quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

DOM BOSCO EDUCADOR


Aprendamos com tudo o que nos acontece


DOM BOSCO se apresenta:
Falando sobre mim e a minha história, devo começar pelos primeiros anos de vida. Anos belos e difíceis, anos nos quais aprendi a ser jovem e homem.
Posso dizer-te com muita simplicidade: aquele Dom Bosco que, talvez, já conheças em parte, o Dom Bosco que um dia será padre, educador e amigo dos jovens aprendeu de muitas coisas que lhe aconteceram precisamente nos primeiros anos...
Eu te apresento os valores que respirei, que aprendi a viver e, em seguida, transmiti como herança aos meus salesianos. Com o passar dos anos, serão as bases da minha pedagogia.

A presença de uma mãe. Mamãe Margarida tinha apenas 29 anos quando meu pai morreu, destruído em poucos dias por uma terrível pneumonia. Mulher enérgica e corajosa, não ficou a lamentar-se; arregaçou as mangas, e assumiu o seu duplo trabalho. Doce e decisiva, fez as vezes de pai e mãe. Muitos anos depois, feito padre para os jovens, poderei afirmar como fruto da experiência concreta: "A primeira felicidade de um jovem é saber que é amado". Por isso, com meus jovens sempre fui um verdadeiro pai, com gestos concretos de amor sereno, alegre e contagiante. Eu amava os meus jovens e dava-lhes provas concretas desse afeto, entregando-me completamente à causa deles. Não aprendi nos livros esse amor forte e viril; herdei-o de minha mãe e sou-lhe reconhecido por isso.

 O trabalho. Minha mãe era a primeira a dar-nos o exemplo. Eu sempre insistia: "Quem não se habitua ao trabalho na juventude, será sempre preguiçoso até a velhice". Na conversa familiar que tinha com meus jovens depois do jantar e das orações da noite (o célebre "boa-noite") eu insistia que"O paraíso não é feito para os preguiçosos".

O sentido de Deus.Minha mãe condensara o catecismo inteiro numa frase que repetia a cada instante: "Deus te vê!". Eu, à escola de uma catequista completa como era minha mãe, cresci sob o olhar de Deus. Não um Deus-policial, frio e implacável que me 'pegava' em fragrante; mas um Deus bom e providente, que eu descobria no suceder-se das estações e aprendia a conhecer e agradecer no momento da colheita do trigo ou depois da vindima, um Deus grande, que admirava olhando para as estrelas à noite.

"Raciocinemos!" Nossos velhos pronunciavam este verbo em piemontês; e quanta sabedoria eu descobria nessa palavra. Era usada para dialogar, explicar-se, chegar a uma decisão comum, tomada sem que alguém quisesse impor o próprio ponto de vista. Depois, farei do termo "razão" uma das colunas mestras do meu método educativo. A palavra "razão" será, para mim, sinônimo de diálogo, acolhida, confiança, compreensão; será transformada numa atitude de busca para que não haja rivalidade entre educadores e jovens, mas tão somente amizade e estima recíproca. Para mim, o jovem jamais será um sujeito passivo, um simples executor de ordens. Em meus contatos com os jovens, jamais farei de conta que estou escutando; eu os escutarei realmente, discutirei o ponto de vista deles, as suas razões.

O gosto de trabalhar em conjunto. Por muitos anos, fui protagonista absoluto entre os meus colegas: penso nas primeiras experiências como saltimbanco nos Becchi, naquelas esplêndidas tardes de domingo; penso na popularidade adquirida entre meus colegas de escola em Chieri, a ponto de numa página autobiográfica eu poder afirmar que "era venerado pelos meus colegas como capitão de um pequeno exército". Mas, depois, compreendi que o protagonismo era de todos. Surgiu, então, a Sociedade da Alegria, um grupo simpático de estudantes no qual todos atuavam em posição de paridade.  O Regulamento era composto por três brevíssimos artigos: estar sempre alegres, cumprir bem com os próprios deveres, evitar tudo que não fosse digno de um bom cristão. Mais tarde surgirão as Companhias, grupos juvenis, verdadeiros laboratórios de apostolado e santidade ao alcance de todos. Dizia que elas eram "coisa de jovens" para favorecer a iniciativa deles e dar espaço à sua criatividade natural.

O prazer de estar juntos. Eu queria que os educadores, jovens ou idosos que fossem, estivessem sempre entre os jovens, como "pais amorosos". Não por desconfiança em relação a eles, mas justamente para caminhar com eles, construir e participar com eles. Chegarei a dizer com íntima alegria: "Entre vocês, sinto-me bem. Minha vida é justamente estar com vocês".

