O Presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina, Cardeal Marc Ouellet, assegurou que a aparição da Virgem de Guadalupe como uma mulher grávida é em si mesmo um testemunho poderoso de vida contra o aborto.
A imagem da Virgem de Guadalupe apareceu em 1531 na tilma de São Juan Diego no Tepeyac (México). Destaca-se na imagem que ela não leva a Jesus nos braços, mas tem uma faixa preta atada no seu ventre, símbolo asteca da gestação maternal.
Durante o Congresso Internacional Ecclesia in América que foi celebrado desde o dia 9 ao 12 de dezembro no Vaticano, o Cardeal Ouellet sublinhou que Maria de Guadalupe "mostra-se sem o menino nos braços e com o menino no ventre, e essa é uma mensagem muito poderosa ante a cultura de morte, ante o fato de que muitas crianças morrem antes de nascer".
O Cardeal Ouellet, que é Prefeito para a Congregação dos Bispos, indicou que a Virgem grávida "recorda-nos que a palavra de Deus se fez carne no ventre de uma mulher e Ele nos leva a redenção, a renovação das relações, a misericórdia com o mundo e também uma abertura a vida e a esperança".
Em meio de tanta confusão, o sim à vida de Maria permitiu a vinda de Jesus ao mundo e recordou que essa "é a verdadeira solução da humanidade, de todas as culturas e é o presente de Deus para toda a humanidade".
Além disso, explicou que a Virgem também deu outra mensagem poderosa à cultura indígena que "praticava sacrifícios humanos… de maneira que a Virgem se apresentou como a mãe do verdadeiro Deus que nos diz que não é necessário que sacrifiquem seus filhos porque foi Ele quem sacrificou o seu filho para nos levar à liberdade, à redenção, à mudança nos corações, nas relações humanas, uma nova cultura, e um novo começo".
"Esta é a mensagem da Virgem, que nos orienta para seu filho o crucificado, mas também o ressuscitado, que é nossa esperança".
A autoridade vaticana destacou também que esta invocação mariana não é somente um ponto de união entre a América do Sul e do Norte, mas, além disso, é visível em seu rosto e em seu nome a história da reconciliação de todas as culturas.
Pode-se ver "na maneira em que se apresenta a si mesma, Maria é um nome que tem raízes judias e, Guadalupe, é um nome com raízes árabes. Assim unidos ‘Maria e Guadalupe’, fazem também uma mensagem por si mesma de reconciliação, de proximidade entre culturas", concluiu.
Fonte: ACI/EWTN Noticias
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