.</em></div>
<div style="font-family: arial; font-size: 14px;">
Em 1847 publiquei um livro de formação cristã – “<em>O Jovem Instruído”</em>. Escrevera-o roubando muitas horas ao sono. As primeiras palavras que os meus jovens liam eram:<em> “O primeiro e principal engano com que o demônio costuma afastar os jovens da virtude é dizer-lhes que servir a Deus consiste numa vida triste e afastada de todo o divertimento e prazer. Não é assim, queridos meninos. Eu quero ensinar-lhes um método de vida cristã, que possa, ao mesmo tempo, deixá-los alegres e felizes, mostrando-lhes quais sejam os verdadeiros divertimentos e os verdadeiros prazeres… Esta é exatamente a finalidade deste livrinho: <strong>servir a Deus e estar alegres</strong>”.</em></div>
<div style="font-family: arial; font-size: 14px;">
Como pode ver, para mim a alegria assumia um profundo sentido religioso. No meu estilo educativo havia uma equilibrada combinação de sacro e profano, de natureza e graça. Os resultados não tardavam a aparecer, tanto que em algumas notas autobiográficas que fui quase obrigado a escrever podia afirmar:<em>“Acostumados a essa mistura de devoção, de brinquedos, de passeios, cada um se afeiçoava muitíssimo, a tal ponto que não só eram muito obedientes às minhas ordens mas também ansiavam por que lhes desse algo a fazer”.</em></div>
<div style="font-family: arial; font-size: 14px;">
A experiência me havia convencido de que <em>“um santo triste é um santo que não atrai, que não convence”.</em>Eu falava de alegria, não de inconsciência ou superficialidade. A alegria, para mim, confluía diretamente ao otimismo, à confiança amorosa e filial num Deus providente; era uma resposta concreta ao amor com que Deus nos circunda e abraça. Era também o resultado da aceitação corajosa das duras exigências da vida. E o dizia com uma imagem: <em>”Ao apanhar rosas, se sabe, topa-se também com os espinhos; mas com os espinhos está sempre a rosa”.</em></div>
<div style="font-family: arial; font-size: 14px;">
Não me bastava que os jovens estivessem alegres; queria que eles também difundissem esse clima de festa, de entusiasmo, de amor à vida. Queria-os construtores de esperança e de alegria, missionários de outros jovens mediante o apostolado da alegria, mediante um apostolado contagiante.</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 14px;">
E insistia: <em>“Um pedaço de Céu acerta tudo”.</em> E com esta expressão simples, colhida dos lábios de minha Mãe, indicava-lhes uma perspectiva que ultrapassava as fragilidades e as contingências humanas; abria uma janela para o futuro, para o eterno, ensinando-lhes que <em>“os espinhos da vida são flores para a eternidade”.</em></div>
<div style="font-family: arial; font-size: 14px;">
Eis: caríssimos irmãos e irmãs, tudo quanto ansiava por partilhar com todos, hoje, para estimulá-los no empenho e na dedicação de contemplar Dom Bosco educador e de oferecer aos jovens o Evangelho da Alegria mediante a Pedagogia da Bondade.</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 14px;">
Colle Don Bosco, 16 de agosto de 2012.<strong></strong></div>
<div style="font-family: arial; font-size: 14px;">
P. Pascual Chávez Villanueva SDB<br />
Fonte: <a href="http://www.sdb.org/pt/Reitor_Mor/Homilias/Homilias/Homilia_2_preparacao_Bicentenario">SDB.ORG</a></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03592774212723706082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5710121554269633867.post-67208776927609681672012-10-18T04:36:00.002-07:002012-10-18T04:36:56.097-07:00Doe Medula Óssea<br />
<div class="western" style="font-size: 12px; line-height: 22px; text-indent: 35px;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-TPMgYC2IZfk/UH_o07WnPmI/AAAAAAAACbk/hE0GsjWcQEE/s1600/dicas_5005c5318cfc9.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="http://1.bp.blogspot.com/-TPMgYC2IZfk/UH_o07WnPmI/AAAAAAAACbk/hE0GsjWcQEE/s320/dicas_5005c5318cfc9.jpg" width="320" /></a><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quando um paciente necessita do transplante, realiza-se uma pesquisa de compatibilidade inicialmente entre seus familiares, colhendo amostras de sangue de seus pais e irmãos. A possibilidade de um irmão ser totalmente compatível é de 25% e entre os pais é inferior a 5%.</span></div>
<div class="western" style="font-size: 12px; line-height: 22px; text-indent: 35px;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Se não houver possibilidade de existir um doador familiar, a alternativa é procurar um doador compatível nos registros de doadores voluntários de medula. No Brasil,o REDOME (Registro Nacional dos Doadores de Medula Óssea), instalado no INCA (Instituto Nacional do Câncer), no Rio de Janeiro, coordena a pesquisa de doadores tanto brasileiros, quanto estrangeiros.</span></div>
<div class="western" style="font-size: 12px; line-height: 22px; text-indent: 35px;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O doador deve ter um grau de compatibilidade aceitável com o receptor/paciente. O ideal é que seja totalmente compatível, mas em certas situações, pode ser utilizado um doador com algum grau de incompatibilidade. Tudo depende da situação clínica do paciente e, consequentemente, da urgência em se realizar o transplante.</span></div>
<div class="western" style="font-size: 12px; line-height: 22px; text-indent: 35px;">