Fonte: SDB.ORG

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Os monstrinhos inocentes


Chamamos monstros aos seres que apresentam uma anomalia grave na ordem da natureza, por exemplo um animal bicéfalo. A monstruosidade pode ser física ou moral, e esta última se refere a atos que encerram uma estranha perversidade ou crueldade.
Esse qualificador se aplica a pessoas que, com culpa ou sem ela, realizam algo vituperável o execrável que se parta das normas naturais, - inocente é o que está livre de toda culpa.
"Inocente", determina um juiz quando não encontra culpabilidade no acusado, Inocente é também aquele que possui candor, simplicidade e carência de malícia. É o que se diz de uma criança que não chegou à idade do discernimento. Um aluno de 6 anos vendo em uma classe um filme sobre Colombo perguntou: "Quando aparecem a mulheres nuas?". Ao terminar a exibição, comentou: "Por que não falamos sobre sexo?". Uma professora de 1º grau pediu a seus alunos que ilustrassem o que tinham feito ou visto no fim de semana, e um aluno apresentou uns desenhos que surpreenderam a professora que o perguntou o que significavam. O garoto explicou-lhe que eram mulheres nuas com varicela na fila, outros - que estavam sob um cartaz que dizia "nus"- eram camas com pessoas nuas, e um terceiro era um homem com o órgão genital de fora.
Em outra escola, um menino de seis 6 anos desenho um bolo com dois peitos de mulher que tinha visto na TV. Um menino da mesma idade, ao terminar a professora de narrar um conto, insolitamente, perguntou-lhe se via determinados programas de TV que tratavam sobre sexo. Um estudo realizado em uma escola primária no turno da tarde revelou que 50% dos alunos ficavam na frente da TV até às 2h da manhã. 30% se levantava às 12h e vinham ao colégio quase sem comer e sonolentos. A única coisa que fica na mente desses garotos sãos os nus, e não podem concentrar-se em outras coisas nem por 5 minutos.
Três meninas de 4ª série discutiam entre si e se acusavam mutuamente de ter relações sexuais com um garoto, de querer ter essas relações com todos os meninos e de querer ser violadas. Uma aluna de 9 ou 10 anos -em termos muito vulgares- perguntou a sua professora se "tinha tido relações sexuais". Um menino da mesma idade disse a sua professora: "Como você é bonita! Dê-me um beijo, quem é teu namorado que quero matá-lo", e olhando-a fixamente acrescentou: "Tenho vontade de..." como insinuando uma relação sexual. Na escola primária um menino e uma menina foram surpreendidos tendo relações sexuais. O pai do menino foi chamado e ao saber do ocorrido exclamou: "Não sabem o quão feliz estou por saber que meu filho debutou". Não imaginamos qual seria sua reação se tivesse sido sua filha a "debutada". Uma professora de 3ª série encontrou una pasta de um menino um desenho "muito realista" acompanhado da inscrição "O que tem relações sexuais com Coca", é claro, em outros termos.
Há pais que dão a seus filho em idade do primário, revistas pornográficas e permitem que vejam qualquer programa ou filme na TV. Há casos de crianças que manuseiam às professoras, e a desculpa que dão é "O que tem de mau, se na TV todos o fazem?". É comum faltar-lhes o respeito: gritar, insultar e se chegou-se à ameaça e até a agressão física.
Mas o mais lamentável é que - por uma concepção facilista e permissiva da educação ou por temor de que seja feita uma acusação e lhe cortem a carreira de docente- há diretores que desautorizam aos professores. A violência ganhou o âmbito dos graus inferiores. Não só há mais brigas que antes e são mais agressivos como são mais cruéis; agridem nos lugares que mais doem: os olhos, os genitais, e o estômago.
As crianças se acostumaram a comandar a situação. O "porque eu gosto" e o "porque não quero" é uma resposta sempre presente. São reticentes aos esforço e remissos ao estudo e, o que é mais grave é que seus pais apoiam.
O que se pode esperar de crianças que, com a cumplicidade dos pais, passam 3 ou 4 horas na frente da TV, vendo espetáculos banhados no molho da violência e do erotismo? É evidente que nestas condições - às que se somam outros fatores conjunturais e de fundo - o nível de conhecimentos escolares seja o mais baixo que nossa longa memória recorde. Há meninos de 7ª série que não sabem multiplicar e lêem com dificuldade; em outros, seus conhecimentos estão duas séries abaixo da que cursam.
Estas crianças são "monstrinhos" porque não está na natureza das coisas ter a essa idade desejos eróticos nem esse tipo de inquietudes sexuais. Também são "inocentes" porque não tem nem idéia do que fazem e, embora tenham perdido o candor, nenhuma culpa podem ter. São "anjos com a mente suja"; não têm culpa, mas essas vivências ficarão gravadas no consciente e inconsciente e se colocarão em movimento frente a qualquer estímulo por menor que seja.
Esses "monstrinhos" - que a cada dia são mais- serão os monstros do futuro: violadores, erotômanos, sádicos, violentos e cruéis. Essas coisas não passam sem deixar rastros. São suas primeiras impressões. Sua recuperação não será fácil porque sua liberdade está degradada. Hoje os "monstros" são chamados " inadaptados sociais", os "monstros" de amanhã, os atuais "monstrinhos". Serão os "adaptados sociais" porque são o fruto desta sociedade. Cometeria um grave erro quem julga que todas as escolas apresentam casos como os citados, mas constatamos que os fatos citados não são casos isolados e respondem a uma mentalidade generalizada: constituem um problema social.
Um amanhecer com densas e negras nuvens é sinal de tormenta, esses "monstrinhos inocentes" são sinais da sociedade que nos espera, porque, como serão os filhos de esses futuros monstros? Não é suficiente com uma grande amargura no coração, queixar-se dos males que descrevemos, nem limitar- a dividir culpas, porque "mas vale acender uma vela que maldizer a escuridão".
Se a luz do Amor e a Verdade ilumina nosso interior e não a comunicamos se consumirá inutilmente. E tenhamos presente que uma vela não perde sua luminosidade quando acende outra vela mas sim a aumenta. O que estamos esperando? Que se venha a noite e nos cubra com sua escuridão?
Tirado de um folheto das Edições Nova Cristandade.
Fonte: acidigital

Acabando com a guerra contra a mulher na Índia

Cara comunidade da Avaaz,

Ela era uma estudante de fisioterapia de 23 anos que pegou um ônibus em Nova Délhi no mês passado. Seis homens trancaram a porta e a estupraram barbaramente por horas, inclusive com uma haste de metal. Eles a abandonaram nua na rua, e depois de corajosamente ter lutado por sua vida, ela morreu na semana passada. 

Em toda a Índia, as pessoas estão protestando para dar um basta nesta situação. Na Índia, uma mulher é estuprada a cada 22 minutos, e poucas encontram justiça. Globalmente, 7 em cada 10 mulheres serão abusadas fisica ou sexualmente em sua vida. O horror em Delhi é a gota d´água. Estamos em 2013 e a guerra brutal contra as mulheres no mundo precisar acabar. Podemos começar essa jornada pela Índia.

O governo está aceitando comentários públicos nas próximas 24 horas. Precisamos urgentemente de um melhor policiamento e um concreto programa de educação pública para mudar as atitudes grotescas, mas comuns, do sexo masculino que permitem a violência contra as mulheres. Se 1 milhão de nós nos juntarmos ao pedido por ação, poderemos ajudar a fazer deste terrível episódio a gota d´água e o início de uma nova esperança:

http://www.avaaz.org/po/end_indias_war_on_women/?tSsTPdb

O líder dos estupradores desta mulher disse friamente que ela mereceu ser violentada, pois ela ousou enfrentá-lo. Culpar a vítima e outras atitudes escandalosas são comuns em toda a sociedade, incluindo os policiais que constantemente deixam de investigar estupros. Tais atitudes reprimem mulheres e corrompem homens em todos os lugares. Campanhas de educação pública concretas alteraram radicalmente o comportamento social em casos como dirigir embriagado e fumar, e podem impactar no tratamento de mulheres. Combater as causas da epidemiad e estupro na Índia é vital, juntamente com leis mais eficientes e processos judiciais mais rápidos.

Anúncios publicitários na Índia são relativamente baratos, portanto, um compromisso de financiamento significativo poderia cobrir vários mercados de mídia por um bom tempo. Os anúncios devem visar subculturas masculinas, onde a conservadora misoginia prospera, desafiando e envergonhando diretamente essas atitudes, idealmente usando figuras populares como atletas, que carregam autoridade com o público.