<em><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A chance de ser encontrado um doador HLA compatível varia em função das características genéticas do receptor, podendo variar de 1 para 1000 a 1 para cada 1 milhão. Por isso, seja um doador, cadastre sua medula.</span></em></div>
<div class="western" style="font-size: 12px; line-height: 22px; text-indent: 35px;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O Hospital Nossa Senhora das Graças é referência internacional em Transplante de Medula Óssea (TMO). O procedimento é realizado quando a Médula Óssea doente ou deficitária é substituída por células normais de Medula Óssea, no intuito de reconstruir uma medula saudável. O transplante é indicado no tratamento de diversas doenças, não somente hematológicas, e, ainda ser realizado em crianças ou adultos.</span></div>
<div class="western" style="color: #3e3d3d; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 22px; text-indent: 35px;">
<span style="color: black;"><em><strong>Seja um doador de Medula Óssea</strong></em></span></div>
<div class="western" style="color: #3e3d3d; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 22px; text-indent: 35px;">
<span style="color: black;"><em><strong><br /></strong></em></span></div>
<div class="western" style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 22px; text-align: center; text-indent: 35px;">
<span style="color: black;"><em><strong>VÍDEO: </strong></em></span></div>
<div class="attachmentText fsm fwn fcg" style="display: inline !important; max-height: 72px; overflow: hidden;">
<div class="uiAttachmentTitle" data-ft="{"type":11,"tn":"C"}" style="display: inline !important; word-break: break-word; word-wrap: break-word;">
<b>Stronger Kelly Clarkson | Hospital Nossa Senhora das Graças </b></div>
</div>
<br />
<div class="western" style="color: #3e3d3d; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 22px; text-indent: 35px;">
<span style="color: black;"><em><strong><br /></strong></em></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/FkIM-o4-EhI?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;"><b><i>Doe Medula Óssea!!!</i></b></span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Vídeo elaborado por pacientes do setor de Hematologia e Transplante de Medula Óssea do Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba-PR, inspirado no vídeo das crianças do Seattle Children's Hospital.</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Esta filmagem foi realizada por super-heróis se doaram por meio alegria, sonhos, esperança e fé - por um mundo repleto de amor. </span></div>
<div class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #333333; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">
<br />Seja um doador de medula óssea, compartilhe esta ideia!<br /><br />"A beleza das coisas existe no espírito de quem as contempla". (David Hume)<br />Filmagem e edição: Voluntários Felipe Torres Gonçalves e Vicente Filizola<br /><br />SAIBA COMO SE TORNAR UM DOADOR DE MEDULA ÓSSEA AQUI:<a href="http://www.hnsg.org.br/cuidadosposalta/dicas_detalhes.html?id=58#!key=doe-medula" rel="nofollow nofollow" style="color: #3b5998; cursor: pointer; text-decoration: none;" target="_blank">http://www.hnsg.org.br/<wbr></wbr><span class="word_break" style="display: inline-block;"></span>cuidadosposalta/<wbr></wbr><span class="word_break" style="display: inline-block;"></span>dicas_detalhes.html?id=58#!key=<wbr></wbr><span class="word_break" style="display: inline-block;"></span>doe-medula</a> </div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="western" style="color: #3e3d3d; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 22px; text-indent: 35px;">
<span style="color: black;"><em><strong><br /></strong></em></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03592774212723706082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5710121554269633867.post-22246846893842907772012-10-14T04:37:00.000-07:002012-10-14T04:37:02.546-07:00Quero? Devo? Posso?<span style="background-color: white; font-family: ARIAL; font-size: 14px;"><b>A ÉTICA E A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO HOJE</b></span><br />
<span style="background-color: white; font-family: ARIAL; font-size: 14px;"><b>Mario Sergio Cortella</b></span><br />
<div align="justify" class="style141" style="background-color: white; font-family: ARIAL; font-size: 14px;">
<br />
<div class="MsoNoSpacing">
<b><o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<b>Professor-Titular do Departamento de Teologia e Ciências
da Religião da PUC-SP</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-sgWeS0fkuSc/UHGz76AFbsI/AAAAAAAACaw/oS1mIy-tpCI/s1600/sergio-cortella.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="120" src="http://3.bp.blogspot.com/-sgWeS0fkuSc/UHGz76AFbsI/AAAAAAAACaw/oS1mIy-tpCI/s200/sergio-cortella.jpg" width="200" /></a></div>
Ressaltemos desde o início: a ética é uma questão
absolutamente humana! Só se pode falar em ética quando se fala em humano,
porque a ética tem um pressuposto: a possibilidade de escolha. A ética
pressupõe a possibilidade de decisão, ética pressupõe a possibilidade de opção.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
É impossível falar em ética sem falar em liberdade. Quem
não é livre não pode, evidentemente, ser julgado do ponto de vista da ética.