Temos apenas 24 horas para influenciar a Comissão Oficial criada para encontrar formas de reprimir a onda indiana de violência sexual. Se conseguirmos mostrar o verdadeiro sucesso nas mudanças de atitudes na Índia, o modelo poderá ser aplicado em outros países. O dinheiro gasto pagará a si próprio por meio da redução da pobreza e promoção do desenvolvimento, pois o tratamento e o empoderamento das mulheres têm sido identificado como um dos maiores incentivos de progresso social e econômico. Clique para enviar uma mensagem diretamente para o governo indiano:

http://www.avaaz.org/po/end_indias_war_on_women/?tSsTPdb

Desde se opor ao apedrejamento de mulheres no Irã e apoiar os direitos reprodutivos femininos no Marrocos, no Uzbequistão e em Honduras, até fazer lobby para uma ação real de combate ao tráfico de mulheres e meninas, a nossa comunidade tem estado na linha de frente da luta para acabar com a guerra contra as mulheres. 2013 começa com uma nova determinação na Índia . 

Com esperança e determinação,

Emma, ​​Ricken, Luis, Meredith, Iain, Ian, Marie, Michelle, Alaphia, Allison e toda equipe da Avaaz

MAIS INFORMAÇÕES

Suspeitos de estupro de estudante indiana são indiciados por morte (G1)
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/01/suspeitos-do-estupro-da-estudante-indiana-sao-indiciados.html 

Estupro coletivo em ônibus causa comoção na Índia (BBC)
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/12/121219_india_estupro_onibus_rw.shtml 

Pai da vítima de estupro na Índia pede execução dos culpados (Estadão)
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,pai-da-vitima-de-estupro-na-india-pede-execucao-dos-culpados,980093,0.htm 

Morre jovem indiana que sofreu estupro coletivo em ônibus (Folha de S. Paulo)
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1207752-morre-jovem-indiana-que-sofreu-estupro-coletivo-em-onibus.shtml 

Impunidade Estupros na Índia (Observatório da Mulher)
http://observatoriodamulher.org.br/site/index.php?option=com_content&task=view&id=6885&Itemid=1

Fonte: Avaaz.org

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

A Virgem de Guadalupe e a Vida


 O Presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina, Cardeal Marc Ouellet, assegurou que a aparição da Virgem de Guadalupe como uma mulher grávida é em si mesmo um testemunho poderoso de vida contra o aborto.
A imagem da Virgem de Guadalupe apareceu em 1531 na tilma de São Juan Diego no Tepeyac (México). Destaca-se na imagem que ela não leva a Jesus nos braços, mas tem uma faixa preta atada no seu ventre, símbolo asteca da gestação maternal.
Durante o Congresso Internacional Ecclesia in América que foi celebrado desde o dia 9 ao 12 de dezembro no Vaticano, o Cardeal Ouellet sublinhou que Maria de Guadalupe "mostra-se sem o menino nos braços e com o menino no ventre, e essa é uma mensagem muito poderosa ante a cultura de morte, ante o fato de que muitas crianças morrem antes de nascer".
O Cardeal Ouellet, que é Prefeito para a Congregação dos Bispos, indicou que a Virgem grávida "recorda-nos que a palavra de Deus se fez carne no ventre de uma mulher e Ele nos leva a redenção, a renovação das relações, a misericórdia com o mundo e também uma abertura a vida e a esperança".
Em meio de tanta confusão, o sim à vida de Maria permitiu a vinda de Jesus ao mundo e recordou que essa "é a verdadeira solução da humanidade, de todas as culturas e é o presente de Deus para toda a humanidade".
Além disso, explicou que a Virgem também deu outra mensagem poderosa à cultura indígena que "praticava sacrifícios humanos… de maneira que a Virgem se apresentou como a mãe do verdadeiro Deus que nos diz que não é necessário que sacrifiquem seus filhos porque foi Ele quem sacrificou o seu filho para nos levar à liberdade, à redenção, à mudança nos corações, nas relações humanas, uma nova cultura, e um novo começo".
"Esta é a mensagem da Virgem, que nos orienta para seu filho o crucificado, mas também o ressuscitado, que é nossa esperança".
A autoridade vaticana destacou também que esta invocação mariana não é somente um ponto de união entre a América do Sul e do Norte, mas, além disso, é visível em seu rosto e em seu nome a história da reconciliação de todas as culturas.
Pode-se ver "na maneira em que se apresenta a si mesma, Maria é um nome que tem raízes judias e, Guadalupe, é um nome com raízes árabes. Assim unidos ‘Maria e Guadalupe’, fazem também uma mensagem por si mesma de reconciliação, de proximidade entre culturas", concluiu.