Outros animais, ao menos nos parâmetros que utilizamos, agem de forma
instintiva, não deliberada, sem uma consciência intencional. Cuidado. Há quem
diga: “Eu queria ser livre como um pássaro”; lamento profundamente, pois
pássaros não são livres, pássaros não podem não voar, pássaros não podem
escolher para onde voam, pássaros são pássaros. Se você quiser ser livre, você
tem de ser livre como um humano. Pensemos em algo que pode parecer extremamente
horroroso: como disse Jean-Paul Sartre, nós somos condenados a ser livres.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Da liberdade, vêm as três grandes questões éticas que
orientam (mas também atormentam, instigam, provocam e desafiam) as nossa
escolhas: Quero? Devo? Posso? Retomemos o cerne: o exercício da ética pressupõe
a noção de liberdade. Existe alguém sobre quem eu possa dizer que não tem
ética? É possível falar que tal pessoa “não tem ética”? Não, é impossível. Você
pode dizer que ele não tem uma ética como a tua, você pode dizer que ele tem
uma ética com a qual você não concorda, mas é impossível dizer que alguém não tem
ética, porque ética é exatamente o modo como ele compreende aquelas três
grandes questões da vida: devo, posso, quero?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Tem coisa que eu devo mas não quero, tem coisa que eu
quero mas não posso, tem coisa que eu posso mas não devo. Nessas questões, vivem
os chamados dilemas éticos; todas e todos, sem exceção, temos dilemas éticos,
sempre, o tempo todo: devo, posso, quero? Tem a ver com fidelidade na sua
relação de casamento, tem a ver com a sua postura como motorista no trânsito;
quando você pensa duas vezes se atravessa um sinal vermelho ou não, se você
ocupa uma vaga quando vê à distância que alguém está dando sinal de que ele vai
querer entrar; quando você vai fazer a sua declaração de Imposto de Renda;
quando você vai corrigir provas de um aluno ou de um orientando seu; quando
você vai cochilar depois do almoço, imaginando que tem uma pia de louça que
talvez seja lavada por outra pessoa, e como você sabe que ela lava mesmo, e que
se você não fizer o outro faz, você tem a grande questão ética que é: devo,
posso, quero? Por exemplo, quando se fala em bioética: podemos lidar com
clonagem? Podemos, sim. Devemos? Não sei. Queremos? Sim. Clonagem terapêutica,
reprodutiva? É uma escolha. Posso eu fazer um transplante intervivos? Posso.
Devo, quero? Tem coisa que eu devo, mas não quero; aliás, a área de Saúde, de
Ciência e Medicina, é recheada desses dilemas éticos. Tem muita coisa que você
quer, mas não pode, muita coisa que você deve, mas não quer.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Na pesquisa, já imaginou? Por que montamos comitês de
pesquisa, por que a gente faz um curso sobre ética na pesquisa? Porque isso é
complicado, e se fosse uma coisa simples, a gente não precisava fazer curso,
não precisava estudar, não precisava se juntar. É complicadíssimo, porque
estamos mexendo com coisas que têm a ver com a nossa capacidade de existir.
Quando se pensa especialmente no campo da ética, a relação com a liberdade traz
sempre o tema da decisão, da escolha. Por que estou dizendo isso? Porque não dá
para admitir uma mera repetição do que disseram muitos dos generais
responsáveis pelo holocausto e demais atrocidades emanadas do nazismo dos anos
de 1940. Exceto um que assumiu a responsabilidade, todos usaram o mesmo
argumento em relação à razão de terem feito o que fizeram. Qual foi? “Eu estava
apenas cumprindo ordens”. “Estava apenas cumprindo ordens”, isso me exime da
responsabilidade? Estava apenas obedecendo... Essa é uma questão séria, sabe
por quê? Porque “estava apenas cumprindo ordens” implica a necessidade de
pensarmos se a liberdade tem lugar ou não.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Ética tem a ver com liberdade, conhecimento tem a ver com
liberdade, porque conhecimento tem a ver com ética. Por isso, se há algo que
também é fundamental quando se fala em ciência, ética na pesquisa e produção do
conhecimento, é a noção de integridade. A integridade é o cuidado para se
manter inteiro, completo, transparente, verdadeiro, sem máscaras cínicas ou fissuras.
Nessa hora, um perigo se avizinha: assumir- se individual ou coletivamente uma
certa “esquizofrenia ética”. Ela desponta quando as pessoas se colocam não como
inteiras, mas repartidas em funções que pareceriam externas a elas. Exemplos?
“Eu por mim não faria isso, mas, como eu sou o responsável, tenho de fazê-lo”.
Ora, eu não sou eu e uma função, eu sou uma inteireza, eu não sou eu e um
professor, eu e um pesquisador, eu e um diretor, eu e um Secretário, eu sou um
inteiro. “Eu por mim não faria”, então eu não faço!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Cautela! Coloca-se um estilhaçamento da integridade: “Eu,
por mim, não lhe reprovaria, mas como eu sou seu professor, eu tenho que
reprovar”; “Eu, por mim, não lhe mandaria embora, mas como eu sou seu
chefe...”; “Eu, por mim, não lhe suspenderia, mas como eu sou seu superior...”;
“Eu, por mim, não faria isso, mas como eu sou o contador...”; “Eu, por mim, não
faria isso, mas como eu sou o responsável pelo laboratório...”.: “Eu por mim
não faria”, então eu não faço; “Eu por mim não lhe reprovaria”, então não
reprovo. De novo: eu não sou eu e uma função, eu não sou eu e um pesquisador,
eu e um chefe do laboratório, eu e um diretor de instituto, eu e um
Secretário... O esboroamento da integridade pessoal e coletiva é a incapacidade
de garantir que a “casa” fique inteira, e para compreender melhor a idéia de
“casa íntegra”, vale fazer um breve passeio pelas palavras. Talvez as pessoas
que estudaram um pouco de etimologia se lembrem que a palavra ética vem pra nós
do grego ethos, mas ethos, em grego, até o século VI a. C., significava morada
do humano, no sentido de caráter ou modo de vida habitual, ou seja, o nosso
lugar. Ethos é aquilo que nos abriga, aquilo que nos dá identidade, aquilo que
nos torna o que somos, porque a sua casa é o modo como você é, onde está a sua
marca. Mais tarde, esse termo para designar também o espaço físico foi
substituído por oikos. Aliás, o conhecimento mais valorizado na sociedade grega
era o que cuidava das regras da casa, para a gente poder viver bem e para
deixar a casa em ordem. Como o vocábulo nomos signifi ca “regra” ou “norma”,
passou-se a ter a oikos nomos (a economia) como a principal ciência. No
entanto, a noção original de ethos não se perdeu, pois os latinos a traduziram
pela expressão more, ou mor, que acabou gerando pra nós também uma dupla
concepção; uma delas é “morada”, e a outra, que vai ser usada em latim, é o
lugar onde você morava, o seu habitus. Olha só, a expressão “o hábito faz o
monge” não tem a ver com a roupa dele, habitus; habitus é exatamente onde nós
vivemos, o nosso lugar, a nossa habitação.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Quando se pensa em ética e produção do conhecimento hoje,
a grande questão é: como está a nossa possibilidade de sustentar a nossa
integridade; essa integridade, como se coloca? A integridade da vida individual
e coletiva, a integridade daquilo que é mais importante, porque uma casa,
ethos, tal como colocamos, é aquela que precisa ficar inteira, é aquela que
precisa ser preservada. Como está a morada do humano? Essa morada do humano
desabriga alguém? Alguém está fora da casa, alguém está sem comer dentro dessa
casa? Alguém está sem proteção à sua saúde, alguém está sem lazer dentro dessa
casa? Essa morada do humano é inclusiva ou é exclusiva? Essa morada do humano
lida com a noção de qualidade em ciência, ou lida com a noção de privilégio?
Cuidado. Duas coisas que se confundem muito em ciência são qualidade e
privilégio; qualidade tem a ver com quantidade total, qualidade é uma noção
social, qualidade social só é representada por quantidade total. Qualidade sem
quantidade não é qualidade, é privilégio. São Paulo é uma cidade em que se come
muito bem, é verdade; quem come, quem come o quê? Qualidade sem quantidade
total não é qualidade, é privilégio. Todas as vezes em que se discute essa
temática, aparece a noção de uma qualidade restrita, e qualidade restrita,
reforcemos, é privilégio. Nesse sentido, a grande questão volta: será que, na
morada do humano, alguém está desabrigado? Será que essa casa está inteira, ela
está em ordem nessa condição? Nessa nossa casa, quando a gente fala em cuidado,
é o mesmo que falar em saúde; aliás, quando digo: “eu te saúdo”, ou, “queria
fazer aqui uma saudação”, etimologicamente é a mesma coisa. Saudar é procurar
espalhar a possibilidade de cuidado, de atenção, de proteção. Nossa casa, que
casa é essa? Há nela saúde? A ética é a morada do humano; como essa casa é
protegida? Qual é o lugar da ciência dentro dela? Qual é o papel que ela
desempenha? Qual é a nossa tarefa nisso, para pensar exatamente aquelas três
questões: posso, devo, quero?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
É claro que essas questões e suas respostas não são
absolutas, elas não são fechadas, elas são históricas, sociais e culturais. A
mesma pergunta não seria feita do mesmo modo há vinte anos; a grande questão no
nosso país há cento e cinqüenta anos, a grande questão ética há cento e
cinqüenta anos era se eu podia açoitar um escravo e depois cuidar dele, ou só
açoitá-lo e deixá-lo pra ser cuidado pelos outros; se eu poderia extrair o
dente de alguém, se é mais recomendável para o dentista que ele faça a extração
ou que ele tente o tratamento. Há alguns anos, algumas décadas, uma discussão
de natureza ética era algo que nem passaria pela cabeça de um dentista. A
pessoa chegava ao seu consultório e dizia: “Eu quero que o senhor arranque
todos os meus dentes”. Ele respondia: “Tá bom”; hoje, você tem outra questão. O
mesmo vale em relação ao uso de contraceptivos ou à legalização do aborto
consentido, ou ainda sobre a separação entre princípios religiosos e conduta
científica. Quando se pensa na manutenção da integridade, do devo, posso e
quero, a grande questão, junto com essa tríade, é se estamos dirigindo, como
critério último, a proteção da morada do humano, da morada coletiva do humano.
Afinal de contas, não somos humanos e humanas individualmente, pois só o somos
coletivamente. Fala-se muito em vivência, quando referimos a vida humana; no
entanto, o mais correto seria sempre dizer convivência, pois ser humano é ser
junto. Desse modo, a noção de ethos, a noção de morada do humano, oferece um
critério para responder ao posso, devo e quero, que é: protejo eu a morada ou
desprotejo? Incluo ou excluo? Vitimo ou cuido?<o:p></o:p></div>
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<br /></div>
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Em um livro delicioso e de complexa leitura, Ética da
Libertação, Enrique Dussel escreve sobre um percurso da história da ética
dentro do mundo. Começa exatamente mostrando o lugar que a reflexão ética ocupa
na história humana, mas conclui com algo que alguns até achariam curioso, hoje:
ele não aceita a noção do termo exclusão, ou falar em excluídos, porque acha
que a noção de excluído é muito pequena e insuficiente. Dussel, ao pensar a
Ética e os processos sociais, econômicos e culturais, trabalha com a noção de vítimas:
as vítimas do sistema, as vítimas da estrutura. Pensa ele que, quando se fala
em excluído, dá-se a impressão de que é uma coisa um pouco marginal, lateral,
enquanto vitimação é uma idéia mais robusta e incisiva. A principal virtude
ética nos nossos tempos, para poder manter a integridade e cuidar da casa, da
morada do humano, é a incapacidade de desistir, é evitar o apodrecimento da
esperança, é evitar aquilo que padre Antonio Vieira apontou, no começou de um
de seus Sermões, da seguinte maneira: “O peixe apodrece pela cabeça”. Já viu um
peixe apodrecer? Tal como algumas pessoas, ele apodrece da cabeça para o resto
do corpo... Um olhar sobre a ética em ciência e na pesquisa tem uma finalidade:
manter a nossa vitalidade, manter a nossa vitalidade ética, mostrar que nós
estamos preocupadas e preocupados, que a gente não se conforma com a
objetividade tacanha das coisas, que a gente não acha que as coisas são como
são e não podem ser de outro modo, que a gente não se rende ao que parece ser
imbatível.<o:p></o:p></div>
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<br /></div>
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Ser humano é ser capaz de dizer não, ser humano é ser
capaz de recusar o que parece não ter alternativa, ser humano é ser capaz de
afastar o que parece sem saída. Ser humano é ser capaz de dizer não, e só quem
é capaz de dizer não pode dizer sim; aí está a nossa liberdade. Tem gente que
diz assim: “Ah, a minha liberdade acaba quando começa a do outro”; cuidado, a
minha liberdade acaba quando acaba a do outro. Liberdade, como saúde, tem de
ser um conceito coletivo, a minha liberdade não acaba quando começa a do outro,
a minha liberdade acaba quando acaba a do outro. Se algum humano não for livre,
ninguém é livre, se algum homem ou mulher não for livre da falta de trabalho,
ninguém é livre; se algum homem ou mulher não for livre da falta de socorro, de
saúde, ninguém é livre; se alguma criança não for livre da falta de escola,
ninguém é livre; a minha liberdade não acaba quando começa a do outro, minha
liberdade acaba quando acaba a do outro. Ser humano é ser junto, e é em relação
a isso que vale pensarmos nossa capacidade de dizer não a tudo que vitima e
sermos capazes de proteger o que eleva a Vida. O vínculo da Ética com a
Produção do Conhecimento está relacionado à capacidade deste de cuidar daquela,
isto é, manter a integridade digna da vida coletiva. Ética é a possibilidade de
recusar a falência da liberdade, a ética é a nossa capacidade de recusar a
idéia de que alguns cabem na nossa casa, outros não cabem; alguns comem, outros
não comem; alguns têm graça, outros têm desgraça.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
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A ética é o exercício do nosso modo de perceber como é
que nós existimos coletivamente, e então pensar com seriedade naquilo que
François Rabelais vaticinou: “Conheço muitos que não puderam, quando deviam,
porque não quiseram, quando podiam”.<o:p></o:p></div>
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<o:p style="color: red; font-weight: bold;"> </o:p><span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Fonte:</b><span style="color: red; font-weight: bold;"> </span></span><b style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: black;"><a href="http://www.apropucsp.org.br/revista/r27_r15.htm" style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif;">Professores PUC SP</a></span></b><br />
<b style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></b>
<b style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></b>
<br />
<div style="text-align: center;">
<b style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif;">Vídeo: Eu Maior</b></div>
<div style="text-align: center;">
<b style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif;">Vale a pena ver!!!</b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/h8rJiQ80rXg?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
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<b style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></b>
<b style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></b>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-b2nwcZOWz1o/UHMbOGN7W2I/AAAAAAAACbM/vXnab5zy1Z8/s1600/Educa%C3%A7%C3%A3o+-+C%C3%B3pia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="428" src="http://2.bp.blogspot.com/-b2nwcZOWz1o/UHMbOGN7W2I/AAAAAAAACbM/vXnab5zy1Z8/s640/Educa%C3%A7%C3%A3o+-+C%C3%B3pia.jpg" width="640" /></a></div>
<b style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></b></div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03592774212723706082noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5710121554269633867.post-56827236169173732632012-10-08T06:39:00.000-07:002012-10-08T06:39:59.613-07:00Vida Religiosa<br />
<div class="MsoNormal">
</div>
<div style="text-align: center;">
<b style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"><i>A Vida religiosa e a Secularização</i></b></div>
<div style="text-align: left;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-V3b34dS59L4/UHG0yIVBrAI/AAAAAAAACa4/vxzmzgwBI4k/s1600/ogaaagzmazyu8ibtwf91q4iuit6t2nnd1tzcrdtisznivuj1swx2fyht4-ez0om6wo7ffnkrqklkl6vxcvlqxnrteymam1t1uku2slhb8stqre_wqqrkpd1vp5ks.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="133" src="http://3.bp.blogspot.com/-V3b34dS59L4/UHG0yIVBrAI/AAAAAAAACa4/vxzmzgwBI4k/s200/ogaaagzmazyu8ibtwf91q4iuit6t2nnd1tzcrdtisznivuj1swx2fyht4-ez0om6wo7ffnkrqklkl6vxcvlqxnrteymam1t1uku2slhb8stqre_wqqrkpd1vp5ks.jpg" width="200" /></a></div>
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">
A vida religiosa se encontra hoje submetida a notáveis influências. Destas, em
particular, duas me parecem merecedoras de especial atenção.<br />
A primeira é a secularização. Um fenômeno histórico nascido na França em meados
do século XVIII, que investiu sobre todas as sociedades que almejavam entrar na
modernidade.<br />
A segunda trata-se da abertura ao mundo, justamente proclamada pelo Concílio
Vaticano II, a qual foi interpretada, sob a pressão das ideologias do momento,
como uma passagem necessária para a secularização.<br />
De fato, nos últimos cinquenta anos, assistimos a uma formidável iniciativa de
auto-secularização interna da Igreja. Exemplos não faltam: os cristãos estão
prontos a empenhar-se em serviço da paz, da justiça e das causas humanitárias,
mas creem ainda na vida eterna? As nossas Igrejas colocaram em ato um imenso
esforço para renovar a catequese, mas esta mesma catequese fala ainda da
escatologia, da vida após a morte? As nossas Igrejas se empenharam na maior
parte dos debates éticos do momento, mas discutem sobre o pecado, sobre a graça
e sobre as virtudes teologais? As nossas Igrejas recorreram ao melhor do
próprio engenho para melhorar a participação dos fiéis na liturgia, mas esta
última não perdeu, em grande parte, o senso do sacral, a bem dizer aquele sabor
de eternidade?<br />
A nossa geração, talvez sem dar-se conta, não sonhou com uma “Igreja dos
puros”, colocando suspeitas contra qualquer manifestação de devoção popular?<br />
Que fim teve, em tal contexto, aquela vida religiosa que era apresentada na
forma tradicional, como um sinal escatológico e uma antecipação do Reino
futuro? De fato, religiosos e religiosas sem demora abandonaram o hábito da
própria família espiritual para vestir-se como todos os outros. Rapidamente
abandonaram os próprios conventos, julgando-os demasiado vistosos ou ricos, em
troca de pequenas comunidades esparsas em cidades ou nos grandes conglomerados
urbanos. Escolheram trabalhos profanos, empenharam-se na atividade social e caritativa,
ou ingressaram no serviço de causas humanitárias. Fizeram-se semelhantes aos
outros e se fundiram na massa, às vezes para ser o fermento, mas também, em
muitos casos, porque tal procedimento correspondia ao clima dos tempos.<br />
Não devemos subestimar os méritos de tais impostações nem os benefícios que
deles recolhe a Igreja ainda hoje. Aqueles religiosos e religiosas, de fato,
fizeram-se mais próximos às pessoas e, em particular, aos mais
desprivilegiados, mostrando uma face da Igreja mais humilde e fraterna. Não
obstante, esta forma de vida religiosa não parece haver mais futuro, pois quase
não atrai mais vocações.<br />
A quase totalidade das congregações ativas nascidas no século XIX ou no início
do XX se encontra como que ferida de morte, e seu desaparecimento é somente uma
questão de tempo.<br />
As casas generalícias e os grandes conventos são transformados em casas de
repouso para anciãos. Entre 1973 e 1985, 268 congregações francesas das 369
existentes fecharam o próprio noviciado. A situação atual não fez que piorar. A
auto-secularização minou os fundamentos da vida religiosa. A crise atingiu
sobretudo as formas de vida ativa, e menos aquelas contemplativas, porque a
secularização orientou tudo aquilo que é religioso em direção à militância ou
ao empenho social.<br />
É de notar-se que o militante ou a pessoa empenhada na atividade social
permanece leigo. Eis a segunda tipologia de pressão exercida sobre a vida
religiosa. Para enfrentar o convite da secularização, o Concílio teve a genial
intuição de confiar esta missão aos leigos. Se eles que possuem a sorte de
serem os protagonistas da sociedade secular, não serão porventura os mais
apropriados para realizar tal dever? O Vaticano II valorizou a vocação dos
leigos – não digo que a revalorizou, pois uma similar empresa não houve lugar
no passado. Todavia, realmente a valorização do laicato provocou um tipo de
quebramento da vida religiosa “ativa”.<br />
Se esta última, de fato, reconheceu há tempos a própria identificação com um
serviço específico oferecido à Igreja e à sociedade – como o ensino nas escolas
ou o cuidado dos doentes nos hospitais – com o chamado dos leigos a executarem
tais serviços e a se dedicarem, a vida religiosa ativa perdia sua razão de ser.<br />
Hoje, não é mais necessário passar por uma consagração para executar os mesmos
serviços. Quando nos encontramos em presença de uma mestra que ensina com
paixão ou de uma enfermeira serviçal realmente decidida em ter uma vida
autenticamente cristã, podemos perguntar-se se a mesma senhora, há cem ou cento
e cinquenta anos, não se haveria apresentado diante da porta de uma daquelas
recém nascidas congregações que evocamos há pouco?<br />
Isto nos conduz à seguinte conclusão: hoje, mais do que nunca, a vida religiosa
não pode ser definida partindo de uma “função”, mas sim de um modo de ser e de
um estilo de vida. Os dois riscos que acabamos de descrever em forma sintética
constituem um perigo para a vida religiosa. Sua combinação provoca nesta última
um tipo de implosão. Em consequência, a situação atual da vida religiosa, sobretudo
nas Igrejas ocidentais, se apresenta em modo paradoxal. De um lado, após o
Concílio, gozamos das vantagens de uma importante renovação da teologia da vida
religiosa. De outra, assistimos ao colapso de numerosas congregações, assim
como a um florescimento de novas formas de vida religiosa na primeira metade
dos anos setenta.<br />
Este caráter paradoxal nos convida então a retornar ao essencial. A começar do
fato que a vida religiosa é única na sua essência, porém variada em suas
formas. Em outros termos, estas múltiplas facetas nasceram todas de um tronco
comum: da vida e da tradição monástica. Em consequência, a primeira dimensão é
mística: a vida religiosa nos imerge no mistério da morte e da ressurreição de
Cristo. Portanto, é um erro definir um instituto a partir da sua atividade tal
como foram concebidas as congregações nascidas nos dois últimos séculos.<br />
Este chamado a estar com o Senhor é transmitido a cada pessoa, pois toda
vocação é muito personalizada e não existem dois percursos que são verdadeiramente
similares. Todavia, este chamado convida a unir-se a uma comunidade específica.
Alguns experimentam um choque nos confrontos de uma comunitária, mas não lhes
vem à mente a ideia de bater em outra porta. Outros, ao contrário, se concedem
um longo tempo de reflexão, durante o qual fazem o giro de muitas casas e se
dedicam a estudos comparativos muito acurados. Em cada época há matrimônios de
amor e matrimônios de razão. Aquele que é certo, porém, é que a atração é
sempre ligada à vida comunitária. Em efeito, o código de direito canônico
define a vida religiosa como uma vida essencialmente comunitária. E esta vida
comunitária é eminentemente espiritual na medida em que é o Espírito Santo que
a anima e conduz. Podemos então deduzir que a fé dada pelo Espírito representa
a chave de leitura de todos os elementos que constituem a vida religiosa, a
começar pelos votos e pela oração.<br />
Neste sentido, a pobreza religiosa não é um conceito sociológico. Não é
constituída para dar o exemplo da pobreza. A palavra mesma não se identifica
senão em época mais tardia; primeiramente, se falava de “sine proprio”, ou
ainda de “communio”, termos muito mais sugestivos. Logo, o voto religioso
corresponde a um ato de fé por meio do qual o religioso aceita aquele dom do
Espírito que o estimula a não ter nada para si, a fim de viver de modo mais
intenso possível a sua comunhão com a vida fraterna.<br />
Do mesmo modo, a obediência religiosa não é “in primis” de natureza ascética ou
pedagógica. Indubitavelmente, pressupõe uma ascese na medida em que implica uma
certa renúncia à própria vontade. Apresenta, ademais, uma dimensão pedagógica,
na medida em que visa a educar em nós a liberdade dos filhos de Deus. A sua
natureza, porém, é essencialmente mística: faz-nos entrar em um sistema no qual
quem ordena é o Espírito. A fé nos leva a afirmar que a ordem dada não vem
antes de tudo pela vontade do superior – ainda que possua a marca da sua
psicologia, e talvez da sua patologia – mas sim, dada pelo Espírito, do qual o
superior é, em certo sentido, o representante visível. Neste ponto, deixamos de
comportar-nos como simples entidade para tornar-nos um corpo fraterno.<br />
Também entre o amor humano e a castidade religiosa – apesar de possuírem
diversos pontos em comum – há uma diferença essencial. O amor humano comporta
uma escolha, uma conquista, e se apresenta como um amor de exclusão: escolher
uma esposa específica comporta renunciar a todas as outras. Ora, contrariamente
às aparências de que a escolha de tornarmo-nos carmelitas ou dominicanos origina-se
em uma iniciativa pessoal, a vida religiosa não é uma opção, pois nos
encontramos envolvidos nesta vida sob o impulso do Espírito. Para cada um de
nós, seria impossível permanecer fiéis às promessas de nosso batismo fora da
vida religiosa. Nesta última, não existe alguma conquista nem alguma exclusão:
o Espírito nos faz partícipes de uma comunidade de acolhida, na qual todos
devem descobrir a viver como irmãos.<br />
Finalmente, é na fé dada pelo Espírito que vivemos a oração, não como uma
atividade como as outras, ou apenas uma atividade a mais, nem como uma ameaça
para as diversas atividades implicadas pelos estilos de vida – todos nós
conhecemos bem aquela tensão entre o nosso trabalho e o tempo dedicado à
oração, que equivale muitas vezes a um tempo restrito. No simbolismo monástico,
o claustro ou a abertura ao Espírito representa o ligame entre a Igreja, lugar
de oração (Opus Dei), e os diversos lugares de trabalho (opus hominis), como
uma escola na qual aprendemos a descobrir um “mendicante do Senhor”.<br />
Dom Jean-Louis Bruguès<br />
Secretário da Congregação para a Educação Católica</span><br />
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">
(Tradução de artigo publicado no L’Osservatore Romano – 20 outubro de 2010)<o:p></o:p></span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03592774212723706082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5710121554269633867.post-16415122648710295522012-09-24T06:51:00.002-07:002012-10-30T10:57:03.456-07:00Cardeal Dom Odilo Scherer<h2>
<b>Políticas, com ofensas à Igreja, não!</b></h2>
<div>
<div class="MsoNoSpacing">
Na atual campanha eleitoral para os cargos do Poder
Municipal, a Arquidiocese de São Paulo tem procurado manter uma postura
coerente com as disposições canônicas da Igreja Católica e com suas próprias
orientações pastorais. Instruções foram passadas ao clero, para que os espaços
e os momentos de celebrações religiosas não sejam utilizados para a propaganda
eleitoral partidária, nem para pedir votos para candidatos. Estas orientações
também estão sintonizadas com as próprias normas da Justiça Eleitoral.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Entretanto, a mesma Arquidiocese, através de seu
Arcebispo e dos Bispos Auxiliares, também deu orientações e critérios sobre a
participação dos fiéis na campanha eleitoral e na vida política da cidade e
sobre a escolha de candidatos idôneos, embora sem citar nomes ou partidos.
Essas orientações estão amplamente divulgadas. Entendemos que o voto dos
cidadãos é livre e não deve ser imposto aos fiéis, como por “cabresto
eleitoral”, pelos ministros religiosos; nem devem nossos templos e organizações
religiosas ser transformados em “currais eleitorais”, reeditando práticas de
uma política viciada, que deveriam estar superadas. A manipulação política da
religião não é um benefício para o convívio democrático e pluralista e pode
colocar em risco a tolerância e a paz social.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Também com este propósito, enquanto organização presente
de maneira capilar na cidade, a Arquidiocese de São Paulo convidou os 5
candidatos, atualmente mais bem posicionados nas pesquisas eleitorais, sem
distinção de partido, para um colóquio com o clero e os religiosos, no próximo
dia 20 de setembro, para que os candidatos tenham a ocasião de apresentar seus
projetos e propósitos de governo e, da parte do clero e dos religiosos, possam
ouvir os questionamentos sobre assuntos que interessam muito o povo de São
Paulo e dizem respeito a realidades e questões, nas quais as organizações da
nossa Igreja estão profundamente inseridas e envolvidas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Consideramos que a manipulação e instrumentalização da
religião, em função da busca do poder político, não prometem ser um bem para a
sociedade e não são coerentes com os princípios da liberdade de consciência e
do legítimo pluralismo no convívio dos cidadãos. Além de tudo, isso poderia
deixar divisões e feridas dificilmente cicatrizáveis no seio das religiões e
das comunidades religiosas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Muito nos entristeceu, no contexto da propaganda
eleitoral partidária, ver a Igreja Católica Apostólica Romana atacada e
injuriada, de maneira injustificada e gratuita, justamente num artigo do chefe
da campanha de um candidato à Prefeitura de São Paulo. Coisas ali ditas sobre a
Igreja Católica são difamatórias e beiram ao absurdo, merecendo todo o repúdio.
Não foram ofendidos e desprezados apenas os fiéis católicos da Arquidiocese de
São Paulo, mas de toda a Igreja Católica no Brasil, uma vez que o autor do
infeliz escrito também é chefe nacional do partido que representa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Semelhantes ataques são inaceitáveis e a Arquidiocese de
São Paulo não podia deixar de se manifestar, como fez com uma Nota de Repúdio,
através de sua Assessoria de imprensa, durante a semana que passou. A
Arquidiocese não aceita a afirmação de que o fato foi trazido à tona por ela
mesma, ou por um “falso blogueiro”, uma vez que nem o próprio autor negou a
autoria do escrito, que se encontra atualmente no seu blog, e também nos
“sites” relacionados com o mesmo partido. Portanto, o artigo já estava sendo usado
na campanha eleitoral, antes da manifestação da Arquidiocese.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Também é inaceitável que na campanha eleitoral se fomente
um clima de intranqüilidade entre os cristãos das diversas comunidades e
denominações, que convivem na cidade de São Paulo. Temos muito em comum na
nossa fé e somos todos cidadãos desta cidade imensa, onde nossa atuação e
testemunho comum de fé têm muito a contribuir para o bem da cidade,
especialmente no serviço à justiça social, à verdade, à dignidade humana e na
solidariedade para com os que mais sofrem e mais precisam das atenções do Poder
Público municipal.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Reiteramos nossa orientação para que os fiéis católicos
votem de maneira consciente, livre e responsável, e de acordo com os princípios
e valores que orientam suas próprias vidas e da fé que abraçam, contribuindo
para que nossa cidade seja governada por Autoridades dignas e atentas à
promoção do bem da cidade, mais que aos interesses de parte, e capazes de
promover a solidariedade e a paz entre todos os habitantes desta Metrópole.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
SÃO PAULO, 16. 09. 2012<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Cardeal D.Odilo P. Scherer<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Arcebispo de São Paulo<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<o:p> Fonte: <a href="http://www.arquidiocesedesaopaulo.org.br/">Arquidiocese de São Paulo</a></o:p></div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03592774212723706082noreply@blogger.com0